Saltar para o conteúdo

ARPANET

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Arpanet)
 Nota: Para o episódio da série The Americans, veja Arpanet.
ARPANET
ARPANET
Mapa da rede em 1977
Protocolos NCP, TCP/IP
Criação 1969
Origem Estados Unidos
Encerramento 1990 (32 anos)
Desenvolvedor Agência de Projetos de Pesquisa Avançada

A Advanced Research Projects Agency Network (acrônimo ARPANET; em português: Rede da Agência para Projetos de Pesquisa Avançada) foi uma rede de computadores construída em 1969 para transmissão de dados militares sigilosos e interligação dos departamentos de pesquisa nos Estados Unidos,[1] inicialmente financiada pela então Agência de Projetos de Pesquisa Avançada (ARPA, atual DARPA) do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.[2][3]

Esta rede foi a primeira a fazer comutação de pacotes à distância e a implementar o protocolo de rede NCP (Network Control Protocol, em português, Protocolo de Controle de Rede) e o protocolo de internet TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol, em português, Protocolo de Controle de Transmissão/Protocolo de Internet) tornando-se o ponto inicial e a base técnica da rede mundial de computadores, a internet.[4][5]

A metodologia da comutação foi baseada em conceitos e designs dos cientistas: Leonard Kleinrock, Paul Baran, Donald Davies e Lawrence Roberts.[6] Os protocolos de comunicação TCP/IP foram desenvolvidos para a ARPANET pelos cientistas da computação Robert Kahn e Vint Cerf, com incorporação dos conceitos do projeto francês CYCLADES, dirigido por Louis Pouzin [7]. À medida que o projeto progrediu, os protocolos de interligação foram desenvolvidos, através dos quais várias redes separadas puderam ser unidas em uma rede única.[8]

O acesso à ARPANET foi ampliado em 1981, quando a Fundação Nacional da Ciência (NSF) financiou a Rede de Ciência da Computação (CSNET). Em 1982, o conjunto de protocolos de Internet (TCP/IP) foi introduzido como o protocolo de rede padrão na ARPANET.[9] No início dos anos 1980, a NSF financiou o estabelecimento de centros nacionais de supercomputação em várias universidades e proporcionou interconectividade em 1986 com o projeto NSFNET, que também criou acesso aos sítios eletrônicos por supercomputadores nos Estados Unidos a partir de organizações de pesquisa e educação. A ARPANET foi desativada em 1990.[10]

História da ARPANET

[editar | editar código-fonte]

Historicamente, as comunicações de voz e dados baseavam-se em métodos de comutação de circuitos, como exemplificado na rede telefónica tradicional, em que a cada chamada telefônica é atribuída uma ligação específica, de ponta a ponta, entre as duas estações de comunicação. Essas estações podem ser telefones ou computadores.[11] A linha temporariamente dedicada tipicamente compreende muitas linhas intermediárias que são montadas em uma cadeia que vai da estação de origem até a estação de destino. Com a comutação de pacotes, uma rede pode compartilhar uma única ligação para comunicação entre vários pares de receptores e transmissores.[12]

As primeiras ideias para uma rede de computadores destinada a permitir comunicações gerais entre usuários foram formuladas pelo cientista de computação Joseph Carl Licklider da BBN Technologies, em abril de 1963, em discurso do conceito da "Rede Intergalática de Computadores". Essas ideias abrangiam muitas das características da Internet contemporânea.[13][14] Em outubro de 1963, Licklider foi nomeado chefe dos programas de Ciências Comportamentais e Comando da Agência para Projetos de Pesquisa Avançada (ARPA) do Departamento de Defesa. Ele convenceu Ivan Sutherland e Bob Taylor de que esse conceito de rede era muito importante e merecia desenvolvimento, embora o mesmo tenha saído da ARPA antes de qualquer contrato ser designado para desenvolvimento.[15]

Sutherland e Taylor continuaram interessados ​​em criar a rede para permitir que pesquisadores patrocinados pela ARPA em vários locais corporativos e acadêmicos utilizassem computadores fornecidos e, em parte, distribuíssem rapidamente novos softwares e outros resultados da ciência da computação.[16] Taylor tinha três terminais de computadores em seu escritório, cada um conectado a computadores separados, que a ARPA estava financiando: um para a Corporação de Desenvolvimento de Sistemas (SDC) Q-32 em Santa Mônica, um para o projeto Genie da Universidade da Califórnia em Berkeley e outro para o Multics no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).[17] Taylor relembra a circunstância:

