Instituto Inhotim
Instituto Inhotim | |
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Tipo | parque de escultura, jardim botânico, museu |
Inauguração | 2006 (18 anos) |
Visitantes | 267 932 |
Página oficial (Website) | |
Geografia | |
Coordenadas | |
Localidade | Brumadinho |
Localização | Brumadinho - Brasil |
Criador/Fabricante | Bernardo Paz |
O Instituto Inhotim é a sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e considerado o maior museu a céu aberto do mundo.[1][2] Está localizado em Brumadinho (Minas Gerais), uma cidade com 38 mil habitantes,[3] a 60 quilômetros de Belo Horizonte.
O Instituto Inhotim localiza-se dentro do domínio da Mata Atlântica, com enclaves de cerrado nos topos das serras. Situado a uma altitude que varia entre 700 metros e 1 300 metros acima do nível do mar, sua área total é de 786,06 hectares, tendo como área de preservação 440,16 hectares, que compreendem os fragmentos de mata e incluem uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), com 145,37 hectares.
A instituição surgiu em 2004 para abrigar a coleção de Bernardo Paz, empresário da área de mineração e siderurgia, que foi casado com a artista plástica carioca Adriana Varejão, e há 20 anos começou a se desfazer de sua valiosa coleção de arte modernista, que incluía trabalhos de Portinari, Guignard e Di Cavalcanti, para formar o acervo de arte contemporânea que agora está no Inhotim. Em 2014, o museu a céu aberto foi eleito, pelo site TripAdvisor, um dos 25 museus do mundo mais bem avaliados pelos usuários.[4]
Etimologia
[editar | editar código-fonte]Segundo os moradores de Brumadinho, o local foi uma fazenda pertencente a uma empresa mineradora que, no século XIX, atuava na região e cujo responsável era um inglês, de nome Timothy – o "Senhor Tim", que, na linguagem local, acabou virando "Nhô Tim" ou "Inhô Tim".[5][6]
Histórico
[editar | editar código-fonte]Na década de 1980, o empresário Bernardo de Mello Paz decidiu transformar sua propriedade de quase mil hectares em um museu a céu aberto. Em 2002, foi fundado o Instituto Inhotim, instituição sem fins lucrativos.[8]
Em 2006, o local foi aberto ao público em dias regulares sem necessidade de agendamento prévio. O acervo abrigava obras da década de 1970 até a atualidade, em dezoito galerias (em 2011).[9][10] São 450 obras de artistas brasileiros e estrangeiros, com destaque para trabalhos de Cildo Meireles, Tunga, Vik Muniz, Hélio Oiticica, Ernesto Neto, Matthew Barney, Doug Aitken, Chris Burden, Yayoi Kusama, Paul McCarthy, Zhang Huan,[2]Valeska Soares, Marcellvs e Rivane Neuenschwander.[9]
As exposições são sempre renovadas e galerias são anualmente inauguradas.[9] Em 2010, o Instituto recebeu 42 000 alunos e 3 500 professores.[9] No mesmo ano, o número de visitações atingiu a marca de 169 289.[10]
Características
[editar | editar código-fonte]O Instituto Inhotim localiza-se dentro do domínio da Mata Atlântica, com enclaves de cerrado nos topos das serras. Situado a uma altitude que varia entre 700 metros e 1 300 metros acima do nível do mar, sua área total é de 786,06 hectares, tendo como área de preservação 440,16 hectares, que compreendem os fragmentos de mata e incluem uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), com 145,37 hectares.
A área de visitação do Inhotim tem 96,87 hectares e compreende jardins, galerias, edificações e fragmentos de mata, além de cinco lagos ornamentais, com aproximadamente 3,5 hectares de espelho d'água.[11]
Em fevereiro de 2010, os pavilhões em cubo branco foram substituídas por instalações transparentes. A intenção é promover o diálogo com o entorno de montanhas e mata. Em artigo de Fabiano Cypriano para o jornal Folha de S. Paulo, cita-se que as mudanças criam mais raízes locais e o Inhotim "se torna um novo paradigma para a exibição da produção contemporânea". [12]
Jardim botânico
[editar | editar código-fonte]O jardim botânico tem 4 300 espécies em cultivo - marca atingida em 2011[10] - e está cercado por mata nativa,[2] com trinta por cento de todo o acervo em exposição para o público (cerca de 102 hectares em 2011).[10]
Em reconhecimento à necessidade de preservar os 145 hectares de reserva, o instituto recebeu, do Ministério do Meio Ambiente, em fevereiro de 2011, a classificação oficial de jardim botânico, na categoria C.[13] Nesse jardim, estão cerca de 1 500 espécies catalogadas de palmeira, a maior coleção do tipo do mundo.[9] O parque abriga diversas plantas raras, tanto nativas quanto exóticas.
