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Igreja Presbiteriana de Angola

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Igreja Presbiteriana de Angola
Classificação Protestante
Orientação Confessional, Conservadora e Calvinista
Teologia Reformada e Evangélica
Associações Fraternidade Reformada Mundial e Aliança Evangélica de Angola
Área geográfica Angola
Origem 1984 (40 anos)
Neves Mussaqui
Separado de Igreja Evangélica Reformada de Angola
Ramo de(o/a) Igreja Presbiteriana do Brasil
Congregações 100
Membros 60.000 (2023)[1]

A Igreja Presbiteriana de Angola (IPA) é uma denominação cristã protestante reformada, formada em 1984 em Angola por cristãos conservadores dissidentes da Igreja Evangélica Reformada de Angola. Em sua formação, teve acordo de cooperação com a Igreja Presbiteriana do Brasil, que até hoje auxilia a igreja angolana.[2][3]

A Igreja Presbiteriana de Angola foi idealizada por Neves Mussaqui, pastor dissidente da Igreja Evangélica Reformada de Angola. Ele veio ao Brasil na década de 1980 para estabelecer relações com a Igreja Presbiteriana do Brasil(IPB) e organizar a nova denominação com apoio da Agência Presbiteriana de Missões Transculturais.[4]

Em 1987 foi estabelecido acordo formal de cooperação inter-eclesiástica entre a IPA e IPB. Atualmente, o acordo entre as denominações continua,[3][5] sendo responsável por colaborações entre as igrejas do Brasil e de Angola em áreas sócias, evangelísticas e na formação de pastores para a igreja angolana.[6] A Igreja Presbiteriana do Brasil envia por meio da Agência Presbiteriana de Missões Transculturais, professores para a formação de ministros da igreja na Angola. Além disso, muitos pastores da Igreja Presbiteriana de Angola fazem sua formação em seminários presbiterianos brasileiros.[7] A Igreja Presbiteriana de Manaus, Igreja Presbiteriana das Américas e Igreja Presbiteriana Betânia são algumas das igrejas locais, que fazem parte da IPB que envolvem-se no trabalho missionário em ajuda a Igreja Presbiteriana de Angola.[8][9][10]

Em 2011 a Igreja Presbiteriana Independente de Angola (IPIA) e Igreja Cristã Presbiteriana de Angola (ICPA), formadas por angolanos convertidos em outros países, uniram-se à Igreja Presbiteriana de Angola (IPA), levando a denominação a concentrar a maior parte dos presbiterianos do país.[11]

Em 2023, a denominação estava presente em 17 das 18 províncias da Angola.[1]

Reconhecimento

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A partir de 2015 as igrejas protestantes na Angola com menos de 60.000 membros maiores de idade foram tidas como ilegais pelo governo.[12][13] Consequentemente, a Igreja Presbiteriana da Angola ingressou com pedido de reconhecimento junto ao Governo do país em 2018.[14]

Em 6 de junho de 2022, foi publicado, no Diário Oficial da República de Angola, o Decreto Executivo nº 226/22, no qual a denominação foi reconhecida pelo governo angolano.[15]

A Igreja Presbiteriana de Angola é uma igreja confessional conservadora, que adota o sistema de governo presbiteriano e a teologia reformada.[16] A denominação subscreve a Confissão de Fé de Westminster e o Credo dos Apóstolos.[4] Devido sua formação ter grande influência da Igreja Presbiteriana do Brasil a IPA tem a mesma constituição e possui mesma forma de governo, baseando-se em igrejas e congregações locais, que formam um presbitério, e os presbitérios regionais, por sua vez, formam um sínodo, enquanto os sínodos nacionais dão origem a Assembleia Geral da igreja. [4] Outra marca do caráter conservador doutrinário da igreja é o fato de não admitir o sacerdócio feminino, sendo que somente são elegíveis ao ministério da denominação, membros do sexo masculino.[4]

Organizações inter-eclesiásticas

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Além da parceria estreita com a Igreja Presbiteriana do Brasil a IPA também faz parte da Fraternidade Reformada Mundial.[17]

Além disso, a igreja faz parte da Aliança Evangélica de Angola, com a qual atua em trabalhos de combate ao vírus da Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).[18]

Estatísticas

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Ano Membros
2000 12.000[19]
2009 23.000[19]
2023 60.000[20]

No ano 2000 a Igreja Presbiteriana de Angola era formada por 12.000 membros. Em 2009, havia crescido para para cerca de 23.000 membros. Tal crescimento de mais de 100% em 9 anos, é atribuindo ao fato do retorno de muitos imigrantes angolanos que se converteram ao presbiterianismo enquanto estavam no Congo. A estimativa da igreja é que 12.500 novos membros foram recebidos nestas condições. As línguas oficiais na igreja são o Português e o Kikongo.[3][19]


