Ferrovia Transnordestina Logística
FTL | |
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Razão social | Ferrovia Transnordestina Logística S.A. |
Empresa de capital fechado | |
Atividade | Transporte ferroviário, Logística |
Fundação | 29 de outubro de 2012 (12 anos) |
Sede | Fortaleza, Ceará, Brasil |
Área(s) servida(s) | Nordeste do Brasil |
Locais | Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão |
Proprietário(s) | CSN (92,71%) |
Produtos | Transporte e movimentação de carga |
Antecessora(s) | Transnordestina Logística S/A |
Website oficial | Site oficial |
A Ferrovia Transnordestina Logística (FTL) é uma empresa brasileira de logística, controlada pelo Grupo CSN. A empresa opera ferrovias em bitola métrica com 1.190 km de extensão, que ligam os portos de Itaqui (São Luis/MA), Pecém (São Gonçalo do Amarante/CE) e Mucuripe (Fortaleza/CE), na Região Nordeste do Brasil.[1]
A companhia foi criada a partir da cisão da Transnordestina Logística S/A em 29 de outubro de 2012[2] e aprovada em 22 de fevereiro de 2013, a partir da Resolução nº 4042[3] da ANTT. Administra desde então, a chamada Malha I que compreende os trechos em bitola métrica de São Luís a Mucuripe, Arrojado a Recife, Itabaiana a Cabedelo e Paula Cavalcante a Macau.[4]
História
[editar | editar código-fonte]Em 18 de julho de 1997, foi realizado o leilão de privatização da Malha Nordeste da Rede Ferroviária Federal, composta das seguintes superintendências regionais: SR-1 (Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte), SR-11 (Ceará) e SR-12 (Piauí e Maranhão). A rede possuía uma malha ferroviária de 4 238 quilômetros, que se estendiam pelos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, até o município de Propriá, em Sergipe. O único trecho em operação atualmente fica localizado entre o Maranhão e o Ceará.[5][6]
O consórcio vencedor arrematou a Malha Nordeste por R$ 15,7 milhões e era formado inicialmente por Vale (20%), CSN (20%), Taquari Participações (40%) e Bradesco (20%) e foi criada a Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN).[6]
Ocorreu em 2003 a saída da CVRD do bloco de controle da CFN, através de troca de ações com a CSN envolvendo a Ferrovia Centro-Atlântica e o TECON.[7] Essa troca acionaria foi aprovada pelo CADE em 2006.[8]
Em 2008, a razão social da CFN (Companhia Ferroviária do Nordeste S/A) mudou para Transnordestina Logística S/A (TLSA).
A VALEC torna-se acionista da TLSA em 2011.[9]
É iniciado em 2012 o processo de cisão parcial da TLSA, visando segregar a concessão da antiga malha ferroviária da RFFSA da concessão da Nova Transnordestina que está em construção. Em 2013 ocorre a cisão[4] da Transnordestina Logística S/A, sendo criada a Ferrovia Transnordestina Logística (FTL) responsável pela operação das linhas de bitola métrica no nordeste.
A linha ferroviária em operação atualmente, com 1.190 km em bitola métrica, liga os portos de Itaqui (São Luís/ MA), Pecém (São Gonçalo do Amarante/CE) e Mucuripe (Fortaleza/ CE), através da Ferrovia São Luís-Teresina e da Ferrovia Teresina-Fortaleza. As cargas são movimentadas por 92 locomotivas e 1.434 vagões.[10]
Em 2017, a FTL transportou 2,7 milhões de toneladas, dos quais 1,4 milhão de celulose, 631 mil de combustíveis e 363 mil de cimento. Já em 2018, a empresa transportou 2,63 milhões de toneladas, dos quais 1,4 milhão de celulose, 610 mil de combustíveis e 291 mil de cimento.[10]
Atualmente, ela opera apenas os trechos entre Maranhão, Piauí e Ceará. Os demais estão com tráfego suspenso e em processo de devolução junto ao DNIT e ANTT.[11]
Grupo de Controle
[editar | editar código-fonte]O controle da FTL é compartilhado entre as empresas CSN e Taquari Participações,[3][12] conforme o quadro a seguir.
Empresa | Percentual |
---|---|
Companhia Siderúrgica Nacional | 92,17 |
Taquari Participações S.A. | 7,29 |
Frota de locomotivas
[editar | editar código-fonte]A frota de locomotivas da Ferrovia Transnordestina Logística (FTL) ao fim de 2022 era composta em sua maioria por máquinas de pequeno porte e baixa potência, possuindo um total de 113 locomotivas,[13] destas vinte e três classificadas como inativas.