Enquanto isso, desde o início da década de 1960, Paul Baran, da RAND Corporation, pesquisava sistemas que poderiam sobreviver à guerra nuclear e desenvolveu a ideia de comutação de blocos de mensagens adaptáveis distribuída. Donald Davies, do Laboratório Nacional de Física (NPL) do Reino Unido, inventou o mesmo conceito em 1965.[19] Seu trabalho, apresentado por um colega, inicialmente chamou a atenção dos desenvolvedores da ARPANET em uma conferência em Gatlinburg, Tennessee, em outubro de 1967.[20] Ele deu a primeira manifestação pública, tendo cunhado o termo comutação de pacotes, em 5 de agosto de 1968 e incorporou-o à rede NPL na Inglaterra.[21]

Elizabeth J. Feinler, juntamente com uma equipe composta principalmente por mulheres, criou o primeiro Manual de Recursos para a ARPANET em 1969, o que levou ao desenvolvimento do diretório da mesma, possibilitando sua navegação.[22] Larry Roberts, na ARPA, aplicou os conceitos de Davies de comutação de pacotes. A rede NPL, seguida pela ARPANET, foram as duas primeiras redes no mundo a usar a comutação de pacotes e foram conectadas juntas em 1973.[23] A rede NPL estava usando velocidades de linha de 768 kbit/s, e a velocidade proposta para a ARPANET foi atualizada de 2,4 kbit/s para 50 kbit/s.[24][25]

ARPANET em 1974
Mapa de distribuição da rede ARPANET em 1974.

Bob Taylor convenceu o diretor da ARPA, Charles Herzfeld, a financiar um projeto de rede em fevereiro de 1966, e Herzfeld transferiu um milhão de dólares de um programa de defesa de mísseis balísticos para o orçamento de Taylor.[26] Taylor contratou Larry Roberts como gerente de programa no Gabinete de Técnicas de Processamento de Informação em janeiro de 1967, para trabalhar na ARPANET. Em abril de 1967, Roberts realizou uma sessão de designs sobre padrões técnicos. Foram discutidos os padrões iniciais para identificação e autenticação de usuários, transmissão de caracteres, verificação de erros e procedimentos de retransmissão.[27] Na reunião, Wesley Clark propôs que minicomputadores chamados Processadores de Mensagens de Interface (IMPs) deveriam ser usados ​​para fazer interface com a rede, em vez dos grandes mainframes que seriam os nós da ARPANET.[28]

Roberts modificou o plano da ARPANET para incorporar a sugestão de Clark. O plano foi apresentado no ACM em Gatlinburg, em outubro de 1967. O trabalho de Donald Davies sobre comutação de pacotes e a rede NPL, apresentado por um colega (Roger Scantlebury), chamou a atenção dos desenvolvedores da ARPANET nesta conferência. Roberts aplicou o conceito de Davies de comutação para a ARPANET, e buscou informações de Paul Baran e Leonard Kleinrock.[29] Com base em seu trabalho anterior sobre a teoria das filas, Kleinrock modelou o desempenho das redes, que sustentaram o desenvolvimento. A velocidade de linha da ARPANET progrediu de 2,4 kbit/s para 50 kbit/s.[30]

Em meados de 1968, Roberts preparou um plano completo para a rede de computadores e deu um relatório a Taylor em 3 de junho, que o aprovou em 21 de junho. Após a aprovação da ARPA, uma solicitação de cotação (RFQ) foi emitida para 140 possíveis licitantes. A maioria das empresas de ciência da computação consideraram a proposta estranha, e apenas doze apresentaram propostas para construir uma rede;[31] Dos doze, a agência considerou apenas quatro como contratados de alto nível. No final do ano, a mesma considerou apenas dois contratantes e outorgou o contrato para construir a rede para a BBN Technologies em 7 de abril de 1969.[32] A equipe inicial de sete pessoas foi muito auxiliada pela especificidade técnica de sua resposta ao RFQ, e assim, rapidamente produziu o primeiro sistema de trabalho. Esta equipe foi liderada por Frank Heart e incluiu Robert Kahn.[33]

A rede proposta pela BBN seguia de perto o plano de Roberts: uma rede composta de pequenos computadores chamados IMPs, semelhante ao conceito posterior de roteadores, que funcionava como gateways interconectando recursos locais. Em cada sítio, os IPMs realizavam funções de troca de pacotes store-and-forward e eram interconectados com linhas alugadas via conjuntos de dados de telecomunicações (modems), com taxas de dados iniciais de 56 kbit/s.[34] Os computadores hospedeiros foram conectados aos IMPs através de interfaces de comunicação serial personalizadas. O sistema, incluindo o hardware e o software de comutação de pacotes, foi projetado e instalado em nove meses. A equipe da BBN continuou a interagir com a equipe da NPL.[35]

