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Achatar a curva

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O distanciamento social ajuda a evitar um pico acentuado de infecções para ajudar os serviços de saúde a lidar com a demanda e estende o tempo para que sejam preparados e tenham um aumento na capacidade de atendimento.[1][2][3]
Simulações comparando a taxa de propagação da infecção e o número de mortes devido à superação da capacidade hospitalar, quando as interações sociais são "normais" (esquerda, 200 pessoas se movendo livremente) e "distanciadas" (direita, 25 pessoas se movendo livremente)

Achatar a curva é um conceito em saúde pública central para o gerenciamento da Pandemia de COVID-19. A curva é a curva epidemiológica, a representação visual do número de pessoas infectadas ao longo do tempo. Durante uma epidemia, o sistema de saúde pode colapsar quando o número de pessoas infectadas exceder a capacidade do sistema de saúde de cuidar delas. Um influente estudo do Imperial College, no Reino Unido, mostrou que uma resposta não mitigada ao COVID-19 poderia exigir até 46 vezes o número de leitos de Unidade de terapia intensiva (UTI) disponíveis. Achatar a curva significa retardar a propagação da epidemia, para reduzir o número máximo de pessoas afetadas ao mesmo tempo, e o sistema de saúde não ser sobrecarregado. O achatamento da curva se baseia em técnicas de mitigação, como o distanciamento social.[4]

Durante a pandemia de COVID-19 o conceito foi amplamente utilizado por diversos países (dentre eles Brasil, Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão),[5][6] enquanto outros países, a exemplo da Itália e Índia tomaram medidas mais firmes como a quarentena.[7][8] Já outros, como Holanda, optaram em um primeiro momento pela "imunidade coletiva" para a COVID-19; partindo do conceito de que mais pessoas seriam contaminadas com a doença com objetivo de ficarem imunizadas.[9] No entanto, ao final de março o primeiro ministro holandês voltou atrás e impôs medidas de restrições sociais leves.[10]

Controvérsias

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Segundo uma revisão de 67 estudos, publicada pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos em 2011, pôs em xeque as estratégias de mitigação mais comuns para "achatar a curva" de contágio das doenças respiratórias. De acordo com a publicação , nove deles, concluíram os cientistas, justificavam as barreiras à transmissão e o isolamento dos doentes, além de medidas básicas de higiene, como lavar as mãos. A medida mais eficiente e mais consistente segundo os estudos era o uso de máscaras. Vigiar fronteiras teve resultado desprezível. "Há evidência limitada de que o distanciamento social é eficaz, especialmente se relacionado ao risco de exposição", escreveram os autores.[11]

Referências

  1. Siouxsie Wiles. «After 'Flatten the Curve', we must now 'Stop the Spread'. Here's what that means» (em inglês). The Spinoof. Consultado em 11 de abril de 2020 
  2. «How will country-based mitigation measures influence the course of the COVID-19 epidemic?» (em inglês). The Lancet. Consultado em 11 de abril de 2020 
  3. «Para conter o avanço explosivo». FAPESP. Consultado em 11 de abril de 2020 
  4. «Impact of non-pharmaceutical interventions (NPIs) to reduce COVID19 mortality and healthcare demand» (PDF) (em inglês). Consultado em 11 de abril de 2020 
  5. «Coronavírus: por que é fundamental 'achatar a curva' da transmissão no Brasil». BBC. Consultado em 11 de abril de 2020 
  6. «Como o distanciamento social ajuda a "achatar a curva" e conter a Covid-19». Revista Galileu. Globo. 15 de março de 2020. Consultado em 11 de abril de 2020 
  7. «Covid-19: Itália decreta quarentena no país todo e limita entradas e saídas». Uol. Consultado em 11 de abril de 2020 
  8. [1]
  9. «Holanda rejeita confinamento como estratégia contra o coronavírus». G1. Globo. 18 de março de 2020. Consultado em 11 de abril de 2020 
  10. Cohen, Joshua. «Caught Between Herd Immunity And National Lockdown, The Netherlands Hit Hard By Covid-19 (Update)». Forbes (em inglês). Consultado em 26 de maio de 2020 
  11. Helio Gurovitz (20 de março de 2020). «Como "achatar a curva" (parte 5)». G1. Globo. Consultado em 11 de abril de 2020