Historicamente limitado a pessoas das classes A e B, o ingresso no ensino superior no Brasil ficou mais próximo da realidade das famílias brasileiras como nos últimos dez anos. É o que revela uma análise de dados do Inep, no período de 2011 a 2021. Programas voltados tanto para o ensino superior público quanto para o ensino superior privado passaram a contemplar pessoas de camadas sociais mais pobres no começo dos anos 2000 em diante.
Enquanto de um lado as políticas de cotas raciais, sociais e étnicas começaram a fazer parte da realidade estudantil nas universidades estatais, do outro o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) e o Programa Universidade para Todos (Prouni) facilitaram o acesso às instituições privadas. Juntos, eles já distribuíram mais de 5 milhões de vagas ao redor do Brasil.
Nesse contexto, O POVO+ analisou dados do Censo da Educação Superior, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), para entender como tem se comportado o cenário do financiamento estudantil para matrículas em Instituiçõs de Ensino Superior (IES) no Ceará.
Observa-se que os apontam para uma evolução significativa no Ceará no número de alunos com algum tipo de financiamento entre 2011 e 2021. A série histórica, no entanto, também mostra sinais de desgaste no final desse período.
O levantamento serviu como base para a reportagem "Fies e Prouni: o que dizem os dados sobre o financiamento do ensino superior em 10 anos", publicada no O POVO+. A análise foi realizada por Alexandre Cajazeira e Gabriela Custódio e a matéria é de autoria de Wandersson Trindade.
- Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
Para refazer a análise deste notebook, faça o download dos microdados do Censo da Educação Superior, de 2011 a 2021, disponíveis neste link.
Os dados não foram disponibilizados neste repositório porque alguns dos arquivos são maiores do que o tamanho suportado pelo GitHub.
Os dados foram analisados pelo O POVO+, com base nos microdados do Censo da Educação Superior. Foram consideradas as informações sobre instituições e cursos do período de 2011 a 2021 no Ceará. Em seguida, foi realizada uma análise descritiva desses dados, com foco no financiamento estudantil.