Frank Underwood
Frank Underwood | |
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Personagem de House of Cards | |
Kevin Spacey atuando como Frank Underwood | |
Informações gerais | |
Criado por | Beau Willimon |
Interpretado por | Kevin Spacey |
Informações pessoais | |
Nome original | Francis J. Underwood |
Nascimento | 5 de novembro de 1959 |
Morte | 2017 |
Origem | Gaffney, Carolina do Sul, Estados Unidos |
Residência | Washington, Distrito de Columbia, Estados Unidos |
Características físicas | |
Sexo | Masculino |
Família e relacionamentos | |
Família | Claire Underwood (esposa) |
Informações profissionais | |
Ocupação | Membro da Câmara dos Representantes através da 5.ª zona eleitoral da Carolina do Sul (1.ª temporada) Líder da maioria (Whip) da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos (1.ª temporada) Vice-presidente dos Estados Unidos (2.ª temporada) Presidente dos Estados Unidos (2–5.ª temporada) Primeiro-Cavalheiro dos Estados Unidos (5.ª temporada) |
Alma mater | The Sentinel (1981) Harvard Law School (1984) |
Francis J. "Frank" Underwood é um personagem fictício e protagonista da websérie norte-americana House of Cards. Criado por Beau Willimon e interpretado por Kevin Spacey, o personagem é uma variação de Francis Urquhart, o protagonista do romance e da minissérie de televisão britânica House of Cards, que serviu de base à série norte-americana.[1]
Frank Underwood é natural de Gaffney, Carolina do Sul.[2] Formou-se no The Sentinel, uma versão ficcional do The Citadel, o Colégio Militar da Carolina do Sul, e na Harvard Law School. Alguns dos diálogos do personagem são apresentados em discurso direto ao espectador, uma técnica narrativa que quebra a quarta parede. Ele é o Corregedor da Maioria na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos durante a primeira temporada, pertencendo ao Partido Democrata.
O personagem foi descrito como manipulador, conivente, maquiavélico, e também cruel e homicida, ao mesmo tempo que recebe importantes elogios por parte da crítica por ser um dos anti-heróis da televisão do século XXI.[3]
História
[editar | editar código-fonte]"O poder é muito parecido com o mercado imobiliário. Tudo resume-se a localização, localização, localização. Quanto mais perto se está da fonte, maior o seu valor."
O novo presidente Garrett Walker quebra sua promessa feita com Underwood e o ignora na nomeação para Secretário de Estado, mesmo ele tendo sido fundamental para a eleição de Walker. Ele é informado disso pela Chefe de Gabinete Linda Vasquez pouco antes da cerimônia de posse. Com a ajuda de sua esposa Claire e de seu chefe de gabinete Doug Stamper, Underwood usa sua posição na Câmara dos Representantes para começar a planejar sua vingança contra o novo presidente. Ele rapidamente alia-se com a repórter Zoe Barnes e começa a manipular o também deputado Peter Russo da Pensilvânia.[4]
Relação com Claire
Stelter descreve Frank e Claire Underwood como um casal de "maquinações".[5] Michael Dobbs compara a natureza da relação com a das personagens na série original britânica e com a relação entre Macbeth e Lady Macbeth.
Relação com Zoe Barnes
Underwood desenvolve uma relação íntima com a repórter do Washington Herald e Slugline, Zoe Barnes, com o conhecimento de Claire. Quando a série começa, Zoe está desesperada para subir na carreira, deixando de cobrir o Conselho do Condado de Fairfax para cobrir o que acontece nos corredores do poder do Capitólio. No final do primeiro episódio, Zoe Barnes já faz parte do quadro de cúmplices de Frank.
