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Insurgência comunista na Malásia (1968–1989)

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Insurgência comunista na Malásia
Guerra Fria e continuação da Emergência Malaia

Sarawak Rangers (parte atual dos Rangers da Malásia) compreendendo os Ibans que saltam de um helicóptero da Força Aérea Australiana Bell UH-1 Iroquois para proteger a fronteira entre a Malásia e a Tailândia de potenciais ataques comunistas em 1965, dois anos antes da guerra iniciada em 1968.
Data 17 de Junho de 1968 – 2 de Dezembro de 1989[1][2]
Local Malásia Peninsular e Sarawak
Desfecho
Beligerantes
 Malásia[5]
 Tailândia[6][7]
Apoiado por:
 Reino Unido[8]
 Austrália
 Nova Zelândia[9]
 Estados Unidos
Partido Comunista da Malásia[10]
Apoiado:
 China[11][12]
 União Soviética
Comandantes
Sultan Ismail Nasiruddin Shah (1968–1970)
Tuanku Abdul Halim (1970–1975)
Yahya Petra of Kelantan (1975–1979)
Ahmad Shah of Pahang (1979–1984)
Iskandar of Johor (1984–1989)
Azlan Shah of Perak (1989)
Tunku Abdul Rahman
Abdul Razak Hussein
Mahathir bin Mohamad
Tailândia Bhumibol Adulyadej
Thanom Kittikachorn (até 1973)
Tailândia Seni Pramoj (1975; 1976)
Tailândia Kukrit Pramoj (1975–1976)
Tailândia Kriangsak Chamanan (1977–1980)
Tailândia Prem Tinsulanonda (1979–1988)
Chin Peng[13]
Abdullah CD[14]
Baixas
155 mortos
854 feridos[15]
212 mortos
150 capturados
117 rendaram-se[15]

Insurgência comunista na Malásia, também conhecida como Segunda Emergência Malaia (em malaio: Perang Insurgensi Melawan Pengganas Komunis ou Perang Insurgensi Komunis e Darurat Kedua), foi um evento político ocorrido na Malásia entre 1968 a 1989, envolvendo o Partido Comunista da Malásia (PCM) e as forças de segurança federais do governo malaio.

Após o fim da Emergência Malaia em 1960, o Exército de Libertação Nacional Malaio, braço armado do PCM predominantemente de etnia chinesa, recuou para a fronteira Malásia-Tailândia, onde se reagruparam e retreinaram para futuras ofensivas contra o governo da Malásia. A insurgência comunista começou oficialmente quando o PCM emboscou forças de segurança em Kroh-Betong, na parte norte da Malásia Peninsular, em 17 de junho de 1968. O conflito também coincidiu com novas tensões étnicas entre malaios e chineses na Malásia Peninsular e a Guerra do Vietnã.[16]

Embora o Partido Comunista da Malásia recebesse algum apoio limitado da China, esse suporte terminou quando Kuala Lumpur e Pequim estabeleceram relações diplomáticas em junho de 1974.[17][18] Em 1970, o PCM experimentou um cisma que levou ao surgimento de duas facções dissidentes: o Partido Comunista da Malásia – Marxista-Leninista (PCM-ML) e a Facção Revolucionária (PCM-FR).[19] Apesar dos esforços para atrair os malaios ao PCM, a organização seria predominantemente dominada por chineses étnicos durante todo o período da insurgência comunista.[17] Ao invés de declarar um "estado de emergência", como os britânicos haviam feito anteriormente, o governo da Malásia respondeu à insurgência introduzindo diversas iniciativas políticas, incluindo o Programa de Segurança e Desenvolvimento (KESBAN), Rukun Tetangga (Vigilância de Bairro), e RELA Corps (Popular Corpo de Voluntários Populares).[20]

A insurgência comunista chegou ao fim em 2 de dezembro de 1989, quando o PCM assinou um acordo de paz com o governo da Malásia em Hat Yai, no sul da Tailândia, sob a supervisão do então primeiro-ministro da Malásia, Mahathir bin Mohamad, e de outras partes envolvidas. Isso coincidiu com o colapso dos regimes comunistas do Bloco Oriental.[21] Além dessa insurgência, outra insurgência comunista também ocorreu no estado malaio de Sarawak na ilha de Bornéu, que havia sido incorporada à Federação da Malásia em 16 de setembro de 1963.[22]

Insurgência em Sarawak

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Ver artigo principal: Insurgência comunista em Sarawak

Além da principal insurgência comunista na Malásia Peninsular, outra ocorreu em Sarawak, um dos estados de Bornéu, na Malásia.[17] Entre 1962 e 1990, o Partido Comunista do Kalimantan do Norte (SCO) ou a Organização Comunista Clandestina (OCC) travaram uma guerra de guerrilha contra o governo da Malásia. A SCO entrou em negociações de paz com o governo da Malásia em 1990, o que levou a um acordo de paz em 17 de Outubro de 1990, que finalmente acabou com todas as hostilidades.[22][23]

Referências

  1. A. Navaratnam, The Spear and the Kerambit, pp.7–8, 189–90
  2. Chin Peng, My Side of History, p.465
  3. A. Navaratnam, pp.189–90"
  4. Chin Peng, pp.189–99
  5. Nazar bin Talib, pp.16–22
  6. Chin Peng, pp.479–80
  7. NIE report
  8. A Navaratnam, p. 10
  9. A. Navaratnam, p.10
  10. a b A. Navaratnam, pp.3–5
  11. Leszek Buszynski (13 de Setembro de 2013). Soviet Foreign Policy and Southeast Asia (Routledge Revivals). [S.l.]: Routledge. pp. 78–. ISBN 978-1-134-48085-2 
  12. John W. Garver (1 de Dezembro de 2015). China's Quest: The History of the Foreign Relations of the People's Republic of China. [S.l.]: Oxford University Press. pp. 219–. ISBN 978-0-19-026106-1 
  13. A. Navaratnam, p.3
  14. A. Navaratnam, p.4
  15. a b Nazar Bin Talib, p.22
  16. Nazar bin Talib, pp.16–17
  17. a b c National Intelligence Estimate 54–1–76: The Outlook for Malaysia (Relatório). Central Intelligence Agency. 1 de abril de 1976 
  18. Chin Peng, p.450
  19. Chin Peng, pp.467–68
  20. Nazar bin Talib, pp.19–20
  21. Nazar bin Talib, 21–22
  22. a b Cheah Boon Kheng (2009). «The Communist Insurgency in Malaysia, 1948–90: Contesting the Nation-State and Social Change» (PDF). University of Auckland. New Zealand Journal of Asian Studies. 11 (1): 132–52. Cópia arquivada (PDF) em 20 de dezembro de 2019 
  23. Chan, Francis; Wong, Phyllis (16 de Setembro de 2011). «Saga of communist insurgency in Sarawak». Borneo Post. Consultado em 10 de Janeiro de 2013 

Leitura adicional

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Fontes primárias

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Documentos de arquivo

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  • Navaratnam, A. (2001). The Spear and the Kerambit: The Exploits of VAT 69, Malaysia's Elite Fighting Force, 1968–1989. Kuala Lumpur: Utusan Publications and Distributions. ISBN 967-61-1196-1 
  • Peng, Chin (2003). My Side of History. Singapore: Media Masters. ISBN 981-04-8693-6 
  • Maidin, Rashid (2009). The Memoirs of Rashid Maidin: From Armed Struggle to Peace. Petaling Jaya, Selangor: Strategic Information and Research Development Centre. ISBN 978-983-3782-72-7 

Fontes secundárias

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