Fabricante | Modelo | Potência | Ativas | Total | Nota |
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ALCO | ALCO RSD-8 | 1050 HP | 24 | 29 | Bitola métrica (unidade N° 6051 modernizada) |
EMD | G12 | 1425 HP | 21 | 27 | Bitola métrica |
GE | U5B | 600 HP | 6 | 12 | Bitola métrica |
GE | U10B | 1050 HP | 26 | 27 | Bitola métrica |
GE | U8B | 900 HP | 0 | 3 | Bitola métrica |
GE | U20C | 2000HP | 6 | 0 | Locadas pela Transfesa. Bitola métrica. |
EMD | SD18 | 1800 HP | 2 | 4 | Adquiridas por meio de transferência[14] em 2016 da MRS. Bitola larga. |
EMD | SD38M | 2000HP | 2 | 2 | Adquiridas em 2016 por meio de transferência da MRS. Bitola larga. |
EMD | SD40-2 | 3000HP | 2 | 3 | Ex-RFFSA. Algumas sendo adquiridas por meio de transferência[15] da MRS. Bitola Larga. |
Em 2013 foi realizada a mutação patrimonial de 03 (três) locomotivas EMD SD40-2 (nº5212, 5237 e 5241) da concessionaria MRS Logística para a FTL, o processo foi finalizado com o Aditivo pulicado em 13 de janeiro de 2015,[16] entretanto essas locomotivas estavam operando na Transnordestina Logística S/A (TLSA)[13] em 2015, nas obras de construção da ferrovia.
Galeria
[editar | editar código-fonte]-
GE U5B #2086 no pátio de Sobral - Ceará
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GE U10B #2208
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EMD GM G12 #3662 nas oficinas de Fortaleza - Ceará
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EMD SD18 #5038 no pátio da MRS em MG. Atualmente pertence a FTL
Referências
- ↑ «FTL». CSN. 5 de Novembro de 2016. Consultado em 7 de Janeiro de 2017
- ↑ «FTL - Ferrovia Transnordestina Logística - Demonstrações Financeiras». 31 de janeiro de 2014. Consultado em 7 de janeiro de 2017[ligação inativa]
- ↑ a b «Resolução nº 4042, de 22 de fevereiro de 2013 - Autoriza a operação de cisão da Concessão para exploração e desenvolvimento do serviço público de transporte ferroviário de carga na Malha Nordeste.». 22 de fevereiro de 2013. Consultado em 7 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 9 de janeiro de 2017
- ↑ a b «Transnordestina Logística aprova cisão parcial da companhia». ANTT. 27 de dezembro de 2016. Consultado em 7 de janeiro de 2017
- ↑ «Memórias em trilhos». Portal Correio. Consultado em 4 de agosto de 2019
- ↑ a b «Folha de S.Paulo - Malha Nordeste encerra venda da RFFSA - 19/07/97». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 6 de fevereiro de 2024
- ↑ «CSN ANUNCIA MUDANÇA DE PARTICIPAÇÃO EM CONTROLADAS» (PDF). ANTT. 16 de abril de 2003. Consultado em 8 de janeiro de 2017
- ↑ «Cade aprova descruzamento de fatias da Vale e CSN em ferrovias». ANTT. 25 de outubro de 2006. Consultado em 8 de janeiro de 2017
- ↑ «Ferrovia Transnordestina». VALEC. Consultado em 6 de fevereiro de 2024
- ↑ a b «FTL». www.csn.com.br. Consultado em 4 de novembro de 2018
- ↑ portal.antt.gov.br https://portal.antt.gov.br › do...PDF Ferrovia Transnordestina Logística S/A – FTL
- ↑ «ITR - Informações Trimestrais - 31/03/2021 - FTL - FERROVIA TRANSNORDESTINA LOGÍSTICA S.A.» (PDF)
- ↑ a b RF (2015). «3.289 locomotivas em operação» (Impresso). Consultado em 1 de janeiro de 2016
- ↑ «BLOG MRS». www.mrs.com.br. Consultado em 18 de novembro de 2016
- ↑ «Termo Aditivo nº 003 ao Contrato de Arrendamento nº 071-97.pdf — Português (Brasil)» (PDF). www.gov.br. Consultado em 6 de janeiro de 2023
- ↑ ANTT (2015). «Termo Aditivo nº 003 ao Contrato de Arrendamento nº 071/97» (Impresso). Consultado em 15 de julho de 2021[ligação inativa]