Repercussão
[editar | editar código-fonte]Dave Itzkoff do The New York Times chamou Underwood de um "político calculista" que faz "algumas das coisas mais perversas e dissimuladas imagináveis".[6] Brian Stelter, também do The New York Times, disse que o personagem "... está em uma missão pelo poder que é tão cheia de suspense quanto qualquer coisa na televisão". Do Daily News, Don Kaplan diz que "... o conivente Deputado Frank Underwood é facilmente um dos antiheróis mais complexos da televisão – exceto que ele não está na TV".[7]
O produtor executivo David Fincher descreve Underwood como um "Maquiavel te levando sob sua proteção e andando pelos corredores do poder, explicando o totalmente mundano e crasso em um nível mecânico até a manipulação mais grotesca de um sistema que é feito para ter todos esses freios e contrapesos".[8] Beau Willimon, criador e produtor executivo de House of Cards, o descreve como uma pessoa "sem remorssos, interesseira e que deseja o poder pelo poder".[9] Andrew Davies, produtor executivo da produção original inglesa, acha que as mudaças ao personagem fizeram ele perder o "charme" do original.[8] Laura Bennett do The New Republic concorda com a afirmação de Davies, dizendo que "Não há maldade no Frank Underwood de Spacey, apenas ambição dormente e maquinária".[4]
O The Independent elogiou Spacey por interpretar o personagem mais "ameaçador", "escondendo sua raiva atrás de uma charmosa e antiquada cortesia sulista".[9] O The New Republic percebeu que "Quando Urquhart falava com o público, era parcialmente no espírito de diversão conspiratória. Seu aparte despertava sagacidade. Ele não estava apenas lutando impiedosamente, ele se divertia, ironizando o ridículo de seu meio. Não há isso no Frank Underwood de Spacey, apenas uma ambição entorpecida e maquinária. Até sua afeição pela esposa é calculada".[4]
Underwood e Urquhart
[editar | editar código-fonte]Frank Underwood é a versão norte-americana de Francis Urquhart, o personagem original da minissérie da BBC. Urquhart é o maquiavélico Corregedor Chefe do Partido Conservador num parlamento pós-Margaret Thatcher. Ele empregava engano, astúcia, assassinato e chantagem para conseguir influenciar o Primeiro-Ministro do Reino Unido. De acordo com Beau Willimon, criador e produtor da série norte-americana, o nome foi alterado de um "dickensiano" para uma resonância "mais legitimamente americana" em Underwood. Urquhart era um aristocrata de nascimento, enquanto Underwood é um homem que construiu sua vida.[8] Urquhart foi um dos primeiros anti-heróis da televisão,[9] enquanto Underwood segue anti-heróis mais recentes como Tony Soprano, Walter White e Dexter Morgan.[4]
Prémios e nomeações
[editar | editar código-fonte]Nos terceiros Critics' Choice Television Awards, Kevin Spacey foi nomeado para Melhor Ator numa Série Dramática pela personagem Frank Underwood.[10]
Spacey foi um dos primeiros atores a receber indicações ao Primetime Emmy Award por um papel em uma websérie. Foi indicado ao Emmy do Primetime de melhor ator em série dramática por sua interpretação de Underwood.
Referências
- ↑ Thiago Acioli (2 de março de 2015). «8 dicas do Frank Underwood sobre estratégia de social media». Publicitários Social Club. Consultado em 15 de agosto de 2015
- ↑ João Santos Duarte (27 de fevereiro de 2015). «Bem-vindos ao episódio ventoso e alternativo de House of Cards». Semanário Expresso. Expresso. Consultado em 15 de agosto de 2015
- ↑ Diego Escosteguy (20 de fevereiro de 2015). «"House of cards": o som e a fúria de Frank Underwood». Época. O Globo - Época. Consultado em 17 de agosto de 2015
- ↑ a b c d Bennett, Laura (5 de fevereiro de 2013). «Kevin Spacey's Leading-Man Problem The star of the 13-hour "House of Cards" is as impenetrable as ever». The New Republic (em inglês). Consultado em 23 de julho de 2013
- ↑ Stelter, Brian (18 de julho de 2013). «Netflix Does Well in 2013 Primetime Emmy Nominations» (em inglês). The New York Times
- ↑ Itzkoff, Dave (18 de julho de 2013). «Emmy Nominees: Kevin Spacey of 'House of Cards'». The New York Times (em inglês). Consultado em 1 de setembro de 2013
- ↑ Kaplan, Don (21 de julho de 2013). «Kevin Spacey and Netflix's 'House of Cards' receive Emmy nominations, signaling a new order in TV». Daily News (em inglês). Consultado em 1 de setembro de 2013
- ↑ a b c Lacob, Jace (30 de janeiro de 2013). «David Fincher, Beau Willimon & Kate Mara On Netflix's 'House of Cards'». The Daily Beast. thedailybeast.com. Consultado em 1 de agosto de 2013
- ↑ a b c Hughes, Sarah (30 de janeiro de 2013). «'Urquhart is deliciously diabolical': Kevin Spacey is back in a remake of House of Cards». The Independent (em inglês). Consultado em 23 de julho de 2013
- ↑ «Big Bang, Horror Story, Parks & Rec, Good Wife, The Americans Lead Critics Choice Nominations» (em inglês). TVLine. 22 de maio de 2013. Consultado em 5 de agosto de 2015