O Instituto é o único lugar da América Latina que possui um exemplar da flor-cadáver, uma espécie nativa da Ásia conhecida como sendo a maior flor do mundo. O espécime floresceu pela primeira vez em 15 de dezembro de 2010, e novamente em 27 de dezembro de 2012.[14][15] A flor fica no Viveiro Educador, na Estufa Equatorial, ficou exposta ao público, e pôde ser visitada por interessados e curiosos.[16]
Os jardins, que começaram a ser construídos já na década de 1980, contam com o projeto de Pedro Nehring, que ainda hoje responde pelo paisagismo do Inhotim. Entre os anos 2000 e 2004, Luiz Carlos Orsini assinou o projeto paisagístico de 25 hectares.[17]
O crédito dos projetos paisagísticos foi objeto de ação judicial: o Instituto, até meados da década de 2010, utilizava visitas e sugestões de Roberto Burle Marx na década de 1980 para atribuir a ele, em seu site institucional, a autoria do paisagismo de todo o conjunto. Luiz Carlos Orsini obteve judicialmente o direito de receber o crédito pela parte que lhe cabe.[18]
Bancos
[editar | editar código-fonte]Além das 170 obras de arte em exposição, o museu conta com 98 bancos do designer Hugo França. O primeiro banco foi colocado no jardim em 1990, sob a sombra da árvore tamboril, um dos símbolos do parque. Os bancos são feitos de troncos e raízes de pequi-vinagreiro, árvore comum na mata atlântica, que são encontrados caídos ou mortos na floresta.[19]
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Jardim Botânico
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Pavilhão Sonic
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Panorama do instituto
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Hélio Oiticica e Neville D’Almeida
Referências
- ↑ UOL, ed. (25 de janeiro de 2019). «Inhotim é esvaziado após barragem romper em Brumadinho; museu não foi atingido». Consultado em 26 de janeiro de 2019
- ↑ a b c Medeiros, Jotabê. «Inhotim é um trabalho para a posteridade». O Estado de S.Paulo. Consultado em 19 de setembro de 2018
- ↑ «Estimativas da população residente no Brasil e unidades da federação com data de referência em 1º de julho de 2017» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 1 de julho de 2017. Consultado em 16 de novembro de 2017
- ↑ Carvalho, Luciana. «Museus brasileiros estão entre os melhores do mundo». Exame. Consultado em 19 de Setembro de 2014
- ↑ Moreira, Mariana (21 de setembro de 2010), «Novos pavilhões e mostras serão inaugurados na próxima quinta no museu de arte contemporânea em Minas Gerais», Correio Braziliense.
- ↑ Cláudio, Ivan (11 de julho de 2007), «No paraíso da arte – Com suas galerias espalhadas entre jardins, o museu mineiro Inhotim ganha status internacional e vira ponto turístico», Istoé.
- ↑ Louie, Elaine (8 de novembro de 2013). «In a Garden in Brazil, a Biennial Show at Instituto Inhotim». In Transit Blog (em inglês). Consultado em 8 de dezembro de 2022
- ↑ STÉPHANIE DURANTE. «O que você precisa saber sobre o Inhotim». Casa e Jardim
- ↑ a b c d e Jornal Estado de Minas. (6 de fevereiro de 2011). Poder transformador. Caderno EM Cultura.
- ↑ a b c d SEBASTIÃO, Walter (21 de agosto de 2011). Obra em construção. Jornal Estado de Minas, Caderno EM Cultura.
- ↑ Inhotim. Recursos ambientais Arquivado em 3 de março de 2012, no Wayback Machine.
- ↑ Novas instalações fazem de Inhotim paradigma para arte contemporânea - Folha de S. Paulo, 25 de fevereiro de 2010 (visitado em 25-2-2010).
- ↑ Inhotim ganha status de jardim botânico nacional, por Junia Oliveira. Matéria originalmente publicada no jornal Estado de Minas, 8 de abril de 2010.
- ↑ MG, Cíntia PaesDo G1 (19 de dezembro de 2010). «'Flor-cadáver' floresce pela 1ª vez na América Latina em MG, diz botânico». Minas Gerais. Consultado em 20 de janeiro de 2022
- ↑ «Flor-cadáver atinge auge da floração em Inhotim». Jornal Nacional. 27 de dezembro de 2012. Consultado em 20 de janeiro de 2022
- ↑ tribunadabahia.com.br Arquivado em 23 de janeiro de 2013, no Wayback Machine. Flor-cadáver desabrocha em Inhotim
- ↑ «Jardim Botânico». Inhotim. Consultado em 17 de junho de 2021
- ↑ «Arquiteto consegue na Justiça crédito pelo paisagismo do Instituto Inhotim - Cultura». Estadão. Consultado em 14 de fevereiro de 2022
- ↑ «Natureza que renasce». Consultado em 3 de fevereiro de 2014