Airbus VC-1A
Avião Presidencial do Brasil | |
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Airbus A319CJ FAB VC1A / Santos Dumont | |
Descrição | |
Tipo / Missão | Transporte Presidencial |
País de origem | Alemanha |
Fabricante | Airbus |
Custo unitário | ~ R$ 150 milhões |
Primeiro voo em | 15 de janeiro de 2005 |
Passageiros | 55 |
Especificações (Modelo: Airbus A319CJ) | |
Dimensões | |
Comprimento | 33,84 m (111 ft) |
Envergadura | 34,10 m (112 ft) |
Altura | 11,76 m (38,6 ft) |
Peso(s) | |
Peso carregado | 45 000 kg (99 200 lb) |
Propulsão | |
Motor(es) | 2x International Aero Engines IAE V2500 |
Performance | |
Alcance (MTOW) | 8 500 km (5 280 mi) |
O Avião Presidencial do Brasil é uma aeronave modelo Airbus A319CJ que foi montado em Hamburgo, Alemanha já com a pintura da FAB de VC1A, e batizado oficialmente de Santos-Dumont. Atualmente o avião é ocupado pelo atual Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, tendo sido anteriormente utilizado por Jair Bolsonaro, Michel Temer, Dilma Roussef e pelo próprio Luiz Inácio Lula da Silva durante seus primeiros mandatos como presidente durante os anos de 2003 a 2010.[1]
História
[editar | editar código-fonte]Em fins de 1999, após grave incidente durante viagem oficial do então Vice-Presidente Marco Maciel à China, o governo brasileiro decidiu não mais utilizar os antigos Boeing 707 da Presidência, conhecidos como "Sucatões", optando por fretar aeronaves conforme a agenda de compromissos internacionais. Os fretamentos passaram a ser feitos a partir de 2000 em aeronaves Airbus A330-300, alugadas da TAM, empresa que venceu licitação aberta pela FAB, em sistema de "wet lease". A configuração interna dessas aeronaves era a mesma usada no transporte de passageiros, e a tripulação e serviço de bordo eram providos pela própria TAM.
A partir de 2003, sob a justificativa de que os gastos com fretamentos eram elevados, e considerando a inviabilidade financeira em se manter em uso os antigos "Sucatões" como aeronaves para transporte da Presidência, o Governo Brasileiro optou por adquirir uma aeronave mais moderna, econômica e segura para uso exclusivo em viagens oficiais, tanto domésticas quanto internacionais.
Cronologia dos Aviões Presidenciais
[editar | editar código-fonte]- 1941 - Lockheed L-18 Lodestar C-66 FAB VC 66 - Adquirido por Getúlio Vargas;
- 1954 - Vickers Viscount FAB VC 90 - Foram adquiridos duas aeronaves no governo de Juscelino Kubitschek;
- 1968 - BAC 1-11 FAB VC 92 - Adquirido no governo do general Artur da Costa e Silva;
- 1976 - Boeing 737-200 FAB VC 96 - O general Ernesto Geisel adquiriu dois que depois foram apelidados de Sucatinha;
- 1986 - Boeing 707-320c FAB KC 137 - Foram adquiridas duas aeronaves por José Sarney e apelidadas de Sucatão;
- 2005 - Airbus A319CJ FAB VC1A - O atual Avião Presidencial do Brasil, para viagens transcontinentais, é o Airbus A319 Corporate Jetliner - A319CJ. Foi encomendado em abril de 2004 entregue em Brasília em 15 de janeiro de 2005. Substituiu o defasado "Sucatão"
Aspectos do Avião Presidencial
[editar | editar código-fonte]O Avião Presidencial foi concebido pelo Governo Federal como uma aeronave militar,[2] pronta para receber o Presidente da República em casos de instabilidade ou até mesmo ameaça de conflito armado.
O VC-1A difere do A319 comercial sobretudo em sua configuração interna e em aparelhagem de segurança. A cabine é dividida em três seções separadas. A primeira seção (perto do cockpit) é a área presidencial da aeronave, configurada com um escritório privado, uma suíte presidencial, uma sala de reuniões e um escritório de segurança. A seção do meio é configurada com assentos de primeira classe reservados para autoridades e pessoal sênior. A seção traseira é configurada com 20 assentos de classe executiva reservados para jornalistas e outros passageiros. A aeronave também está equipada com uma Unidade de Cuidados Intensivos, três galleys e comunicações por satélite.
A aeronave foi projetada para servir como um posto de comando aéreo, permitindo ao presidente conduzir plenamente seus deveres no ar em caso de instabilidade política ou conflito armado. Para tanto, o avião está equipado com uma série de capacidades militares de defesa, tais como contra-medidas eletrônicas de mísseis (Chaffs e Flares) e um sistema RWR (Radar Warning Receiver). Para garantir a proteção de informações confidenciais, a aeronave está vinculada ao SISCOMIS, sistema de transmissão de dados estratégicos via satélite da Força Aérea Brasileira, que pode ser utilizado para transferir dados entre a aeronave e Brasília.
Curiosidades
[editar | editar código-fonte]Se(c)ções de curiosidades são desencorajadas pelas políticas da Wikipédia. |
- Luiz Inácio Lula da Silva foi o sexto presidente a encomendar uma aeronave.
- O modelo escolhido foi o Airbus A319 Corporate Jetliner - A319CJ, uma versão modificada do A319 operado no Brasil pelas empresas TAM e Avianca.
- Batizado de Santos Dumont, foi popularmente conhecido no início como Aerolula, em uma alusão pejorativa ao presidente que a encomendou, devido a aspectos de "alto luxo" da aeronave.[3]
- Permite voos de Brasília a Paris, a Nova York, a Quebec ou a Washington sem escalas (nonstop).
- O A319 ACJ Santos Dumont teve projeto interno personalizado. Sua cabine possui 80 metros quadrados e abriga uma suíte com chuveiro. Comporta 55 passageiros.
- O avião chegou ao Brasil às 10h40 de 14 de janeiro de 2005. Ele veio de Hamburgo na Alemanha, com uma escala em Toulouse na França.
- O call-sign desta aeronave é Força Aérea 01 somente enquanto missão de transporte do presidente da República, caso contrário seu call-sign é sua matrícula FAB 2101.
- Sua matrícula inicial, durante a fase de testes em Hamburgo, era D-AVWJ, com bandeira alemã.
- Seu "construction number" (na aviação é o equivalente ao número do chassi de um carro), é 2263.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Berlink, Fernanda (7 de junho de 2023). «Aerolula: avião foi adquirido durante o primeiro mandato do presidente, custou R$ 167 milhões». G1. Consultado em 24 de novembro de 2024
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 23 de novembro de 2009. Arquivado do original em 17 de fevereiro de 2006
- ↑ «Por dentro do Aerolula». Super. Consultado em 11 de abril de 2022