Jeanne Marie Gagnebin
Esta biografia de uma pessoa viva cita fontes, mas que não cobrem todo o conteúdo. (Outubro de 2017) |
Jeanne Marie Gagnebin | |
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Nascimento | 1949 (75 anos) Lausanne, Suíça |
Cidadania | Brasil |
Alma mater | |
Ocupação | filósofa |
Empregador(a) | Universidade Estadual de Campinas |
Jeanne Marie Gagnebin de Bons (Lausanne, 1949) é uma professora, filósofa e escritora suíça, residente no Brasil desde 1978.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Deixou a Suíça aos 18 anos para estudar em Tübingen, na Alemanha, onde participou de uma experiência educativa libertária. Os estudantes praticavam a autogestão. "Isto foi em 1968, a gente fazia passeata, ia ver o túmulo do Hölderlin, era realmente muito bonito." Posteriormente voltou à Suíça para estudar Letras e Filosofia. Graduou-se na Universidade de Genebra, com Philosophie de l'Histoire chez Walter Benjamin. Três anos depois, iniciou o doutorado em Universidade de Heidelberg, na Alemanha, concluído 1978, com Zur Geschichtsphilosophie Walter Benjamins. Die Unabgeschlossenheit des Sinnes ("Sobre a Filosofia da História de Walter Benjamin. O Inacabamento do Sentido.").
Gagnebin tem cinco títulos de pós-doutorado (da École des Hautes Études en Sciences Sociales, 1986-1988; da Universität Konstanz, 1989-1990; da Freie Universität Berlin, 1996-1996; do Zentrum für Literatur- und Kulturforschung de Berlim, 2000, e da École Normale Supérieure de Paris, 2006).[1]
É casada com o filósofo e professor brasileiro Marcos Lutz Müller, que conheceu quando ambos estudavam na Alemanha. Em janeiro de 1978, o casal se instalou em Campinas, já que ele fora contratado pela Unicamp. "Ganhei uma nova consciência social ao sair da Suíça... Hoje, minha casa é o Brasil, mesmo me sentindo tão estrangeira no Brasil quanto na Suíça. Na verdade, eu me sinto estrangeira em todos os lugares", diz Gagnebin. [2]
Em 1979, foi convidada por Bento Prado para lecionar na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Atualmente é professora de Filosofia da PUC-SP e livre-docente da Unicamp, atuando na área de teoria e crítica literárias
Trabalhos publicados
[editar | editar código-fonte]Especialista na obra de Walter Benjamin, é autora ou co-autora de vários livros; escreveu inúmeros artigos e organizou diversas coletâneas de textos.
Livros
[editar | editar código-fonte]- Lembrar escrever esquecer. São Paulo: Editora 34 Ltda., 2006. [3]
- Sete Aulas sobre Linguagem, Memória e História. Rio de Janeiro: Imago, 1997.
- Histoire et Narration chez Walter Benjamin Paris: Ed. de l'Harmattan, 1994.
- História e narração em Walter Benjamin (Perspectiva, 1994)
- Walter Benjamin: Os Cacos da História. São Paulo: Brasiliense, 1982.
- Zur Geschichtsphilosophie Walter Benjamins. Die Unabgeschlossenheit des Sinnes. Erlangen: Verlag Palm & Enke, 1979.
Alguns artigos
[editar | editar código-fonte]- "O preço de uma reconciliação extorquida". In TELES, Edson; SAFATLE, Vladimir (orgs.) O que resta da ditadura - a exceção brasileira. São Paulo: Boitempo, 2010.
- O método desviante – Algumas teses impertinentes sobre o que não fazer num curso de filosofia.
- Uma vida sem consolação. A filosofia não pode nos consolar. Poderia, talvez, nos ajudar a viver uma "vida sem consolação". Originalmente publicado na Revista Cult, no dossiê da edição 143, fevereiro de 2010.
- "A memória, a história, o esquecimento", artigo de Jeanne-Marie Gagnebin de Bons. In PAULA, Adna Candido de; SPERBER,Suzi Frankl (org.) Teoria Literária e Hermenêutica Ricoeuriana - Um diálogo possível. Dourados: editora UFGD, 2011, p. 149.
- (em francês) La déglutition des différences
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- Nascidos em 1949
- Mulheres
- Professores da Universidade Estadual de Campinas
- Professores da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
- Alunos da Universidade de Tübingen
- Alunos da Universidade de Genebra
- Alunos da Universidade de Heidelberg
- Filósofos da Suíça
- Naturais de Lausana
- Suíços expatriados no Brasil
- Filósofas