Os IMPs de primeira geração foram construídos usando uma versão robusta do computador Honeywell DDP-516 configurado com 24 KB de memória de núcleo magnético expansível e uma unidade de acesso direto à memória (DMC) de 16 canais. O DMC estabeleceu interfaces personalizadas com cada um dos computadores.[36] Além das lâmpadas do painel frontal, o computador DDP-516 também possui um conjunto especial de 24 lâmpadas indicadoras que mostram o status dos canais de comunicação do IMP. Cada IMP pode suportar até quatro hospedeiros locais e pode se comunicar com até seis IMPs remotos por meio de linhas alugadas. A rede conectou um computador em Utah com três na Califórnia. Mais tarde, o Departamento de Defesa permitiu que as universidades se juntassem à rede para compartilhar recursos.[37]

Metas de design

[editar | editar código-fonte]

Em A Brief History of the Internet (em português: Uma Breve História da Internet), a Internet Society nega[38] que a ARPANET tenha sido projetada para sobreviver a um ataque nuclear: "Foi a partir do estudo da RAND que o falso boato começou, alegando que a ARPANET estava de alguma forma relacionada à construção de uma rede resistente à guerra nuclear. Isso nunca foi verdade, mas foi um aspecto do estudo anterior sobre comunicação segura. O trabalho posterior sobre interligação de redes enfatizou a robustez e a capacidade de sobrevivência, incluindo a capacidade de suportar perdas de grandes porções das redes subjacentes."[34]

O estudo da RAND Corporation foi conduzido por Paul Baran e foi o primeiro a construir um modelo teórico para comunicação usando comutação de pacotes.[39] Em uma entrevista, ele confirmou que, embora a ARPANET não compartilhasse exatamente o objetivo de seu projeto, seu trabalho contribuiu muito para o desenvolvimento da mesma. Atas tomadas por Elmer Shapiro, do SRI International, na reunião de 9 a 10 de outubro de 1967 da ARPANET, indicam que uma versão do método de roteamento de Baran e a sugestão de usar um tamanho fixo de pacote deveriam ser empregados.[40] De acordo com Stephen J. Lukasik, que como Diretor da DARPA (1967-1974) foi "a pessoa que assinou a maioria dos cheques para o desenvolvimento da ARPANET":

A ARPANET incorporou computação distribuída e recálculo frequente de tabelas de roteamento. Isso aumentou a capacidade de sobrevivência da rede diante de uma interrupção significativa. O roteamento automático era tecnicamente desafiador no momento. A ARPANET foi projetada para sobreviver às perdas de redes subordinadas, já que o principal motivo era que os nós de comutação e as ligações de rede não eram confiáveis, mesmo sem ataques nucleares.[42] A escassez de recursos apoiou a criação da ARPANET, de acordo com Charles Herzfeld, diretor da ARPA (1965–1967):

A ARPANET foi operada pelos militares durante as duas décadas de sua existência, até 1990.[44] A mesma inicial consistia em quatro IMPs:

A primeira mensagem bem-sucedida foi enviada pelo programador estudantil da UCLA, Charley Kline, às 22:30 h UTC−8 em 29 de outubro de 1969 (6:30 UTC+0 em 30 de outubro de 1969), na Boelter Hall 3420.[47] A mensagem de Kline foi transmitida do computador SDS 7 da universidade para o computador SDS 940 do Instituto de Pesquisa de Stanford. O texto da mensagem era a palavra "login"; em uma tentativa anterior, as letras "l" e "o" foram enviadas, mas o sistema então caiu. Assim, a primeira mensagem literal na ARPANET foi "lo". Cerca de uma hora depois, após os programadores repararam o código que causou a falha, o computador enviou o nome "login" completo. A primeira ligação permanente na ARPANET foi estabelecida em 21 de novembro de 1969, entre o IMP da UCLA e do Instituto. Em 5 de dezembro de 1969, toda a rede de quatro nós foi estabelecida.[48]

Expansão e regras

[editar | editar código-fonte]
Primeira mensagem enviada via ARPANET
Registro da primeira mensagem já enviada via ARPANET, em 1969.

Em março de 1970, a ARPANET chegou à Costa Leste dos Estados Unidos, quando um IMP da BBN em Cambridge, Massachusetts, estava conectado à rede. A partir de então, a mesma cresceu: 9 IMPs em junho 1970 e 13 até dezembro, depois 18 em setembro de 1971 (quando a rede contava com 23 universidades e servidores do governo); 29 IMPs em agosto de 1972 e 40 em setembro de 1973. Em junho de 1974 haviam 46 e, em julho de 1975, a rede contava com 57 IMPs.[49] Em 1981, o número era de 213 computadores hospedeiros, com outro se conectando a cada vinte dias. Em 1973, uma ligação de satélite transatlântico ligou a Árvore Sísmica Norueguesa (NORSAR) à ARPANET, tornando a Noruega o primeiro lugar fora do território americano a ser conectado à rede. Mais ou menos na mesma época, um circuito terrestre adicionou um IMP de Londres.[50]

