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Grazi (futebolista)

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Grazi
Grazi
Grazi jogando pelo Corinthians em 2023.
Informações pessoais
Nome completo Grazielle Pinheiro Nascimento
Data de nascimento 28 de março de 1981 (43 anos)
Local de nascimento Brasília, Distrito Federal, Brasil
Altura 1,62 m
destra
Apelido Grazi
Informações profissionais
Período em atividade 1998–2023 (26 anos)
Clube atual aposentada
Posição volante e meia
Clubes profissionais2
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1998–1999
2003–2006
2006–2007
2008
2009–2010
2011
2012–2013
2013
2014–2015
2014
2015
2015
2016
2016–2017
2018–2023
São Paulo
Botucatu
Levante
Botucatu
Santos
América-SP
Portuguesa
Tiradentes-PI
Portuguesa
Picos
Centro Olímpico
Abelhas Rainhas
Centro Olímpico
Corinthians/Audax
Corinthians
00- 000(-)
00- 000(-)
00- 000(-)
00- 000(-)
00- 000(-)
00- 000(-)
00- 000(-)
004 000(3)
002 000(0)
002 000(2)
012 000(2)
00- 000(-)
00- 000(-)
039 000(7)
0219 00(78)
Seleção nacional3
2004–2012 Brasil 010 000(1)


2 Partidas e gols totais pelos
clubes, atualizadas até 02 de dezembro de 2023.
3 Partidas e gols pela seleção nacional estão atualizadas
até 03 de agosto de 2012.

Medalhas
Jogos Olímpicos
Prata Atenas 2004 Equipe
Jogos Pan-Americanos
Ouro Rio de Janeiro 2007 Equipe
Prata Guadalajara 2011 Equipe

Grazielle Pinheiro Nascimento, conhecida como Grazi (Brasília, 28 de março de 1981), é uma ex-futebolista brasileira que atuava como volante e meia.

A jogadora teve passagens por grandes equipes, como São Paulo, Portuguesa, Santos, Botucatu e Corinthians. Enquanto na Seleção Brasileira, participou de duas Olimpíadas, dois Jogos Pan-Americanos e três Copas do Mundo.

Aos 13 anos de idade, Grazi atuava pelo Sociedade Esportiva do Gama, no Distrito Federal. Após o convite de Romeu Castro, Grazielle chegou a São Paulo em 1995, representando o Saad em uma competição sub-17. Ela foi artilheira do time campeão do torneio, e com isso logo conseguiu sua passagem para o São Paulo, onde foi campeã do Paulistana (nome da competição da época).[1][2]

Grazi então seguiu para a Portuguesa, ficando no clube de 1998 até 2002, quando se encerrou o projeto.

Rodando por alguns estados, a atacante acertou sua ida para o Botucatu, em 2004, no que seria uma passagem marcante na sua carreira, pois foi campeã em três oportunidades do Paulista Feminino com o clube.

Entre 2006 e 2007, ela atuou na Espanha e venceu a Copa da Rainha de 2007 pelo Levante.[3]

Ela voltou ao Brasil para jogar mais uma vez no Botucatu, mas, com o fim do time, a atacante aceitou ser mais uma das principais jogadoras do Santos em 2010, que contava com outras estrelas do futebol, como Marta e Cristiane.[4] Lá foi campeã de competições importantes, como a Libertadores, a Copa do Brasil e o Paulista.

Grazielle foi presença constante nas convocações da Seleção Brasileira de Futebol Feminino.[4], disputando diversos torneios, como Olimpíadas, Pan-americanos e Copas do Mundo.

A jogadora conquistou a medalha de ouro no Pan-americano de 2007, a prata olímpica em 2004 e 2012 e o terceiro lugar no Mundial de 1999.[4]

O clube em pelo qual mais atuou na carreira profissional é o Corinthians. Lá desde 2016, quando o time fez uma parceria para ter um time feminino com o Osasco Audax, ela estreou pela equipe no Campeonato Brasileiro, em uma vitória de 2 a 1 diante do Rio Preto, em 27 de janeiro. Ao todo, Grazi fez 258 partidas pelo Timão (sendo 182 delas como titular), marcando 78 gols e conquistando 15 títulos. Neste período, a atleta foi capitã e um dos principais pilares do time comandado por Arthur Elias.[5][6][7]

Ao final de 2021, ela anunciou que iria se aposentar após a temporada seguinte.[8] No entanto, Grazi decidiu permanecer na equipe até o final de 2023 para "pegar mais um momento legal com o Corinthians e acompanhar essa evolução de perto".[9]

Sua última partida pelo Corinthians e como jogadora profissional aconteceu na semifinal do Campeonato Paulista de 2023, no jogo de volta contra o Palmeiras, quando o Timão venceu o duelo por 8 a 0[10].

