Candinho (filme)
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Candinho | |
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Cartaz do filme, desenhado pelo pintor Antonio Gomide | |
Brasil 1954 • pb • 95 min | |
Género | comédia |
Direção | Abílio Pereira de Almeida |
Produção | Cid Leite da Silva Vittorio Cusane Rigoberto Plothow |
Roteiro | Abílio Pereira de Almeida |
Baseado em | Cândido, ou O Otimismo de Voltaire |
Elenco | Amácio Mazzaropi Marisa Prado Ruth de Souza Adoniran Barbosa |
Companhia(s) produtora(s) | Companhia Cinematográfica Vera Cruz |
Distribuição | Columbia Pictures |
Lançamento | 25 de janeiro de 1954 |
Idioma | português |
Candinho é um filme brasileiro de 1954, do gênero Comédia, dirigido por Abílio Pereira de Almeida e estrelado por Amácio Mazzaropi. O roteiro é baseado no conto Cândido, ou O Otimismo,[1] de Voltaire, cuja citação "Tudo que acontece é para o melhor nesse melhor dos mundos" é mostrada nos letreiros iniciais.
Foi o terceiro e último filme de Mazzaropi produzido pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz e distribuído pela Columbia Pictures. A partir deste filme, Mazzaropi assumiu o papel do "caipira", que posteriormente tornou-se sua marca registrada.
O filme serviu de inspiração para a construção do enredo da telenovela Êta Mundo Bom! (2016), de Walcyr Carrasco, produzida pela Rede Globo.[2][3]
Sinopse
[editar | editar código-fonte]A história começa em 1926, na antiga fazenda Dom Pedro II, situada em Piracema (Minas Gerais). Como o Moisés bíblico, Candinho foi encontrado ainda bebê nas águas, só que nas águas sujas de um riacho. Trazia um medalhão, sinal de origem rica. Candinho foi acolhido pelo proprietário da fazenda, o monarquista coronel Quinzinho, pois ele e sua mulher não tinham filhos. Contudo, três anos depois, o coronel torna-se pai de um casal de gêmeos, Quincas e Filoca, e Candinho acaba sendo relegado aos serviços da casa, indo morar no casebre da serviçal Manuela. Todos na fazenda são influenciados pela sabedoria do professor Pancrácio, hóspede do coronel, que ensina a Candinho sua filosofia de vida: tudo que acontece de ruim é para melhorar a vida da gente, a qual ele sempre repete como um ditado.
Já moço, Candinho tem um namorico com Filoca, e acaba expulso da fazenda por Quinzinho ao ser flagrado beijando a primogênita. Ao lado do seu inseparável burro de estimação Policarpo, é colocado num trem e chega em São Paulo, onde inicia uma busca incansável por sua mãe biológica. Ele fica amigo de Pirulito, jovem que fugiu de casa e vive nas ruas. Para se sustentarem e pagarem a conta da pensão, os dois trabalham nos mais variados empregos e arranjam muitas confusões, até que Candinho reencontra o professor Pancrácio, disfarçado de deficiente físico e pedindo esmolas por não ter encontrado emprego na cidade.
