Egeu (mitologia)
Egeu | |
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Têmis e Egeu. Um cálice ático de figuras vermelhas atribuído ao pintor de Codro, 440–433 a.C. De Vulci. |
Egeu, na mitologia grega, era filho de Pandião II, pai de Teseu e rei de Atenas. Em algumas versões, ele não é o pai de Teseu, que seria filho de Posidão.
Nascimento no exílio
[editar | editar código-fonte]Seu pai,Pandião II, rei de Atenas, era filho de Cécrope II e Metiadusa, filha de Eupalamus;[1] Cécrope era filho de Erecteu e Praxiteia[2] Pandião II foi expulso de Atenas pelos metiônidas, filhos de Metion.[3] Metion era irmão de Cécrope[2] ou, segundo Diodoro Sículo, filho de Eupalamus, filho de Erecteu.[4]
Pandião fugiu para Mégara, segundo Pausânias, porque ele era casado com a filha do rei Pylas,[3] mas, segundo Pseudo-Apolodoro, Pandião se casou com a filha de Pylas depois que se refugiou em Mégara.[1] Quando Pylas matou Bias, irmão do seu pai, e foi para o Peloponeso fundar a cidade de Pilos, ele passou o reino para Pandião II.[1] Segundo Pseudo-Apolodoro, os filhos de Pandião II nasceram em Mégara, e se chamavam Egeu, Palas, Niso e Lico.[1] Pseudo-Apolodoro menciona uma versão de que Egeu não seria filho de Pandião II, mas de Scyrius, tendo sido adotado por Pandião.[1] Pandião II ficou doente e morreu em Mégara, onde foi enterrado.[3]
Retomada de Atenas
[editar | editar código-fonte]Os filhos de Pandião retornaram a Atenas e expulsaram os metiônidas,[5][6] recuperando o reino para Egeu[5] ou dividindo o reino em quatro, com Egeu com o poder supremo.[6]
Nascimento de Teseu
[editar | editar código-fonte]Egeu casou-se com duas mulheres, Meta, filha de Hoples e Chalciope, filha de Rhexenor, mas não teve filhos com nenhuma delas; temendo perder o reino para seus irmãos (Palas, Niso e Lico), Egeu consultou a Pítia, mas não entendeu sua resposta.[6]
Na volta para Atenas, Egeu se hospedou em Trezena, cujo rei Piteu, filho de Pélope, compreendendo o oráculo, fez Egeu se embebedar, e deitar com sua filha Etra.[7] Na mesma noite, porém, Posidão também se deitou com Etra.[7]
Teseu estava em Trezena quando Medeia veio para Atenas e se casou com Egeu. Medeia tentou assassinar Teseu, mas sua tramóia foi descoberta, e ela fugiu.
Guerra com Minos
[editar | editar código-fonte]Androgeu, filho de Minos, rei de Creta,[8] venceu todas as provas dos jogos panatenaicos suscitando a inveja do rei Egeu, que o convidou a matar o touro de Maratona. Androgeu foi morto pelo animal e seu pai, Minos, invadiu a Ática.
Neste guerra, Niso foi atacado por Minos.[9] Niso tinha um cabelo púrpura na sua cabeça, e o oráculo havia dito que ele morreria quando este cabelo fosse tirado; sua filha Cila se apaixonou por Minos, arrancou o cabelo e causou sua morte.[9] Minos, após se tornar mestre de Mégara, amarrou Cila pelos pés no seu navio e a afogou.[9]
Minos não conseguiu tomar Atenas, e rezou a Zeus pedindo vingança, que fez Atenas sofrer fome e peste.[9] Com a derrota do rei Egeu, Minos impôs um tributo de sete rapazes e sete raparigas que deviam ser sacrificados ao Minotauro de nove em nove anos.[9]
Chegada de Teseu
[editar | editar código-fonte]Teseu chegou em Atenas e expulsou Medeia.
Teseu e o Minotauro
[editar | editar código-fonte]Egeu pede a Teseu que vá matar o Minotauro. Combinou com seu filho que ele fosse com as velas negras e, caso voltasse vivo, erguesse as velas brancas. Se morresse, a tripulação levaria o corpo com as velas negras erguidas. Teseu vai a Creta e mata o Minotauro, mas, na volta, cheio de felicidade por ter derrotado o monstro, ele deixa as velas negras, e Egeu, achando que Teseu tinha morrido, se mata, jogando-se no mar que passou a se chamar mar Egeu.
Referências
- ↑ a b c d e Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 3.15.5
- ↑ a b Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 3.15.1
- ↑ a b c Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 1.5.3
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro IV, 76.2
- ↑ a b Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 1.5.4
- ↑ a b c Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 3.15.6
- ↑ a b Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 3.15.7
- ↑ Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 1.1.2
- ↑ a b c d e Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 3.15.8
Precedido por Pandião II (legítimo) Metiônidas (usurpadores) |
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