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Transtornos do humor

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Transtornos do humor
Transtornos do humor
No Brasil, em 2008, 4,1% da população foram diagnosticados com depressão, sendo duas vezes mais comum em mulheres.[1]
Especialidade psiquiatria, psicologia clínica
Classificação e recursos externos
CID-10 F30 a F39
CID-9 296
CID-11 e 54673878 76398729 e 54673878
eMedicine disorder/topic.htm Mood disorder/
MeSH D019964
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Animais também sofrem com transtornos de humor, especialmente quando em cativeiro.[2]

Transtornos do humor (português brasileiro) ou perturbações do humor (português europeu) são aqueles nos quais o sintoma central é a alteração do humor ou do afeto. Afeta diversas áreas da vida do indivíduo (profissional, familiar, social...) e a maioria dos outros sintomas são menos prejudiciais ou consequência do humor alterado. Tendem a ser recorrentes e a ocorrência dos episódios individuais pode frequentemente estar relacionada com situações ou fatos estressantes.[3]

Não se classifica como transtorno do humor quando a alteração de humor seja causada por outra doença ou por medicamentos. Nesse caso, ela será apenas um sintoma.[3]

Classificação

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Classificação segundo a Classificação Internacional de Doenças atual (CID-10)[3]
Transtornos do humor atingem mais de 20% da população em algum momento de suas vidas.[4]
Classificações segundo o Dicionário de Saúde Mental IV edição (DSM-IV).[5]
  • 293.83 - Transtorno do humor devido a condição médica geral;
  • 296.xx - Transtorno depressivo maior;
  • 300.4 - Transtorno distímico;
  • 301.13 - Transtorno ciclotímico;
  • 311 - Transtorno depressivo sem outra especificação;
  • ___.__ - Transtorno do humor induzido por substâncias (depende dos códigos específicos da substância causadora);
Quarto dígito do transtorno depressivo maior[5]
  • 1 Associado a episódios maníacos (ou seja, Bipolar);
  • 2 Episódio único;
  • 3 Recorrente;
  • 9 Sem outra especificação.
Quinto dígito do transtorno depressivo maior[5]
  • 1 Leve;
  • 2 Moderado;
  • 3 Severo Sem Aspectos Psicóticos;
  • 4 Severo Com Aspectos Psicóticos;
  • 5 Em Remissão Parcial;
  • 6 Em Remissão Completa e;
  • 0 Sem outra especificação.
Mulheres, adolescentes, idosos e doentes crônicos são os mais afetados.[1]

Existem outras classificações de transtornos de humor usadas popularmente, mas ainda não adicionadas ao dicionário:[6]

Segundo a OMS, atualmente estima-se que 340 milhões de pessoas estão sofrendo com algum transtorno de humor, sendo mais comum e mais grave nos países em desenvolvimento.

Em prontuários hospitalares a frequência de pacientes diagnosticados com algum transtornos do humor está entre 20% a 60% sendo o mais comum depressão moderada ou grave.[13] O número de casos na população de um local depende das características sociodemográficas, do tipo e gravidade das enfermidade associadas, dos critérios e definições usados na investigação.[13]

Transtornos do humor frequentemente estão associado com outras doenças. Entre pacientes com dor crônica 30% a 54% possuem os critérios para depressão maior.[1] Entre os com distúrbio na tireoide esse índice chega a 17%.[1] Em pacientes com diabetes entre 11% e 31% desenvolvem depressão.[1] Após infarto agudo do miocárdio varia entre 17% e 27%.[1] Entre pacientes participantes de programas de diálise em doença renal terminal a prevalência da depressão chega a 25%.[1] E entre os idosos que tiveram Acidente Vascular Cerebral (AVC) chega a 15%.[1] Em doenças neurológicas como Alzheimer e Parkinson os sintomas de depressão maior podem ser identificados em até metade dos casos.[1]

Depressão e distimia geralmente são tratadas com Inibidores seletivos da recaptação da serotonia (ISRS), um tipo de antidepressivo com poucos efeitos colaterais, mas existem diversas outras opções. Episódios maníacos podem ser tratado com um estabilizante de humor. E transtornos mistos podem ser tratados com uma combinação dos dois ou com sal de lítio. Caso existam sintomas de psicose (como alucinação) podem ser usados também antipsicóticos.[14]

Referências

  1. a b c d e f g h i j Geovane da Conceição Máximo. ASPECTOS SOCIODEMOGRÁFICOS DA DEPRESSÃO E UTILIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO BRASIL. http://www.cedeplar.ufmg.br/demografia/teses/2010/GEOVANE_MAXIMO_VERSAO_OUT_2010.pdf
  2. http://vidacachorro.wordpress.com/2009/07/13/depressao-em-animais/
  3. a b c World Health Association. The ICD-10 Clasification of Mental and Behavioural Disorders. Clinical descriptions and diagnostic guidelines. Geneva: World Health Organization; 1992. http://www.datasus.gov.br/cid10/V2008/cid10.htm Arquivado em 2 de fevereiro de 2013, no Wayback Machine.
  4. http://www.abrata.org.br/site/depressao/orientacoes.asp
  5. a b c American Psychiatric Association. Diagnostic and Statiscal Manual of Mental Disorders. 4th ed. Washington, DC: American Psychiatric Association; 1994.
  6. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-44461999000500003&script=sci_arttext
  7. http://www.psiquiatriageral.com.br/humor/intro.htm
  8. Jeronimus B.F.; Kotov, R.; Riese, H.; Ormel, J. (2016). «Neuroticism's prospective association with mental disorders halves after adjustment for baseline symptoms and psychiatric history, but the adjusted association hardly decays with time: a meta-analysis on 59 longitudinal/prospective studies with 443 313 participants». Psychological Medicine. 46 (14): 2883-2906. PMID 27523506. doi:10.1017/S0033291716001653 
  9. Wetterling T; Junghanns K (December 2000). "Psychopathology of alcoholics during withdrawal and early abstinence". Eur Psychiatry 15 (8): 483–8. doi:10.1016/S0924-9338(00)00519-8. PMID 11175926.
  10. Semple, David; Roger Smyth, Jonathan Burns, Rajan Darjee, Andrew McIntosh (2007) [2005]. "13". Oxford Handbook of Psychiatry. United Kingdom: Oxford University Press. p. 540. ISBN 0-19-852783-7.
  11. Why We Get Sick: The New Science of Darwinian Medicine, Randolphe M. Nesse and George C. Williams | Vintage Books | 1994 | ISBN 0-8129-2224-7
  12. Nesse R (2000). "Is Depression an Adaptation?". Arch. Gen. Psychiatry 57 (1): 14–20. doi:10.1001/archpsyc.57.1.14. PMID 10632228.
  13. a b Neury J. Botega, Márcia R. Bio, Maria Adriana Zomignani, Celso Garcia Jr, Walter A. B. Pereira. Transtornos do humor em enfermaria de clínica médica e validação de escala de medida (HAD) de ansiedade e depressão.
  14. http://simplelink.library.utoronto.ca/url.cfm/329406