Cerco de Burnswark
Cerco de Burnswark | |||
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Campanha britânica de Quinto Lólio Úrbico | |||
Povos do norte da Britânia. A campanha de Lólio Úrbico ocorreu entre as duas linhas vermelhas no mapa, a Muralha de Adriano (embaixo) e a Muralha Antonina, construída depois da vitória. | |||
Data | 140 | ||
Local | Burnswark, Caledônia | ||
Coordenadas | |||
Desfecho | Vitória decisiva romana | ||
Mudanças territoriais | Anexação do território dos sélgovas | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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Baixas | |||
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Localização aproximada de Burnswark no que é hoje o Reino Unido | |||
O Cerco de Burnswark foi uma batalha para garantir o controle de um forte elevado travada entre os defensores caledonianos da tribo dos sélgovas e as legiões romanas que participavam da campanha de Quinto Lólio Úrbico durante a conquista das Terras Baixas escocesas. O cerco ocorreu na moderna Burnswark, no sul da Escócia, perto de Lockerbie, e resultou em vitória romana.
Contexto
[editar | editar código-fonte]Pouco se sabe sobre a batalha em si a partir das fontes históricas, com exceção de seu contexto, bem documentado. Muito do que se sabe, incluindo o posicionamento e movimento das tropas, foi inferido a partir de escavações arqueológicas realizadas no local.[carece de fontes]
Depois da morte do imperador Adriano (138), Antonino Pio chegou ao trono e rapidamente tratou de reverter o sistema de limitação das fronteiras imperiais imposto pelo seu antecessor. Depois de derrotar os brigantes em 139,[1] Quinto Lólio Úrbico, o governador da Britânia[2][3][4] recebeu ordens de marchar para além da Muralha de Adriano para conquistar as Terras Baixas da Caledônia, onde viviam na época votadinos, sélgovas, damnônios e nóvantas, empurrando a fronteira mais para o norte. Lólio Úrbico marchou com três legiões, a II Augusta, a VI Victrix e a XX Valeria Victrix, num total de pelo menos 16 500 homens.[5]
Os sélgovas, que habitavam a região das modernas cidades de Kirkcudbrightshire e Dumfriesshire, imediatamente ao norte da Muralha de Adriano, estavam entre as primeiras tribos caledônias a serem atacadas (juntamente com os votadinos). Os romanos, que estavam acostumados com a guerra em terrenos montanhosos, se moveram rapidamente para ocupar pontos estratégicos e mais elevados, alguns dos quais haviam sido fortificados pelos caledônios. Uma destas fortalezas ficava na moderna Burnswark e estava estrategicamente localizada para comandar a rota ocidental que seguia para o norte até o interior da Caledônia.[6]
Batalha
[editar | editar código-fonte]As forças romanas se posicionaram cercando a fortaleza no alto de uma colina e construíram dois acampamentos, um de cada lado, efetivamente bloqueando-a.[7] Acredita-se que estes dois acampamentos abrigavam cerca de 6 000 homens, legionários e tropas auxiliares. Enquanto os defensores certamente só dispunham de armas simples, como escudos e espadas, os romanos contavam com complexas armas de cerco e as utilizaram com efeitos devastadores. Acredita-se que os defensores foram quase completamente aniquilados.[7]
Eventos posteriores
[editar | editar código-fonte]Esta foi provavelmente uma das muitas batalhas da campanha romana nas Terras Baixas caledônias. Em 142, os romanos já haviam pacificado a região toda e moveram com sucesso a fronteira para o norte, demarcando-a com a nova Muralha Antonina.[carece de fontes]
Referências
- ↑ «Roman Timeline 2nd Century AD». unrv.com. UNRV
- ↑ W. Eck, Die Statthalter der germanischen Provinzen vom 1.-3. Jahrhundert (Epigraphische Studien Band 14, Cologne/Bonn, 1985, p. 168.
- ↑ História Augusta, Vida de Antonino Pio V.4.
- ↑ Freeman, Charles (1999) Egypt, Greece, and Rome. Oxford University Press. p. 508. ISBN 0-19-872194-3.
- ↑ Hanson, William S. "The Roman Presence: Brief Interludes", in Edwards, Kevin J. & Ralston, Ian B.M. (Eds) (2003) Scotland After the Ice Age: Environment, Archaeology and History, 8000 BC – AD 1000. Edinburgh. Edinburgh University Press.
- ↑ Metcalfe, Tom (13 de junho de 2016). «In Photos: 1,800-Year-Old Roman Battle Site». livescience.com. Live Science
- ↑ a b Pringle, Heather (24 de maio de 2017). «Ancient Slingshot Was as Deadly as a .44 Magnum». nationalgeographic.com. National Geographic
Further reading
[editar | editar código-fonte]- Woodman, A.J.; Kraus, C. (2014). Tacitus: Agricola (em inglês). Cambridge: Cambridge University Press