Em 1975, a ARPANET foi declarada "operacional". A Agência de Comunicações de Defesa assumiu o controle, uma vez que a ARPA pretendia financiar pesquisas avançadas. Em setembro de 1984, o trabalho foi completado com a reestruturação da ARPANET, dando aos militares dos EUA sua própria Rede Militar (MILNET) para comunicações não confidenciais do departamento de defesa. Gateways controlados conectaram as duas redes.[51] A combinação foi chamada de Rede de Dados de Defesa (em inglês: Defense Data Network, DDN). A separação das redes civil e militar reduziu a ARPANET de 113 nós em 68 nós. A MILNET mais tarde se tornou a NIPRNet. Devido ao seu financiamento governamental, certas formas de tráfego foram desencorajadas ou proibidas.[52] Um manual de 1982 sobre computação no AI Lab declarou sobre a rede:

O suporte para circuitos inter-IMP de até 230,4 kbit/s foi adicionado em 1970, embora considerações de custo e poder de processamento significassem que essa capacidade não era usada ativamente. Em 1971 deu-se início ao uso do Honeywell 316 não robusto (e, portanto, significativamente mais leve) como um IMP. Também pode ser configurado como um Processador de Interface Terminal (TIP), que fornece suporte ao servidor para até 63 terminais seriais ASCII, através de um controlador de várias linhas no lugar de um dos computadores hospedeiros.[54] O 316 apresentou um maior grau de integração do que o 516, o que o tornou menos dispendioso e mais fácil de manter. O 316 foi configurado com 40 kB de memória principal para um TIP. O tamanho da memória principal foi aumentado posteriormente, para 32 kB para os IMPs e 56 kB para os TIPs, em 1973.[55]

Em 1975, a BBN introduziu o software IMP rodando no multiprocessador Pluribus. Estes apareceram em alguns sítios. Em 1981, foi introduzido o que roda em seu próprio processador C/30. Em 1983, os protocolos TCP/IP substituíram o NCP como protocolo principal da ARPANET, e ela tornou-se uma sub-rede da Internet antiga.[56] Os IMPs e TIPs originais foram eliminados à medida que a ARPANET foi encerrada após a introdução da NSFNet, mas alguns IMPs permaneceram em funcionamento até julho de 1990. O Relatório de Conclusão da ARPANET, publicado em conjunto pela BBN e pela ARPA, conclui que "não é apropriado esquecer a nota de que o programa ARPANET teve um forte e direto feedback no suporte e força da ciência da computação, a partir do qual a própria rede surgiu."[57] Na esteira do desmantelamento da ARPANET em 28 de fevereiro de 1990, Vinton Cerf escreveu a seguinte lamentação, intitulada "Réquiem da ARPANET":

O senador Albert Gore Jr. foi o autor da Lei de Computação e Comunicação de Alto Desempenho em 1991, comumente referido como "The Gore Bill", depois de ouvir o conceito de 1988 de uma Rede Nacional de Pesquisa apresentado ao Congresso por um grupo presidido por Leonard Kleinrock.[59] O projeto foi aprovado em 9 de dezembro de 1991 e levou à Infraestrutura Nacional de Informação (NII), que Gore chamou de autoestrada da informação. O projeto ARPANET foi honrado com dois marcos IEEE, ambos dados em 2009.[60]

ARPANET em 1973
ARPANET em 1984
Comparação entre mapas de 1973 e 1984, respectivamente. Em uma década a ARPANET expandiu expressivamente.[61]

O ponto de partida para a comunicação entre hospedeiros da ARPANET em 1969 foi o protocolo de 1822, que definiu a transmissão de mensagens para um IMP. O formato de mensagem foi projetado para funcionar sem ambiguidade e com uma ampla variedade de arquiteturas de computadores.[62] Uma mensagem de 1822 consistia, basicamente, em um tipo de mensagem, endereço numérico de computador e campo de dados. Para enviar uma mensagem de dados para outro, o computador de transmissão formatava a mensagem contendo o endereço do destinatário e, após a mensagem ser enviada, transmitia a mesma pela interface de hardware do 1822. O IMP então entregou a mensagem ao seu endereço de destino, estando ele conectado localmente ou a outro IMP.[63]

