Gucci
Gucci | |
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Subsidiária | |
Atividade | Indústria da moda |
Fundação | 1921 (104 anos) |
Fundador(es) | Guccio Gucci |
Sede | Milão, Itália |
Pessoas-chave | Stefano Cantino (CEO)
Demna (designer) |
Website oficial | www |
Gucci é uma casa de moda de luxo italiana com sede em Milão[1], Itália. Suas linhas de produtos incluem bolsas, roupas, calçados, jóias, acessórios, maquiagem, fragrâncias e itens decoração para a casa.
A Gucci foi fundada por Guccio Gucci (1881-1953) em 1921. Com a direção de Aldo Gucci (filho de Guccio), a Gucci tornou-se uma marca de grife mundialmente conhecida. No ano de 1999, foi adquirida pelo conglomerado francês Pinault Printemps Redoute, que mais tarde tornou-se a Kering.
Em 2025, a Gucci opera 529 lojas em todo o mundo, com cerca de 20.000 funcionários, gerando €7,650 bilhões de lucro.[2] Stefano Cantino foi apontado CEO da Gucci maio de 2024[3] e Demna é diretor artístico da marca desde março de 2025.[4]
História
[editar | editar código-fonte]Durante a adolescência, Guccio Gucci trabalhou como carregador no Hotel Savoy, em Londres, na Inglaterra. Lá o fundador da marca teve contato a elite na virada do século XX e se apaixonou pelas malas e peças de couro que os hóspedes do hotel carregavam. Em 1902 ele retornou à Florença e fundou a Gucci como uma fabricante de malas de viagem usando o melhor couro da Toscana e o design pragmático britânico.[5] Na mesma época, a marca criou o seu canvas Diamante, uma padronagem impressa em lona que unia a leveza do tecido com a resistência do couro aplicado em pontos especificos da peça.
Nos anos 60, a marca alcançou uma nova popularidade com a bolsa "Jackie", nomeada em homenagem à ex-primeira-dama estadunidense, Jacqueline (Jackie) Kennedy. Na mesma época, o canvas GG foi lançado e se tornou um dos maiores sucessos da casa. Em 1966, o lenço Flora foi criado em homeagem à princesa Grace Kelly de Monaco, como um presente de Rodolfo Gucci, filho do fundador.[6]

Nos anos 1990, a empresa foi à falência e a direção artística da marca italiana foi entregue a Tom Ford, que lhe atribuiu uma nova imagem, mais jovem e ousada, popularizando a marca por todo o mundo.
Em 27 de março de 1995, o então herdeiro do império, Maurizio Gucci, neto dos fundadores e então já afastado da administração, foi assassinado a mando de sua ex-esposa, Patrízia Reggiani.[7]
Depois da saída de Tom Ford em 2005, a etiqueta passou dez anos sob a direção da italiana Frida Gianinni. A linguagem de design da modelista foi menos arrojada, o que acabou criando uma queda de vendas no final do seu mandato. Gianinni saiu da Gucci em 2015, apenas dias antes do desfile da temporada de Outono de 2015.[8] No seu lugar, foi apontado o diretor de acessórios, o também italiano Alessandro Michele. Michele teve menos de duas semanas para montar uma coleção do zero e foi aclamado pela nova proposição na marca.[9]
Michele trouxe uma estética totalmente nova para a Gucci, catapultando a marca para o maximalismo, mesclando referências e padronagens barrocas e renascentistas com silhuetas mod e gamine.[10] Em novembro de 2022, Michele deixou a marca depois de alguns meses de queda de vendas e um cansaço da indústria com a estética que não se renovou ao longo da sua liderança criativa. Com a saída de Michele, a linha de prêt-à-porter continuou sendo apresentada sem uma liderança, tendo as peças de roupas criadas coletivamente pelo atelier.
Em janeiro de 2023, Sabato de Sarno foi anunciado como o novo diretor criativo da Gucci.[11] O designer italiano foi o diretor de moda masculina e feminina da Valentino. No meio de uma crise no setor do luxo, com uma retração do mercado como um todo, de Sarno trouxe peças e coleções pragmáticas, com foco na elevação da Gucci para longe do pop da era Michele.[12] Seu período liderando a marca foi curto; depois de uma queda de 24% nos lucros em apenas um quadrimestre, de Sarno foi removido do cargo de diretor criativo em fevereiro de 2025.[13]
No mês seguinte, Demna, o diretor criativo da Balenciaga (outra marca do grupo Kering) assumiu a direção artística da Gucci.
