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Everardo Castro

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Everardo Castro

Castro no lançamento do livro Jazz Panorama, de Jorge Guinle
Nome completo Everardo Magalhães Castro
Nascimento 12 de abril de 1933
Rio de Janeiro
Morte 30 de março de 2010 (76 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileira
Ocupação músico, advogado, editor e político

Everardo Magalhães Castro (Rio de Janeiro, 12 de abril de 1933 - 30 de março de 2010) foi um músico, advogado, editor e político brasileiro, considerado um dos mais ativos na criação da bossa nova.

Foi deputado estadual no Rio de Janeiro (então ainda Guanabara) em duas ocasiões, na década de 1960, e foi autor de vários projetos dentre os quais se destaca a lei que criou a Secretaria de Ciência e Tecnologia; na década seguinte foi proprietário de parques gráficos.[1]

Seu avô paterno João Autto de Magalhães Castro, amazonense, educador, inventor e artista, mudara-se para o Rio no século XIX, e veio a se casar com uma moça de família nobre da Corte e viria a exercer grande influência sobre o neto.[2] O outro avô Álvaro Ribeiro de Almeida e Luz, o materno, foi o engenheiro que colaborou com Carlos Guinle na construção da estrada Rio-Petrópolis, dando início à amizade entre as duas famílias.[3]

Everardo estudou no Colégio São José, onde teve grande influência o padre marista Ático Rubini, organista e compositor; outra influência em sua infância foi o músico Pixinguinha, que era amigo de seu pai.[2]

Formou-se em direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e exerceu a advocacia posteriormente.[2] Deputado durante o governo de Carlos Lacerda, era homem de confiança deste na Assembleia, onde presidiu as suas comissões de constituição e justiça e de economia e foi autor de um projeto que obrigava as casas noturnas a terem um conjunto musical.[2]

Ainda como deputado esteve em Cuba, quando encontrou Ernesto Che Guevara junto a Ben Bella, que lhe aconselhou a sempre "ouvir os jovens" - como resultado da tarde que passaram junto compôs Guevara e Danzon para Carmen.[2]

No governo de José Sarney foi diretor da Casa da Moeda do Brasil.[2]

O escritor Ruy Castro, em seu livro Chega de Saudade, o considera um dos mais atuantes da MPB, havendo participado da criação da bossa nova.[2]

Junto a Jorge Guinle, Ary Vasconcelos, Ricardo Cravo Albin, Silvio Túlio Cardoso, Vinícius de Morais, Tom Jobim, Ilmar Cardoso e outros, participou da fundação do Clube de Jazz e Bossa, em 1965.[4][2]

Sobre sua produção musical, registrou Radamés Gnatalli: "Algumas melodias de Everardo evocam passagens de Debussy. Gosto do seu trabalho. Trabalho delicado e que atinge a alma."[5]

Junto a João Donato compôs a sinfonia Amazonas: Um Poema Sinfônico, que estreou em 21 de setembro de 2001 no Teatro Amazonas de Manaus, orquestrada por Laércio de Freitas e que recebeu elogios da crítica.[2]

Principais composições

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  • Canções: "Um simples olhar", "Fecho os olhos", "Brancas nuvens", "Beijo enganado", "Guevara", "Danzon para Carmem", "Lai".[5]
  • "Sinfonia da Vitória", obra elogiada por Tom Jobim.[5]
  • "Uma Fantasia Cubana", em parceria com João Donato.[5]
  • "Anita", ópera que conta a saga de Anita e Giuseppe Garibaldi, em parceria com Francis Hime.[5]

Referências

  1. Institucional (s/d). «Everardo Castro - biografia». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 28 de fevereiro de 2016 
  2. a b c d e f g h i Everardo Castro (s/d). «Biografia». everardocastro.com. Consultado em 28 de fevereiro de 2016 
  3. Por haverem inserido todos blogs em blogspot.com na "blacklist", o blogue mantido por Everardo Castro se encontra bloqueado; copie o endereço do link a seguir, para conferir esta informação: http://web.archive.org/web/20160228141857/http://everardocastro.blogspot.com.br/2008/03/jorge-guinle-meu-tipo-inesquecvel.html; título - Um simples olhar: Jorge Guinle, meu tipo inesquecível; autor: Everardo Castro, 29/3/2008, acessado em 28/2/2016
  4. Institucional (s/d). «Clube de Jazz e Bossa». Dicionário Cravo Albin de MPB. Consultado em 28 de fevereiro de 2016 
  5. a b c d e Institucional (s/data). «Everardo Castro - dados artísticos». Dicionário Cravo Albin de MPB. Consultado em 28 de fevereiro de 2016