Quando a mensagem era entregue ao hospedeiro de destino, o IMP de recebimento transmitia uma confirmação de pronto para a próxima mensagem (RFNM) para o de envio. Ao contrário dos modernos datagramas da Internet, a ARPANET foi projetada para transmitir mensagens 1822 de forma confiável e para informar o computador quando ele perde uma mensagem;[64] o IP contemporâneo não é confiável, enquanto o TCP é. No entanto, o protocolo de 1822 mostrou-se inadequado para lidar com várias conexões entre diferentes aplicativos. Esse problema foi resolvido com o Programa de Controle de Rede (NCP), que forneceu um método padrão para estabelecer ligações de comunicação bidirecionais confiáveis, controlados por fluxo, entre diferentes processos em diferentes computadores.[65]

A interface NCP permitiu que o software de aplicação se conectasse através da ARPANET implementando protocolos de comunicação de nível superior, um exemplo recente do conceito de camadas de protocolo incorporado ao modelo OSI. Em 1983, os protocolos TCP/IP substituíram o NCP como o protocolo principal da ARPANET, e ela se tornou um componente da Internet inicial.[66]

Aplicativos de rede

[editar | editar código-fonte]

O NCP forneceu um conjunto padrão de serviços de rede que podem ser compartilhados por vários aplicativos em execução em um único computador. Isso levou à evolução dos protocolos de aplicativos que operavam, mais ou menos, independentemente do serviço de rede subjacente e permitiam avanços independentes nos protocolos. Em 1971, Ray Tomlinson, da BBN, enviou o primeiro e-mail de rede (RFC 524 e 561). Em 1973, os correios eletrônicos constituía 75% do tráfego da ARPANET.[67]

Em 1973, a especificação do Protocolo de Transferência de Arquivos (FTP) foi definida (RFC 354) e implementada, permitindo a transferência de arquivos pela ARPANET. As especificações da Rede de Protocolo de Voz (NVP) foram definidas em 1977 (RFC 741), então implementadas, mas, devido a deficiências técnicas, as chamadas de conferência pela ARPANET nunca funcionaram bem; o contemporâneo Voz sobre IP (VoIP) estava a décadas de distância.[68]

O algoritmo hash Purh Polynomial foi desenvolvido para a ARPANET para proteger senhas em 1971, a pedido de Larry Roberts, chefe da ARPA na época. Ele calculou um polinômio de grau 224 + 17, modulo de 64 bits e p = 264 − 59. O algoritmo foi usado posteriormente pela DEC para senhas no sistema operacional VMS e ainda está sendo usado para esse propósito.[69]

[editar | editar código-fonte]

A ARPANET é bastante citada na cultura popular, principalmente em séries, onde tratam a história da Internet. O artista de música eletrônica Gerald Donald, um dos membros do Drexciya, tornou-se conhecido como "Arpanet". O seu álbum de 2002, Wireless Internet, apresenta comentários sobre a expansão da rede via comunicação sem fio e possui uma canção sobre a NTT DoCoMo.[70] A net também é referenciada em Computer Networks: The Heralds of Resource Sharing, um documentário de 30 minutos apresentando Fernando Corbató, Joseph Licklider, Lawrence Roberts, Robert Kahn, William Sutherland, Richard Watson, Donald Davies e entre outros.[71]

O episódio "Scenario", de fevereiro de 1985, da comédia televisiva norte-americana Benson (6ª temporada, episódio 20), foi a primeira incidência de um popular programa de TV fazendo referência direta à Internet ou seus progenitores. A série de televisão de 1993, The X-Files, fala sobre a rede em um episódio da 5ª temporada, intitulado "Unusual Suspects".[72] John Fitzgerald Byers oferece ajuda a Susan Modeski invadindo a ARPANET para obter informações confidenciais. Thomas Pynchon menciona a ARPANET em seu romance de 2009, Inherent Vice, que se passa em Los Angeles em 1970, e em seu romance de 2013, Bleeding Edge.[73]

Na série de televisão Person of Interest, o personagem principal, Harold Finch, hackeou a ARPANET em 1980 usando um computador caseiro durante seus esforços para construir um protótipo da máquina. Isso gera um vírus, interrompendo temporariamente as funções da ARPANET.[74] O verídico hackeamento da ARPANET foi discutido pela primeira vez no episódio "2PiR", onde um professor chamou o mais famoso hacker da história, porém o caso não foi resolvido. Finch mencionou mais tarde uma pessoa de interesse, Caleb Phipps, e seu papel foi indicado pela primeira vez quando ele mostrou conhecimento de que foi feito por "um garoto com um computador caseiro."[75]

Além disso, o episódio 7, da 2ª temporada da série de espionagem, The Americans, é chamado 'ARPANET' e apresenta infiltração russa para perturbar a rede. Já na terceira temporada da série de televisão Halt and Catch Fire, o personagem Joe MacMillan explora a potencial comercialização da rede.[76]

  • .arpa, um domínio de topo usado exclusivamente para fins de infraestrutura técnica
  • Projeto Synco, um projeto da rede nacional chilena de 1970
  • Usenet, um meio de comunicação usado para postar mensagens

