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Inibidor da bomba de protões

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Os inibidores da bomba de protões (português europeu) ou prótons (português brasileiro) são um grupo de pró-fármacos, que são usados no tratamento de úlceras gastrointestinais ou condições relacionadas ao ácido estomacal. Substituiram largamente na última década os anti-histamínicos H2, com mais efeitos secundários, nessa função.

Usos clínicos

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São a primeira escolha no tratamento dos distúrbios devidos à acidez do suco gástrico. São dos grupos mais vendidos de fármacos.

Mecanismo de acção

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Inibem irreversivelmente a bomba (canal) de protões/prótons, ou H+/K+ ATPase, na membrana das células parietais gástricas. A diminuição da atividade dessa proteína diminui a concentração de íon hidrogênio H+ ou protão/próton no lúmen gástrico, e portanto aumenta o pH, tornando-o menos ácido. Estes atuam no bloqueio da liberação final do ácido gástrico, que ocorre por causa da formação da ligação dissulfeto (irreversível) entre a forma ativa deste fármaco e um resíduo de próton/potássio ATPase, levando a uma supressão definitiva desta bomba. A acidez gástrica é altamente agressiva, e uma vez formada uma úlcera ela só é curável se for diminuida a secreção ácida.

Administração

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Devem ser ingeridos (via oral) em jejum, cerca de uma hora antes de cada refeição, com o objetivo de inibir o máximo de bombas possíveis. A maioria dos IBPs, incluindo omeprazol, lansoprazol, esomeprazol, pantoprazol e rabeprazol, devem ser tomados inteiros, sem macerar ou cortar os comprimidos. Sofrem metabolização hepática. São administrados precursores inativos, que no meio ácido dos canalículos da mucosa gástrica, são ativados e onde se concentram. O seu potencial de efeitos máximos só é atingido após cerca de 4 dias.

Efeitos úteis

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Aumentam o pH devido à diminuição até 99% da secreção ácida. Permitem a reparação das úlceras e outros danos gástricos, duodenais e esofágicos devidos à acidez, proporcionando um ambiente menos agressivo. Previnem o aparecimento de lesões esofágicas e alívio dos sintomas da dor.

Curam 85% dos casos de doença de refluxo; 90% das úlceras gástricas em dois meses; 90% das úlceras duodenais em um mês.

Efeitos adversos

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São considerados muito seguros, mas podem ocorrer:

  • Diarreia, náuseas e dores abdominais (até 5% dos doentes)
  • Dores de cabeça (5%)
  • Fraturas ósseas (principalmente em uso prolongado)
  • Baixos níveis de magnésio no sangue (hipomagnesemia).
  • Déficit ligeiro de vitamina B12 que pode tornar-se problemático se o consumo do fármaco for a longo prazo.
  • Infecção do sistema intestinal devido à perda parcial da protecção antibacteriano devida à alta acidez gástrica. Também maior risco de pneumonia devido à maior possibilidade de organismos do intestino ascenderem até à faringe.
  • Podem alterar absorção de alguns outros fármacos, como os digitálicos.

Risco de demência

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Segundo uma pesquisa Alemã, o uso de "inibidores da bomba de prótons" (IBP), estaria relacionado com uma alta de 44% na incidência de casos de demência em idosos.[1][2]

Fármacos do grupo

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Referências

  1. http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=antiacido-associado-maior-risco-demencia&id=11201
  2. Gomm, Willy; von Holt, Klaus; Thomé, Friederike; Broich, Karl; Maier, Wolfgang; Fink, Anne; Doblhammer, Gabriele; Haenisch, Britta (abril de 2016). «Association of Proton Pump Inhibitors With Risk of Dementia: A Pharmacoepidemiological Claims Data Analysis». JAMA neurology. 73 (4): 410–416. ISSN 2168-6157. PMID 26882076. doi:10.1001/jamaneurol.2015.4791 

3.https://revistas.unifoa.edu.br/cadernos/article/download/1396/2133/8128#:~:text=Os%20inibidores%20da%20bomba%20de,de%20dem%C3%AAncia%20senil%20(DS)4. https://www.ufpb.br/cim/contents/menu/cimforma/inibidores-da-bomba-de-protons#:~:text=Os%20Inibidores%20de%20Bomba%20de,uma%20supress%C3%A3o%20prolongada%20desta%20bomba

5. Malfertheiner, Kandulski, Venerito 2017. Sanar Saúde

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