Goma (República Democrática do Congo)
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Cidade | ||
Localização | ||
Coordenadas | 1° 41′ S, 29° 14′ L | |
País | República Democrática do Congo | |
Província | Quivu do Norte | |
Características geográficas | ||
Área total | 75,72 km² | |
População total (estimativa 2005) | 249 862 hab. |
Goma é a capital do Quivu do Norte, província étnica e geograficamente similar ao Quivu do Sul (com capital em Bucavu). Ambas as províncias constituem a região histórica do Quivu, na porção leste da República Democrática do Congo. Goma situa-se na margem norte do lago Quivu, perto da fronteira com Ruanda, e é conurbada com a cidade ruandesa de Guissenhi. O lago e as duas cidades localizam-se no extremo ocidental do Vale do Rifte. Goma tem aproximadamente 250 mil habitantes e está a cerca de 15 km ao sul da cratera do Niaragongo, um vulcão ainda ativo. [1]
A história recente da cidade está marcada pelo vulcão e pelo genocídio de 1994, em Ruanda, que por sua vez instigou a Primeira e a Segunda Guerra do Congo. As consequências desses acontecimentos ainda fazem-se sentir na cidade e seus arredores.
Consequências do genocídio em Ruanda
[editar | editar código-fonte]Goma no centro da crise de refugiados
[editar | editar código-fonte]O genocídio de 1994 foi desencadeado pelo governo provisório do Ruanda, controlado pela etnia hútu, contra a população tútsi. Em resposta, a Frente Patriótica do Ruanda (FPR), composta por refugiados tútsis em Uganda, invadiu Ruanda, obrigando o governo provisório a deslocar-se para Guissenhi. À medida que a FPR ganhava terreno, os hútus fugiam para Guissenhi e, de lá, para Goma. De 13 a 14 de julho de 1994, entre 10 000 e 12 000 refugiados atravessaram, por hora, a fronteira, na direção de Goma, originando a crise de refugiados dos Grandes Lagos. O fluxo massivo de refugiados criou uma crise humanitária de grande escala, dada a enorme falta de abrigo, alimento e água. Pouco depois da chegada de quase um milhão de refugiados, uma surto mortal de cólera reclamou a vida de milhares de vidas nos campos de refugiados hútus, nos arredores de Goma.
Referências
- ↑ Narciso, Filipe Albessu. O vulcão Nyiragongo e a erupção social na República Democrática do Congo. AUN - Agência Universitária de Notícias, 21 de setembro de 2021.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- VLASSENROOT, Koen; BUSCHER, Karen. The border City of Goma: Zone of Contestation or Laboratory of Change?. Urban International Conference. Poverty in Medium and Small Cities of Developing Countries. Royal Academy for Overseas Sciences. UN-Habitat. Bruxelas, 26-28 de outubro de 2009, pp. 161-178.