Em 2023 a denominação já tinha mais de 60 mil membros.[20]

Seminário e Formação Teológica

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Em acordo com a Agência Presbiteriana de Missões Transculturais da Igreja Presbiteriana do Brasil, a IPA, construiu em Luanda um seminário para capacitação teológica de seus pastores.[21][22][23] Anteriormente, alguns dos pastores angolanos se formavam em seminários presbiterianos no Brasil.[24]

  1. a b «Igreja Presbiteriana quer auxiliar famílias vulneráveis». Jornal de Angola. 13 de junho de 2023. Consultado em 4 de janeiro de 2024 
  2. «Mackenzie: Tradição Reformada no Sul Global». Consultado em 10 de agosto de 2015. Arquivado do original em 3 de março de 2016 
  3. a b c «Alargagando a tenda: a presença e obra missionária da Igreja Presbiteriana do Brasil na África» (PDF). 3.1 Angola. Fides Reformata. pp. 39–63. Consultado em 4 de janeiro de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 22 de dezembro de 2023 
  4. a b c d «Igreja Presbiteriana de Angola». Reformiert Online. 20 de fevereiro de 2004. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  5. «Agência Presbiteriana de Missões Transculturais: Envio de Missionários a Angola». Consultado em 10 de agosto de 2015 
  6. Benedetto, Robert; Donald K. McKim (2010). Historical Dictionary of the Reformed Churches (em inglês). ISBN 9780810870239. [S.l.: s.n.] Consultado em 10 de agosto de 2015 
  7. «Carta da Igreja Presbiteriana de Angola para o Brasil». Consultado em 10 de agosto de 2015 
  8. «Igreja Presbiteriana de Manaus: Trabalho Transcultural». Consultado em 10 de agosto de 2015 
  9. «Igreja Presbiteriana das Américas: Trabalho Transcultural». Consultado em 10 de agosto de 2015. Arquivado do original em 30 de junho de 2015 
  10. «Igreja Presbiteriana Betânia: Trabalho Transcultural». Consultado em 10 de agosto de 2015. Arquivado do original em 3 de março de 2016 
  11. «União da Igreja Presbiteriana de Angola, Igreja Presbiteriana Independente de Angola e Igreja Cristã Presbiteriana de Angola». 2011. Consultado em 11 de março de 2019. Cópia arquivada em 3 de março de 2016 
  12. «AngoNotícias: Igrejas em Angola precisam ter 60.000 membros maiores de idades». Consultado em 10 de agosto de 2015 
  13. «ANGOP: Província de Huambo quer o encerramento das ativadade de todas as igrejas ilegais». Consultado em 10 de agosto de 2015 
  14. «Lista de igrejas que ingressaram com pedido de reconhecimento junto ao Governo de Angola» (PDF). Dezembro de 2022. Consultado em 22 de dezembro de 2022 
  15. «Diário Oficial da República de Angola de 6 de junho de 2022» (PDF). Decreto Executivo nº 226/22. 6 de junho de 2022. p. 1. Consultado em 22 de dezembro de 2022 
  16. «Web Archive: Igreja Presbiteriana de Angola». Consultado em 10 Ago. 2015 
  17. «Word Reformed Fellowship: Membros da Fraternidade Reformada Mundial». Consultado em 10 Ago. 2015 
  18. «ANGOP: Religiosos em seminário sobre HIV/AIDS na Matala». Consultado em 10 Ago. 2015 
  19. a b c «Secretaria Executiva: Relações Ecumênicas da Igreja Presbiteriana do Brasil» (PDF). Consultado em 10 de agosto de 2015 
  20. a b Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome JORNALDEANGOLA
  21. «Secretaria Executiva da Igreja Presbiteriana do Brasil: Ajuda a Igreja Presbiteriana de Angola» (PDF). Consultado em 10 Ago. 2015 
  22. «Secretaria Executiva da Madalena Gomes: Seminário Presbiteriano em Angola». Consultado em 10 Ago. 2015. Arquivado do original em 4 de outubro de 2015 
  23. «Missionária brasileira inicia capacitação para obreiros, em Angola». 8 de março de 2017. Consultado em 11 de dezembro de 2021 
  24. «Agência Presbiteriana de Missões Transculturais Projeto Angola» (PDF). Consultado em 10 Ago. 2015. Arquivado do original (PDF) em 2 de novembro de 2013