Encefalite equina venezuelana
Venezuelan equine encephalitis virus | |
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Vírus da encefalite equina venezuelana | |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | A92.2 |
CID-9 | 066.2 |
CID-11 | 1463986285 |
MeSH | D004685 |
Leia o aviso médico |
Encefalite equina venezuelana ou Encefalomeningite equina da Venezuela (EEV) é uma doença viral causada por um alphavirus transmitido por mosquitos que afeta humanos e equinos. Essa encefalite viral é endêmica do norte da América do Sul e na América Central, com raros casos nos EUA. A maioria dos casos é uma virose leve ou moderada melhorando mesmo sem tratamento após 3 a 5 dias de febre, exceto em crianças.[1]
Apesar do nome apenas 4-14% das crianças infectadas desenvolvem encefalite ou meningite. Em cavalos que desenvolvem essa encefalite a mortalidade é de 50 a 90%.[2]
Causa
[editar | editar código-fonte]O vírus da encefalite equina venezuelana (VEEV) é um vírus RNA de fita simples cadeia positiva do gênero alphavirus do complexo Novo Mundo. Tem envelope, icosaédrico, 70 nm de diâmetro, simetria T=4 e duas glicoproteínas E1 e E2 inseridas na membrana lipídica em torno da nucleocapsídeo. E2 parece ser o principal responsável pela fixação dos vírus em superfícies celulares. Usa aves, morcegos e roedores como reservatório. É transmitida por mosquitos (ou seja, é um arbovírus).[3]
Sinais e sintomas
[editar | editar código-fonte]Depois de 1 a 6 dias de incubação, quando aparecem sintomas, geralmente duram apenas 3 a 5 dias e são leves ou moderados, típicos de gripe, como[4]:
- Dor de cabeça severa,
- Sensibilidade a luz,
- Febre e calafrios,
- Dor muscular e lombar ou na garganta,
- Náusea e vômito,
- Diarreia,
- Cansaço.
Quando aparece encefalite ou meningite (4 a 14% dos casos em crianças pequenas, menos de 1% em adultos) a mortalidade é de 35% em crianças menores de 5 anos e de 20% em maiores de 5 anos. Raramente causa problemas articulares, da coordenação motora e aborto. [5]
Epidemiologia
[editar | editar código-fonte]É encontrado na região amazônica (inclusive na brasileira) e na América central. Um surto em 1995 de encefalite equina venezuelana na Colômbia e Venezuela afetou cerca de 75.000 pessoas, causando cerca de 3000 encefalites e 300 mortes. Entre os cavalos, estima-se 50.000 infectados e 400 mortes.[6]
Tratamento e prevenção
[editar | editar código-fonte]O tratamento é apenas sintomático. A prevenção pode ser feita com vacinação de crianças usando a C-84 com vírus inativado ou TC-83 com vírus atenuado por passagem em animais ou com a vacinação de cavalos usando a V3526 com vírus atenuado. As três possuem menos de 95% de eficácia e podem causar efeitos colaterais leves ou moderados, assim a melhor prevenção seria o controle de mosquitos. [7]
Referências
- ↑ http://emedicine.medscape.com/article/233913-overview#a6
- ↑ Walton, T., E., Suchman. “Venezuelan Equine Encephalitis (VEE) Virus” American Society for Microbiology. MicrobeLibrary.org. http://www.microbelibrary.org/asmonly/details.asp?id=2407[ligação inativa]
- ↑ https://microbewiki.kenyon.edu/index.php/Venezuelan_equine_encephalitis_virus
- ↑ http://emedicine.medscape.com/article/233913-clinical
- ↑ http://emedicine.medscape.com/article/233913-overview#a7
- ↑ http://emedicine.medscape.com/article/233913-overview
- ↑ Slobodan, P., S.C., Weaver “Vaccines for Venezuelan equine encephalitis” Vaccine 27 (2009): D80-D85