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Escala de Turim

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Escala de Turim

A escala de Turim é um método de classificação dos objetos próximos da Terra, como asteroides e cometas, baseado na probabilidade do risco de colisão e no potencial destrutivo destes corpos (considerando a energia cinética que essa colisão possuiria).[1]

Esta escala foi adotada em 1999 durante uma convenção astronômica da União Astronômica Internacional (UAI) na cidade de Turim e é considerada uma ferramenta para astrônomos e o público em geral.[2] A escala baseia-se nas dimensões do corpo celeste e na probabilidade de colisão atribuindo-lhe um nível, que vai do nível 0 (Branco) - nenhum risco iminente, ao nível 10 (Vermelho) - colisão capaz de alterar todo o clima do planeta causando uma catástrofe global.[3]

A escala foi criada pelo professor Richard P. Binzel do departamento das Ciências da Terra, Atmosfera e Planetas, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). A primeira versão, chamada de "A Near-Earth Object Hazard Index", foi apresentada em uma conferência das Nações Unidas em 1995.[1][4]

O recorde na escala de Turim é do asteroide Apophis, que chegou ao nível 4, causando uma breve preocupação dos cientistas.[5]

Níveis da escala

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Estes são os níveis usados para a predição do impacto de asteroides/cometas:[3]

SEM PERIGO (branco)
0. A probabilidade de colisão é 0, ou tão baixa que é considerada desprezível. Aplicada a objetos tão pequenos que se desintegram ao cruzar a atmosfera.
NORMAL (verde)
1. Chance de colisão extremamente improvável.
MERECEDOR DE ATENÇÃO POR PARTE DOS ASTRÓNOMOS (amarelo)
2. Objetos que passem próximos à Terra.
3. Cálculos sugerem 1% de probabilidade de colisão capaz de destruição. Público merece ser avisado se a colisão se encontra a menos de uma década de distância.
4. Cálculos dão 1% ou mais de probabilidade de colisão capazes de destruição. Público merece ser avisado se a colisão se encontra a menos de uma década de distância.
PERIGOSO (laranja)
5. Um encontro que representa um verdadeiro perigo de destruição. A atenção dos astrônomos é crucial para confirmar a trajetória e quando a colisão ocorrerá. Um plano governamental é articulado caso a colisão se encontre a menos de uma década de distância.
6. Um encontro que representa um perigo sério de catástrofe global. A atenção dos astrônomos é crucial para determinar quando a colisão ocorrerá. Um plano governamental é articulado caso a colisão se encontre a menos de três décadas de distância.
7. Um encontro que representa um perigo sério de catástrofe global. Perante tão sério perigo um plano de contingência internacional é traçado, especialmente para determinar urgentemente e conclusivamente quando ocorrerá o impacto.
COLISÕES CERTAS (vermelho)
8. A colisão é garantida, capaz de causar destruição localizada em terra ou um tsunami se ocorrer no mar. Um evento desta magnitude ocorre uma vez a cada 1000 anos.
9. A colisão é garantida, capaz de causar devastação localizada em terra ou um megatsunami se ocorrer no mar. Um evento desta magnitude ocorre uma vez a cada 10 000 ou 100 000 anos.
10. A colisão é inevitável, capaz de causar uma catástrofe global que arriscará o futuro da civilização tal como a conhecemos, quer a colisão ocorra no continente ou no mar. Um evento desta magnitude ocorre uma vez a cada 100 000 anos.

Escala de Palermo x Escala de Turim

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Apesar do reconhecimento da Escala de Turim e sua utilização prática pelo público em geral, existe uma outra escala mais técnica utilizada por especialistas que também mede o perigo de impacto dos objetos espaciais contra à Terra. A chamada Escala de Palermo consiste em um sistema de medição do risco de impactos em que os astrônomos utilizam uma equação logarítmica para a predição do grau de impacto de uma possível colisão.[1]

Ligações externas

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  1. a b c Souza, Amanda (27 de abril de 2023). «Escala de Turim: a medição de perigo de impacto na Terra por meteoritos». Tempo.com | Meteored. Consultado em 1 de maio de 2023 
  2. «The Torino Scale». The Planetary Society (em inglês). Consultado em 1 de maio de 2023 
  3. a b Anto Johnson, Peter; et al. «Near-Earth Objects Impact Hazard Assessment Scales» (PDF) (em inglês). AIC / University of Alberta. Consultado em 1 de maio de 2023 
  4. published, Robert Roy Britt (12 de abril de 2005). «Asteroid Threat Scale Revised». Space.com (em inglês). Consultado em 1 de maio de 2023 
  5. «Earth impact hazard - Determining the hazard potential of an NEO | Britannica». www.britannica.com (em inglês). Consultado em 1 de maio de 2023 
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