O professor informa o paradeiro de Filoca, que também foi para a cidade e passou a trabalhar numa boate como taxi-girl. Depois de tanto insistir, Candinho consegue que a moça vá com ele à casa do professor e lá oferece a ela seu medalhão. Dentro dele, Filoca encontra um mapa que indica o local onde se encontra a herança de Candinho. Em seguida, o baú com a suposta herança é descoberto e o parentesco entre Candinho e o coronel Quinzinho é revelado, tornando o caipira o legítimo herdeiro da fazenda. Tudo termina em festa. Candinho se casa com Filoca, enquanto o professor Pancrácio se casa com dona Eponina, irmã do coronel.[4]
Elenco
[editar | editar código-fonte]- Amácio Mazzaropi: Candinho (Cândido Policarpo Fagundes)
- Marisa Prado: Filoca (Filomena de Piracema)
- Ruth de Souza: Dª Manuela
- Adoniran Barbosa: Professor Pancrácio
- Benedito Corsi: Pirulito
- Xandó Batista: Vicente
- Domingos Terras: Coronel Quinzinho (Joaquim de Piracema)
- Nieta Junqueira: Dª Eponina de Piracema
- Labiby Madi: Dona Hermione (dona da Pensão dos Artistas)
- Ayres Campos: Delegado do interior
- Sydnea Rossi: Dª Antonieta
- John Herbert: Quincas (Joaquim de Piracema Filho)
- Salvador Daki: Lalau
- Manoel Pinto: doido que pensa estar morto
- Abílio Pereira de Almeida: delegado em São Paulo
- Pedro Petersen: soldado alemão na delegacia
- Luiz Calderaro
- Nélson Camargo
- Antônio Fragoso
- Tito Lívio Baccarin: homem do terno queimado pelo tira-manchas
- Maria Luiza Splendore
- Eugênio Montesano: homem gordo saindo da boate
- Lourenço Ferreira
- Jordano Martinelli: homem armado com o cão Adão
- Duque (cão): Adão, o cão
- Artur Herculano
- Figurinha: homem do monociclo e malabares (na Pensão dos Artistas)
- Antônio Miro
- Cavagnole Neto: enfermeiro do hospício
- Izabel Santos: mulher louca no hospício
- China
- Maria Olenewa: professora de ballet
Diferenças entre o filme e a novela
[editar | editar código-fonte]- No filme, a cidadezinha de Piracema é em Minas Gerais, enquanto na novela está localizada no interior de São Paulo.[5]
- No filme, o nome completo de Candinho é Cândido Policarpo Fagundes. Na novela, é Cândido Policarpo Sampaio dos Santos
- O coronel Quinzinho é neto do Barão de Piracema e possui um retrato dele na sala, fato inexistente na novela.[5]
- No filme, o medalhão de Candinho é redondo e tem dentro o mapa da fazenda da família da mãe. Na novela, tem formato de coração e a foto de Anastácia quando jovem.[5]
- No filme, a mãe de Candinho faleceu de desgosto anos após o nascimento do filho e é apenas mencionada. Na novela, ela é viva e se chama Anastácia (Eliane Giardini).[5]
- No filme, Antonieta (Cunegundes na novela) aparece apenas no início, quando encontram Candinho no rio. O coronel Quinzinho é viúvo quando Candinho já está adulto. Desta forma, é Quinzinho quem flagra o beijo de Candinho e Filoca, expulsando o rapaz da fazenda. Na novela, Cunegundes dá o flagrante.[5]
- No filme, Quinzinho e Antonieta (Cunegundes na novela) têm apenas dois filhos, um casal de gêmeos (Filomena e Quincas). Na novela, há uma terceira filha: Mafalda (Camila Queiroz).[5]
- No filme, Pirulito possui a mesma idade de Candinho. Na novela, ele é um garoto (JP Rufino).[5]
- No filme, após Candinho ser expulso da fazenda, é Manuela quem lhe dá o medalhão. Na novela, é Eponina.[5]
- No filme, Candinho e Pirulito se hospedam na Pensão dos Artistas, de Dona Hermione. Já na novela, eles se hospedam na pensão de Dona Camélia (Ana Lúcia Torre).[5]
- No filme, não há Ernesto (Eriberto Leão). Filoca é explorada por um homem que não tem grande participação na história, chamado Lalau.[5]
- No filme, Pancrácio e Eponina se casam no final. Na novela, ela se casa com Pandolfo, irmão gêmeo do professor.[5]
Referências
- ↑ http://www.museumazzaropi.com.br/filmes/03cand.htm Acessado em 19-06-12
- ↑ «Mazzaropi inspira nova trama da Rede Globo». revistagloborural.globo.com/. Consultado em 21 de janeiro de 2016
- ↑ «Estou resgatando o menino que via filmes do Mazzaropi, diz Walcyr Carrasco - Últimas Notícias - UOL TV e Famosos». UOL TV e Famosos. Consultado em 21 de janeiro de 2016
- ↑ «FILMOGRAFIA - CANDINHO»
- ↑ a b c d e f g h i j k Thell de Castro (19 de janeiro de 2016). «14 diferenças entre o filme Candinho e a novela Êta Mundo Bom!». TV História