FILMES ESSENCIAIS DE ALFRED HITCHCOCK PARA VOCÊ ASSISTIR

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Por Moisés Liporage

O nome Alfred Hitchcock virou sinônimo de suspense. O público passou a associar o diretor inglês a tramas que prendem a atenção e manipulam as emoções da plateia com muita técnica narrativa. Além do suspense, Hitch flertou com o terror e brincou com um humor macabro pra tirar o nosso tapete e baixar nossas defesas. Alfred planejava meticulosamente cada ângulo, criava atmosferas como ninguém e foi um dos raros realizadores capazes de manter a chispa criativa e o vigor da experimentação, mesmo trabalhando nas entranhas do cinemão comercial.

PSICOSE (1960)
Um dos longas mais famosos de todos os tempos, “Psicose” deu uma rasteira no público ao mostrar a protagonista Janet Leigh sendo assassinada brutalmente, durante um banho de chuveiro, antes da metade do filme! A cena do esfaqueamento é um dos momentos mais antológicos da chamada sétima arte e ganha força com a trilha de Bernard Herrman, parceiro habitual do diretor, com gritos de violino pontuando os golpes.
Anthony Perkins conheceu a glória com o personagem do psicopata Norman Bates, que influenciou o restante de sua carreira. Que desempenho espetacular, assustador, cheio de nuances!
Baseado num livro de Robert Bloch, que se inspirou em um assassino real de Wisconsin, Ed Gein, “Psicose” foi o maior sucesso financeiro de Alfred Hitchcock. Atraiu filas e filas de pessoas ávidas pra conhecer os estragos causados pelas perturbações mentais de um monstro de carne e osso com aparência de bom moço.

Veja também:

A SOMBRA DE UMA DÚVIDA (1942)
O filme favorito do próprio Hitch traz Joseph Cotten como um serial killer conhecido como “O Assassino das Viúvas Alegres”. Tem roteiro escrito pelo grande dramaturgo Thornton Wilder, de “Our Town”. Nunca mais ninguém teve ilusões de que poderia viver com segurança em uma cidadezinha pacata.

FESTIM DIABÓLICO (1948)
Uma das primeiras experiências de história contada em “tempo real”. Hitch conseguiu a proeza de rodar um longa com oito cortes invisíveis, que dão a impressão de que estamos assistindo a um só grande plano-sequência. Teatro filmado com muita categoria.

JANELA INDISCRETA (1953)
Pra ter o máximo de liberdade, Hitch construiu em estúdio uma réplica perfeita da parte de trás de um prédio e o seu pátio interno. Assim como o protagonista vivido por James Stewart, todo o público é convidado a bisbilhotar a vida alheia e a se arrepiar de aflição quando surge a suspeita de que um vizinho assassinou a esposa.

O HOMEM QUE SABIA DEMAIS (1955)
James Stewart descobre que um assassinato político vai acontecer durante a apresentação de uma orquestra no Royal Albert Hall, em Londres, no exato momento da música em que os címbalos se chocarem. Haja coração durante todo o concerto conduzido pelo próprio Bernard Herrmann.

UM CORPO QUE CAI (1957)
James Stewart (olha ele aí de novo) se envolve com a misteriosa personagem de Kim Novak em um suspense “vertiginoso”. Hitch criou um efeito visual pra dar a noção de medo de altura, usando simultaneamente o zoom in e o zoom out. Spielberg aplicou o mesmo recurso em uma icônica cena de “Tubarão”.

OS PÁSSAROS (1963)
Inexplicavelmente, bandos de pássaros começam a atacar as pessoas na cidadezinha de Bodega Bay. Neste filme sem qualquer música, a trilha sonora supervisionada por Bernard Herrmann é uma experiência perturbadora com efeitos eletrônicos que soam como o grasnar de aves e o bater de asas.

Todos esses filmes podem ser vistos no Telecine.