Batalha de Quio (201 a.C.)
Batalha de Quio (201 a.C.) | |||
---|---|---|---|
Guerra Cretense | |||
Data | 201 a.C. (2 224 anos) | ||
Local | ao largo da ilha de Quio | ||
Coordenadas | |||
Desfecho | vitória da aliança ródia | ||
Beligerantes | |||
| |||
Comandantes | |||
| |||
Forças | |||
| |||
Baixas | |||
| |||
Localização da ilha de Quio no mar Egeu |
A Batalha de Quio[1][2] foi a primeira das duas grandes batalhas navais travadas no mar Egeu durante a Guerra Cretense de 205-200 a.C. entre Filipe V, rei da Macedónia e a aliança liderada por Rodes de Pérgamo. Ocorreu ao largo da ilha de Quio em 201 a.C. Apesar da larga superioridade numérica dos macedónios, o confronto terminou com uma derrota destes.
Contexto
[editar | editar código-fonte]Após o fim da Primeira Guerra Macedónica, Filipe mandou reconstruir a sua marinha de guerra com uma dimensão que pudesse desafiar as frotas de Rodes, Pérgamo e do Egito ptolemaico.[3] O rei macedónio pretendia esmagar a potência naval dominante no Egeu, o seu aliado Rodes{[4] e para isso selou alianças com piratas etólios e espartanos e com algumas cidades-estado poderosas de Creta, nomeadamente Hierapitna e Olunte.
Batalha
[editar | editar código-fonte]A frota macedónia era numericamente superior à frota aliada inimiga, mas faltava-lhe experiência, pois tinha sido constituída por Filipe apenas uns anos antes da batalha. Isto revelou-se um fator crucial e decisivo.
Durante a batalha, o navio almirante de Filipe V, uma enorme galé birreme or trirreme com dez bancos de remadores, albalroou acidentalmente num dos seus próprios navios quando este se desviou da rota, atravessando-se na do navio do rei macedónio. O timoneiro não foi capaz de evitar o choque que provocou estragos na zona dos remadores, acima da linha de água e prendeu os dois navios. Tendo ficado imbilizado, o navio tornou-se uma presa fácil para os inimigos, que o albalroaram abaixo da linha de água em ambos os lados.
A batalha parecia estar a correr mal para Filipe quando Átalo tentou evitar que um dos seus navios fosse afundado e foi arrastado para a costa. Filipe capturou o navio de Átalo e rebocou-o de volta pelo meio da batalha, o que levou a que a frota pergamena pensasse que o seu rei tinha morrido e se retirasse. A acalmia resultante da dessa retirada foi aproveitada pelos macedónios para fugir aos ródios vitoriosos.
Rescaldo
[editar | editar código-fonte]As perdas sofridas por Filipe em Quio constituiu um duro golpe no poder naval macedónio, a ponto da marinha macedónia ter tido um papel pouco importante na Segunda Guerra Macedónica.
Átalo desembarcou e fugiu por terra, só tendo escapado a ficar cativo por ter deixado a bordo as suas imensas riquezas, o que distraiu os perseguidores macedónios o tempo suficiente para ele se por em fuga.
O almirante vitorioso Teofilisco viria a morrer devido aos ferimentos sofridos durante a batalha.
Notas e referências
[editar | editar código-fonte]- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Battle of Chios (201 BC)», especificamente desta versão.
- ↑ Fernandes 1941, p. 73.
- ↑ Torres 1961, p. 209.
- ↑ Green 1993, p. 305.
- ↑ Detorakis 1994, p. 305.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Fernandes, Ivo Xavier (1941). Topónimos e gentílicos Vol. I. Lisboa: Editôra Educação Nacional
- Tôrres, Artur de Almeida; Jota, Zélio dos Santos (1961). Vocabulário ortográfico de nomes próprios. Gávea, Rio de Janeiro: Editôra Fundo de Cultura
- Políbio; Walbank, Frank W. (tradutor) (1979), The Rise of the Roman Empire, ISBN 978-0-14-044318-9 (em inglês), Nova Iorque: Penguin Classics
- Detorakis, Theocharis (1994), A History of Crete, ISBN 978-960-220-712-3 (em inglês), Heraclião
- Green, Peter (1993), Alexander to Actium: The Historical Evolution of the Hellenistic Age, ISBN 0-500-01485-X (em inglês), University of California Press