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Cartão de crédito? A gente não passa nem na porta do banco que aquela porta giratória sente o cheiro do nosso desemprego e trava.
A comédia brasileira na sua mais pura essência, onde ao mesmo tempo que é extremamente cômica também possui sua incisivas críticas. Não Vamos Pagar Nada extrapola o senso de diversão com diversas críticas soltas em seu roteiro, e com isso nos leva a um filme que é muito mais do que um amontoado de piadas e diálogos duvidos. Dentre as críticas que seu genial roteiro faz temos a que talvez seja a principal, o desemprego e a alta inflação, de forma que por mais que toda a situação seja um tanto quanto surreal é realmente o que se dá vontade de fazer assim que se chega em um mercado atualmente, produtos de mínima qualidade com preços exorbitantes, um salário mínimo que se perde quase totalmente com um só aluguel e diversos outros exemplos, mas o fato é que todas essas situações somadas a outros problemas sociais e pessoais levam a cólera de qualquer um, e é exatamente esse o ponto que o filme nos prova com um alto teor cômico que é o perfeito retrato de como tratamos nossas tragédias cotidianas.
Samantha Schmütz nos engole com sua atuação e pensamento extremamente rápido para se moldar em seu enredo, simplesmente brilhando mais do que todos em sua volta tomando todo o carisma do filme para si, juntamente com Flávia Reis que foi o complemento perfeito para o filme.
De forma geral, em meio a tanta diversão que mascara a real situação do filme, o longa é bastante pontual e bem empregado na denúncia que ele se propõe a fazer, o que me leva a pensar, e se todo mundo simplesmente decidisse que Não Vamos Pagar Nada?