Faturamento e valor de mercado
[editar | editar código-fonte]Na lista da Forbes de "Marcas Mais Valiosas" de 2019 (World’s Most Valuable Brands), a Gucci aparecia na 31ª posição, valendo 22,6 bilhões de dólares, com uma receita de 10,8 bilhões ao ano, [14] atrás apenas da concorrente de luxo Louis Vuitton (9º).
Em 2020, devido à pandemia de covid-19, que afetou a ida de turistas a suas lojas, a empresa teve uma queda de 23% em suas vendas. [15] [16]
Filiais
[editar | editar código-fonte]América do Sul
[editar | editar código-fonte]O Brasil e o Chile são os únicos países da América do Sul que possuem lojas físicas da Gucci.
Brasil
[editar | editar código-fonte]No Brasil, são ao todo nove lojas:
- São Paulo - 4 lojas: Shopping Iguatemi, Shopping Cidade Jardim e Shopping JK Iguatemi em São Paulo capital, e Catarina Outlet em São Roque;
- Rio de Janeiro - 2 lojas: Village Mall e Copacabana Palace no Rio de Janeiro capital;
- Paraná - 1 loja: Pátio Batel (Curitiba);
- Pernambuco - 1 loja: RioMar Shopping (Recife);
- Distrito Federal - 1 loja: Shopping Iguatemi (Brasília).
Chile
[editar | editar código-fonte]- Santiago - 1 loja: Mall Parque Arauco
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Gucci em Macau
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Gucci em Las Vegas
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Gucci em Berlim
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ Zargani, Luisa (27 de novembro de 2023). «Gucci Moving Design Office From Rome to Milan». WWD (em inglês). Consultado em 14 de março de 2025
- ↑ «Group and Brands' key figures». www.kering.com (em inglês). Consultado em 14 de março de 2025
- ↑ «Stefano Cantino | CEO of Gucci». www.kering.com (em inglês). Consultado em 14 de março de 2025
- ↑ «Demna appointed Artistic Director of Gucci». www.kering.com (em inglês). Consultado em 14 de março de 2025
- ↑ «History of Gucci». Consultado em 14 de março de 2025
- ↑ Tuzio, Andrea (11 de outubro de 2021). «The Story of "Flora", Gucci's Timeless Scarf | Collater.al». Collateral (em inglês). Consultado em 14 de março de 2025
- ↑ «Condenada a 26 años de cárcel la ex mujer de Maurizio Gucci». HOLA (em espanhol). 20 de fevereiro de 2001. Consultado em 15 de março de 2021
- ↑ Staff, W. W. D. (12 de janeiro de 2015). «Frida Giannini Makes Early Exit From Gucci». WWD (em inglês). Consultado em 14 de março de 2025
- ↑ Bowles, Hamish (23 de junho de 2015). «Inside the House of Gucci: Meet the New Creative Director». Vogue (em inglês). Consultado em 14 de março de 2025
- ↑ bazaar, redação (1 de abril de 2024). «Tendências e incertezas: o legado de Alessandro Michele na moda de luxo». Harper's Bazaar » Moda, beleza e estilo de vida em um só site. Consultado em 15 de março de 2025
- ↑ «Sabato De Sarno appointed Creative Director of Gucci». www.kering.com (em inglês). Consultado em 15 de março de 2025
- ↑ «Gucci's Creative Directors: Genius, Turmoil & Financial Challenges | ISTITUTO MARANGONI». ISTITUTOMARANGONI (em inglês). Consultado em 15 de março de 2025
- ↑ «2024 Annual Results». www.kering.com (em inglês). Consultado em 15 de março de 2025
- ↑ «The 2020 World's Most Valuable Brands». Forbes (em inglês). Consultado em 15 de março de 2021
- ↑ Rozario, Kevin. «Gucci's Reliance On Missing Tourists Exposed As Sales Tumble 23%». Forbes (em inglês). Consultado em 15 de março de 2021
- ↑ «Com turistas em casa, Gucci perde receita e fica para trás de seus rivais». ISTOÉ DINHEIRO. 17 de fevereiro de 2021. Consultado em 15 de março de 2021
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Página oficial (em inglês)
- Gucci no Instagram
- Gucci no X