"And nobody in all of Oz, no Wizard that there is or was, is ever gonna bring me down."

Como explicar para o Victor, de apenas nove anos, que ele acabou de assistir a adaptação do seu musical favorito ?

Sinto muito, mas desta vez não consigo fazer uma resenha crítica. Esse é o musical que marcou a minha infância, o espetáculo que me ensinou o que é ser humano. É a obra que moldou quem eu sou e que, por tantas razões, me impede de escrever qualquer análise técnica. Assim como dentro da sala de cinema, tudo o que consigo fazer agora é sentir.
Assistir a "Wicked" no cinema foi uma das experiências mais viscerais e emocionantes da minha vida. Ver essa história ganhar vida de uma forma tão grandiosa e emocionante foi um presente para aquela criança. Eu só queria poder agradecer pessoalmente à Cynthia Erivo e a Ariana Grande por terem entregado sua alma a essas duas personagens, tão opostas e complexas, mas igualmente incríveis. Cada nuance da Elphaba e da Glinda foi construída com uma sensibilidade que me tocou profundamente.

Não há nada mais poderoso do que assistir a uma obra e sentir, no fundo da sua alma, que ela é o filme da sua vida. Eu chorei, ri, cantei e, principalmente, senti. Observava o meu namorado, e seus olhos brilhavam, as lágrimas acompanhavam cada cena, ele vibrava junto a mim, compartilhando o mesmo amor que parecia transbordar naquela sessão. E acredito ardentemente que esse é o verdadeiro poder da arte. Essa é a magia de Wicked.
Talvez em algum momento no futuro eu consiga fazer uma análise crítica, falar sobre a cinematografia, o roteiro, as atuações, a trilha sonora, os efeitos visuais e tudo mais que cerca essa produção. Mas, por enquanto, tudo o que posso dizer é que "Wicked – Parte 1", como diria a nossa querida Glinda, é escandaliciosamente maravilhoso.