Arrigo Barnabé
Arrigo Barnabé | |
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Arrigo em 2008, no programa Café Filosófico | |
Informações gerais | |
Nascimento | 14 de setembro de 1951 (73 anos) |
Local de nascimento | Londrina, PR Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Gênero(s) | Música experimental, avant-garde, rock psicodélico, MPB, rock progressivo |
Ocupação | Compositor, cantor, pianista e ator |
Instrumento(s) | piano voz |
Período em atividade | 1975 - presente |
Afiliação(ões) | Vanguarda Paulista |
Arrigo Barnabé (Londrina, 14 de setembro de 1951)[1] é um compositor, cantor, pianista e ator brasileiro.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Estudou Composição na Universidade de São Paulo (USP)[2], de 1974 a 1979.[1]
Barnabé apareceu em 1979, num festival universitário de música promovido pela TV Cultura.[3] Sua música "Diversões Eletrônicas" ganhou o festival.[3] Apresentou a música "Sabor de Veneno" no festival da TV Tupi, em 1979.[4] Seu reconhecimento pelo grande público veio logo com o primeiro disco, Clara Crocodilo, em 1980, quando foi recebido pela imprensa como a maior novidade na música brasileira desde a Tropicália.[5][2] Em suas composições, Arrigo mistura elementos e procedimentos da música erudita do século XX a letras ferinas sobre a vida na grande cidade. É comum a utilização de séries dodecafônicas, aliada a uma prosódia muito próxima da fala urbana de seu tempo.
A música de Arrigo Barnabé e sua banda Sabor de Veneno está muito ligada a outros artistas, como Itamar Assumpção (e a banda Isca de Polícia), e grupos, como Rumo, Premeditando o Breque e Língua de Trapo. Esses artistas e grupos estavam inseridos num contexto que acabou conhecido como Vanguarda Paulista.
Além das canções do disco Clara Crocodilo, outras canções, como "Uga Uga" - hit dos anos 80 com participação de Eliete Negreiros e Vânia Bastos nos vocais[6] - foram sucessos prestigiados.[7][8]
O compositor escreveu várias composições para trilhas sonoras de filmes brasileiros e a faixa-título de seu segundo álbum Tubarões Voadores, de 1984[1], é baseada em uma história em quadrinhos de Luiz Gê.[9]
Atualmente apresenta um programa de rádio na Rádio Cultura de São Paulo: o Supertônica.[10]
Arrigo Barnabé já atuou como ator da novela da Globo Direito de Amar, 1987, ao lado do amigo Tim Rescala, numa participação especial, quase nos últimos capítulos.[11] Também participou dos filmes Nem tudo é verdade (1984), de Rogério Sganzerla, interpretando Orson Welles, e Cidade oculta (1986), de Chico Botelho.[2]
O cantor foi também citado na canção "Língua", de Caetano Veloso, e "Eu Quero Saber Quem Matou", de Rogério Skylab.[2][12]
Em 2019, lançou seu primeiro livro, intitulado "No Fim da Infância", publicado pela Grafatório Edições. A obra, autobiográfica, reúne memórias escritas por Arrigo Barnabé para diversos veículos.
Em 2021, foi tema do filme "Amigo Arrigo", dirigido por Alain Fresnot e Junior Carone.[4]
Discografia
[editar | editar código-fonte]- 1980 - Clara Crocodilo
- 1984 - Tubarões Voadores
- 1986 - Cidade Oculta (trilha sonora)
- 1987 - Suspeito
- 1992 - Façanhas
- 1997 - Ed Mort (trilha sonora)
- 1998 - Gigante Negão
- 1999 - A Saga de Clara Crocodilo
- 2004 - Coletânea 25 Anos de Clara Crocodilo (inclui: Clara Crocodilo, Tubarões Voadores, Gigante Negão, A Saga de Clara Crocodilo e Uma Suíte a Quatro Mãos)
- 2004 - Missa In Memoriam Arthur Bispo do Rosário
- 2007 - Missa In Memoriam Itamar Assumpção
- 2014 - De Nada a Mais a Algo Além - Ao Vivo No Sesc Vila Mariana
Filmografia
[editar | editar código-fonte]Ano | Título | Personagem | Notas |
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1981 | A Estória de Clara Crocodilo[13] | Locutor | Curta-metragem |
1982 | O Olho Mágico do Amor[14] | Office-boy | |
1986 | Cidade Oculta | Anjo | |
Nem Tudo É Verdade | Orson Welles | ||
1987 | Anjos da Noite | Pianista | |
1991 | O Corpo | — | |
2002 | Desmundo | Músico | |
2012 | Luz nas Trevas – A Volta do Bandido da Luz Vermelha | Vítima | |
2014 | A Primeira Missa ou Tristes Tropeços, Enganos e Urucum[15] | O Pirata | |
2016 | Nervos de Aço | Joel | |
2019 | Uma Noite Não É nada | Médico | |
2022 | Passagem Secreta | Rui | |
2023 | Luz nos Trópicos | — |
Referências
- ↑ a b c «Arrigo Barnabé chega aos 70 anos sem sentir os efeitos do tempo na obra eternamente experimental». G1. Consultado em 24 de outubro de 2022
- ↑ a b c d «Arrigo Barnabé». Editora Cobogó. Consultado em 24 de outubro de 2022
- ↑ a b «Folha de S.Paulo - Revival: "Clara Crocodilo" escapole e volta a SP - 19/02/99». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 24 de outubro de 2022
- ↑ a b «Crítica: Arrigo Barnabé estrela documentário preciso, mas pouco ousado». Folha de S.Paulo. 4 de novembro de 2021. Consultado em 24 de outubro de 2022
- ↑ CAVAZOTTI, André. O serialismo e o atonalismo livre aportam na MPB: as canções do LP Clara Crocodilo de Arrigo Barnabé. In: Per Musi: Revista de Performance Musical - v.1, pp. 5-15. Belo Horizonte: Escola de Música da UFMG, 2000 Artigo de André Cavazotti
- ↑ CEL (21 de setembro de 2021). «Quando Arrigo Barnabé foi ao Chacrinha». Célula POP. Consultado em 24 de outubro de 2022
- ↑ Unicampi[ligação inativa]
- ↑ Banco Cultural
- ↑ O dia em que Arrigo Barnabé musicou os quadrinhos de Luiz Gê
- ↑ «Cultura Brasil». Consultado em 5 de abril de 2011. Arquivado do original em 20 de agosto de 2011
- ↑ Memória Globo[ligação inativa]
- ↑ Site Terra
- ↑ «A Estória de Clara Crocodilo». Cinemateca Brasileira. Consultado em 21 de maio de 2024
- ↑ «O Olho Mágico do Amor». Cinemateca Brasileira. Consultado em 21 de maio de 2024
- ↑ «A Primeira Missa ou Tristes Tropeços, Enganos e Urucum». AdoroCinema. Consultado em 21 de maio de 2024
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Site oficial (em português)
- Artigo de André Cavazotti sobre o atonalismo e o serialismo na obra de Arrigo Barnabé (em português)
- Site "Discos do Brasil" - amostra sonora da discografia de Arrigo Barnabé (em português)