Referências

  1. «Glossário, Arpanet». Rede de Desenvolvedores da Mozilla (MDN). Consultado em 30 de junho de 2021 
  2. Lievrouw, L. A.; Livingstone, S. M. (2006). Handbook of New Media: Student Edition. EUA: SAGE. p. 253. 475 páginas. ISBN 1412918731. Consultado em 15 de agosto de 2015 
  3. Santos, Carlos Augusto Walas S. A história da Internet. Cursos EAD SEST SENAT,. Mix Tape Group 
  4. Digital, Olhar (24 de outubro de 2019). «Mãe da Internet faz 50 anos. Conheça a história da ARPANET». Olhar Digital. Consultado em 30 de junho de 2021 
  5. «The accelerator of the modern age». BBC News. 5 de agosto de 2008. Consultado em 19 de maio de 2009 
  6. Cambell-Kelly, Martin (2008). «Pioneer Profiles: Donald Davies». Computer Resurrection. ISSN 0958-7403. Consultado em 24 de novembro de 2018 
  7. «Technical History of Cyclades». web.archive.org. 1 de setembro de 2013. Consultado em 8 de junho de 2023 
  8. «Lawrence Roberts Manages The ARPANET Program». Living Internet. Consultado em 6 de novembro de 2008 
  9. H. Bidgoli (2004). «The Internet Encyclopedia». EUA: John Wiley & Sons. ISBN 0471689963. Consultado em 15 de agosto de 2015 
  10. G. Schneider; J. Evans; K. Pinard (2009). The Internet – Illustrated. EUA: Cengage Learning. ISBN 0538750987. Consultado em 15 de agosto de 2015 
  11. K. G. Coffman; A. M. Odlyzco (22 de maio de 2002). Optical Fiber Telecommunications IV-B: Systems and Impairments. EUA: Academic Press. 1022 páginas. ISBN 0080513190. Consultado em 15 de agosto de 2015 
  12. Oppliger, R. (2001). Internet and Intranet Security. EUA: Artech House. p. 12. ISBN 1580531660. Consultado em 15 de agosto de 2015 
  13. Roberts, Lawrence G. (novembro de 1978). «The Evolution of Packet Switching». Consultado em 9 de abril de 2016. Arquivado do original em 24 de março de 2016 
  14. «Donald Davies». Thocp. Consultado em 24 de novembro de 2018 
  15. «J.C.R. Licklider And The Universal Network». Living Internet. Consultado em 24 de novembro de 2018 
  16. C. Hempstead; W. Worthington (8 de agosto de 2005). Encyclopedia of 20th-Century Technology. EUA: Routledge. 992 páginas. Consultado em 15 de agosto de 2015 
  17. «IPTO – Information Processing Techniques Office». Living Internet. Consultado em 24 de novembro de 2018 
  18. Markoff, John (20 de dezembro de 1999). «An Internet Pioneer Ponders the Next Revolution». The New York Times. Consultado em 20 de setembro de 2008. Cópia arquivada em 22 de setembro de 2008 
  19. «Paul Baran and the Origins of the Internet». RAND corporation. Consultado em 29 de março de 2011 
  20. M. Ziewitz; I. Brown (2013). Research Handbook on Governance of the Internet. EUA: Edward Elgar Publishing. ISBN 1849805040. Consultado em 16 de agosto de 2015 
  21. Scantlebury, Roger (25 de junho de 2013). «Internet pioneers airbrushed from history». The Guardian. Consultado em 1 de agosto de 2015 
  22. Mark, Ward (29 de outubro de 2009). «Celebrating 40 years of the net» [Comemorando 40 anos de net] (em inglês). BBC News. Em cena em 09:25. Consultado em 26 de novembro de 2018 
  23. «Brief History of the Internet». Internet Society. Consultado em 9 de abril de 2016 
  24. «Packets of data were the key...». NPL. Consultado em 1 de agosto de 2015 
  25. Isaacson, Walter (2014). The Innovators: How a Group of Hackers, Geniuses, and Geeks Created the Digital Revolution. EUA: Simon & Schuster. p. 237. ISBN 9781476708690. Consultado em 24 de novembro de 2018 
  26. «Robert Taylor, Innovator Who Shaped Modern Computing, Dies at 85». New York Times. 14 de abril de 2017. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  27. «Lawrence Roberts Manages The ARPANET Program». Living Internet. 7 de janeiro de 2000. Consultado em 5 de setembro de 2017 
  28. «IMP -- Interface Message Processor». Living Internet. 7 de janeiro de 2000. Consultado em 5 de setembro de 2017 
  29. «Lawrence Roberts». Encyclopædia Britannica. Consultado em 5 de setembro de 2017 
  30. Roberts, Lawrence G. (novembro de 1978). «The Evolution of Packet Switching». Consultado em 5 de setembro de 2017. Arquivado do original em 24 de março de 2016 
  31. «Inductee Details - Donald Watts Davies». National Inventors Hall of Fame. Consultado em 6 de setembro de 2017. Arquivado do original em 6 de setembro de 2017 
  32. Heart, Frank; Kahn, Robert; Ornstein, Severo; Crowther, William; Walden, David (1970). The Interface Message Processor for the ARPA Computer Network (PDF). EUA: AFIPS Proc. p. 565. doi:10.1145/1476936.1477021. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  33. Gillies, James; Cailliau, Robert (2000). How the Web was Born: The Story of the World Wide Web. EUA: Oxford University Press. p. 25. ISBN 0192862073. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  34. a b «Brief History of the Internet». Internet Society. Consultado em 12 de julho de 2017 
  35. Isaacson, Walter (2014). The Innovators: How a Group of Hackers, Geniuses, and Geeks Created the Digital Revolution. EUA: Simon & Schuster. p. 237. ISBN 9781476708690. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  36. Abbate, Jane (2000). Inventing the Internet. EUA: MIT Press. p. 38. ISBN 0262261332. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  37. «Looking back at the ARPANET effort, 34 years later». Fevereiro de 2003. Consultado em 5 de setembro de 2017 
  38. Wise, Adrian. «Honeywell DDP-516». Old-Computers. Consultado em 21 de setembro de 2008 