Após a conquista do último título da carreira de Grazi, o Paulista 2023, o Corinthians organizou uma partida de despedida para a atleta. Antes da bola rolar, Grazi recebeu uma homenagem e se tornou a primeira mulher a ter seus pés colocados na calçada da fama do Memorial Corinthians. O jogo foi realizado no Estádio Alfredo Schürig (mais conhecido como Fazendinha) e contou com o elenco do Timão, além de outras jogadoras que fizeram parte da trajetória da camisa 7 e que foram pioneiras do futebol feminino, como Leda Maria, Roseli, Pretinha, Marisa Pires.[11][7]

Vida fora de campo

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Grazi começou a jogar futebol ainda criança nas ruas de Brasília e enfrentou preconceito por conta do seu gênero.[2][9]

"Eu comecei a jogar em Brasília, na rua com os meninos, e sofria muito preconceito. As pessoas me chamavam de várias coisas. É algo muito marcante ver toda essa evolução dentro da modalidade, estou muito feliz por viver isso dentro do campo. Muitas meninas da minha geração já pararam e não tiveram essa oportunidade".[9]

Em 2022, a jogadora venceu o troféu "Reflexões", no prêmio Bola de Prata da ESPN Brasil, que tem a proposta de premiar trabalhos de característica social. Grazielle foi primeira mulher a vencer este troféu por conta da sua contínua luta por inclusão das mulheres no futebol.[9]

"Reconhecer essa luta é um passo gigantesco que a gente deu dentro da modalidade. E, hoje, demos mais um passo por esse prêmio ter sido entregue a mim, uma mulher negra".[9]

Já no fim da carreira, Grazi começou a investir na sobrinha Emily para que ela siga seus passos em campo. O nome, inclusive, é uma homenagem à sua amiga e companheira de time na época do São Paulo, a ex-treinadora da Seleção Brasileira, Emily Lima.[2]

Botucatu
Levante
Santos
Corinthians/Audax
Corinthians
Seleção Brasileira

Referências

  1. «Romeu Castro conta a história do futebol feminino no Brasil». Confederação Brasileira de Futebol. Consultado em 24 de agosto de 2019 
  2. a b c «Roberta Nina - Campeã de tudo no Corinthians, Grazi projeta futuro na carreira da sobrinha». dibradoras.blogosfera.uol.com.br. Consultado em 30 de outubro de 2023 
  3. «Corinthians renova com Grazi e a capitã fará sua última temporada em 2022 - Gazeta Esportiva». www.gazetaesportiva.com. Consultado em 30 de outubro de 2023 
  4. a b c «Paulista Feminino». www.futebolpaulista.com.br. Consultado em 24 de agosto de 2019 
  5. «UM DOS MAIORES ÍDOLOS DO CORINTHIANS FEMININO, GRAZI COMPLETA 42 ANOS». Consultado em 30 de outubro de 2023 
  6. «Corinthians firma parceria com o Audax para ter time de futebol feminino após sete anos». ESPN. Consultado em 30 de outubro de 2023 
  7. a b «#E7ernaCapitã: Grazi terá sexta-feira de homenagens no Corinthians». Sport Club Corinthians Paulista. Consultado em 1 de dezembro de 2023 
  8. «Grazi promete mais títulos no Corinthians em ano de despedida do futebol». TV Cultura. Consultado em 30 de outubro de 2023 
  9. a b c d e «Jogadora do Corinthians é premiada por luta pela igualdade de gênero». www.uol.com.br. Consultado em 30 de outubro de 2023 
  10. https://centraldotimao.com.br/corinthians-massacra-palmeiras-na-neo-quimica-arena-e-confirma-vaga-na-final-do-paulistao-feminino/
  11. Grazi revela que será realizado um jogo de despedida sexta-feira (1), no Parque São Jorge, consultado em 29 de novembro de 2023 

Ligações externas

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