  39. Savio, Jessica (1 de abril de 2011). «Browsing history: A heritage site has been set up in Boelter Hall 3420, the room the first Internet message originated in». Daily Bruin. Em cena em 6:27. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  40. Brand, Stewart (março de 2001). «Founding Father». Wired. Consultado em 31 de dezembro de 2011 
  41. «Shapiro: Computer Network Meeting of October 9-10, 1967». Stanford. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  42. Lukasik, Stephen J. (2011). Why the Arpanet Was Built. [S.l.]: IEEE Annals of the History of Computing. p. 4–20. doi:10.1109/MAHC.2010.11 
  43. «Charles Herzfeld on the ARPANET and Computers». About. Consultado em 21 de dezembro de 2008 
  44. Sutton, Chris (2 de setembro de 2004). «Internet Began 35 Years Ago at UCLA with First Message Ever Sent Between Two Computers». UCLA. Consultado em 25 de novembro de 2018. Cópia arquivada em 8 de março de 2008 
  45. a b Ruttan, Vernon W. (5 de janeiro de 2006). Is War Necessary for Economic Growth?. EUA: Oxford University Press. p. 125. 232 páginas. ISBN 9780198040651. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  46. a b «ARPANET – The First Internet». Living Internet. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  47. «3420 Boelter Hall: conheça a sala onde nasceu a internet». Canaltech. Consultado em 24 de novembro de 2018 
  48. «Da Arpanet ao Facebook: uma breve história da internet». Guia do Estudante. 13 de abril de 2018. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  49. Christopher C., Stacy (7 de setembro de 1982). «Getting Started Computing at the AI Lab». Consultado em 25 de novembro de 2018 
  50. NORSAR becomes the first non-US node on ARPANET, the predecessor to today's Internet. [S.l.]: Norway Seismic Array Research (NORSAR). Consultado em 14 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 11 de setembro de 2017 
  51. «ARPANET INFORMATION BROCHURE». Defense Communications Agency. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  52. «DDN-NEWS 26». 6 de maio de 1983. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  53. Froehlich, Fritz E.; Kent, Allen (1990). The Froehlich/Kent Encyclopedia of Telecommunications. EUA: CRC Press. p. 341–375. ISBN 978-0-8247-2900-4  1
  54. «Milestones:Birthplace of the Internet, 1969». IEEE Global History Network. Consultado em 4 de agosto de 2011 
  55. Kirstein, Peter T. (julho–setembro de 2009). The Early Days of the Arpanet. [S.l.]: IEEE Annals of the History of Computing. p. 67. ISSN 1058-6180. doi:10.1109/mahc.2009.35  31
  56. «NCP – Network Control Program». Living Internet. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  57. «TCP/IP Internet Protocol». Living Internet. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  58. Meinel, Christoph; Sack, Harald (21 de fevereiro de 2014). Digital Communication: Communication, Multimedia, Security. EUA: Springer Science & Business Media. 400 páginas. ISBN 9783642543319. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  59. Abbate, Janet (11 de junho de 1999). Inventing the Internet. Cambridge, MA: MIT Press. 268 páginas. ASIN B003VPWY6E. ISBN 0-262-01172-7 
  60. A History of the ARPANET: The First Decade (PDF). Arlington, VA: Bolt, Beranek & Newman Inc. 1 de abril de 1981. p. 132. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  61. «Milestones:Inception of the ARPANET, 1969». IEEE Global History Network. Consultado em 4 de agosto de 2011 
  62. «Internet foi criada em 1969 com o nome de "Arpanet"». Folha de S. Paulo. 12 de agosto de 2001. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  63. «NSFNET – National Science Foundation Network». Living Internet. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  64. «A Internet surgiu em 1969 com o nome de ARPANET» (PDF). Consultado em 25 de novembro de 2018 
  65. «Interface Message Processor: Specifications for the Interconnection of a Host and an IMP» (PDF). Bitsavers. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  66. Tomlinson, Ray. «The First Network Email». BBN. Consultado em 6 de março de 2012. Arquivado do original em 6 de maio de 2006 
  67. «O que é ARPANET - internet». Google Sites. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  68. «Da Arpanet ao WWW: uma breve história da Web». IDG Now!. 30 de maio de 2005. Consultado em 25 de novembro de 2018. Arquivado do original em 26 de novembro de 2018 
  69. «A história da Internet: pré-década de 1960 até anos 1980 [infográfico]». TecMundo. 29 de abril de 2011. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  70. «Wireless Internet - Arpanet | Songs, Reviews, Credits». AllMusic. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  71. King, Steven (produtor); Chvany, Peter (diretor) (1972). «Computer Networks: The Heralds of Resource Sharing». Consultado em 20 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 15 de abril de 2013 
  72. Kakutani, Michiko (4 de agosto de 2009). «Another Doorway to the Paranoid Pynchon Dimension». The New York Times. Consultado em 5 de maio de 2010 
  73. Witt; Thomas; Harris (22 de fevereiro de 1985). «Scenario». Benson. Temporada 6. Episódio 132 a 158 (em inglês). No minuto 25. American Broadcasting Company (ABC) 
  74. Sauter, Michael (14 de maio de 2002). «The X-Files: The Complete Fifth Season». Entertainment Weekly. Consultado em 29 de janeiro de 2012 
  75. «SCI/TECH - Hacking: A history». BBC News. Consultado em 25 de novembro de 2018 
  76. «Hobbes' Internet Timeline - the definitive ARPAnet & Internet history». Zakon. Consultado em 25 de novembro de 2018 

Leitura adicional

[editar | editar código-fonte]
  • «Oral history interview with Robert E. Kahn». Charles Babbage Institute (em inglês). Universidade de Minnesota, Minneapolis. 24 de abril de 1990. Consultado em 15 de maio de 2008  Relata o papel de Kahn no desenvolvimento de redes de computadores de 1967 até o início dos anos 1980. Começando com o trabalho na BBN Technologies, fala também do envolvimento com a ARPANET, que estava sendo escrita e então implementada, e seu papel na demonstração pública da mesma. A entrevista afirma que, após se mudar para o IPTO em 1972, ele foi responsável pela evolução administrativa e técnica da ARPANET, incluindo programas de rádio, o desenvolvimento do novo protocolo de rede, TCP/IP, e a mudança para conectar a várias redes.
  • «Oral history interview with Vinton Cerf» (em inglês). Universidade de Minnesota, Minneapolis: Charles Babbage Institute. 24 de abril de 1990. Consultado em 1 de julho de 2008  Cerf descreve seu envolvimento com a rede ARPA e suas relações com a BBN, Robert Kahn, Lawrence Roberts e o Network Working Group.
  • «Oral history interview with Paul Baran». Charles Babbage Institute (em inglês). Universidade de Minnesota, Minneapolis. 5 de março de 1990. Consultado em 1 de julho de 2008  Baran descreve seu trabalho na RAND e fala sobre sua interação com o ARPA que foi responsável pelo desenvolvimento posterior da ARPANET.
  • «Oral history interview with Leonard Kleinrock» (em inglês). Universidade de Minnesota, Minneapolis: Charles Babbage Institute. 3 de abril de 1990. Consultado em 1 de julho de 2008  Kleinrock fala sobre seu trabalho na ARPANET.
  • «Oral history interview with Larry Roberts». Charles Babbage Institute (em inglês). Universidade de Minnesota, Minneapolis. 4 de abril de 1989. Consultado em 1 de julho de 2008 
  • «Oral history interview with Stephen Lukasik». Charles Babbage Institute. Universidade de Minnesota, Minneapolis. 17 de outubro de 1991. Consultado em 1 de julho de 2008  Lukasik fala sobre seu mandato na Agência de Projetos de Pesquisa Avançada (ARPA), o desenvolvimento de redes de computadores e a ARPANET.
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «ARPANET», especificamente desta versão.

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]