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Zanzibar

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Zanzibar
Capital Zanzibar
População 1,889,773[1] habitantes
Censo 2012
Área 2.462 km²
Densidade 768.2 hab/km²
Mapa

Zanzibar é uma região semiautônoma insular que se uniu a Tanganica em 1964 para formar a República Unida da Tanzânia. O território da região semiautônoma compreende o Arquipélago de Zanzibar, localizado no oceano Índico, entre 25 e 50 km na costa leste do continente africano, e consiste em várias ilhas pequenas e duas grandes: Unguja (a ilha principal, referida informalmente como Zanzibar) e Pemba, que estão separadas do continente pelo Canal de Zanzibar. A capital é a cidade de Zanzibar, localizada na ilha de Unguja.

O nome da ilha é um indicador da arabização da costa da África oriental: em suaíli, a ilha se chamava Unguja, mas os árabes a chamavam Zanj-Bar (zanj: negros; bar: costa), isto é, Costa dos Negros, onde havia um porto muito procurado.[2]

Zanzibar e Pemba albergaram provavelmente as primeiras povoações muçulmanas da costa da África oriental: em Kizimkazi, na ilha de Zanzibar, há uma inscrição numa parede que afirma que o "Shaikh al-Sayis Abi Amran" ordenou a construção duma mesquita naquele lugar, "no primeiro dia do mês de Dhul-Qada do ano 500" (da Hégira), o que significa o dia 27 de julho de 1107.

Monumento em memória dos escravos, em Zanzibar. Ali funcionou um dos últimos mercados árabes de escravos, até ser encerrado pelos britânicos em 1873.[3]

Por essa altura, Zanzibar importava cerâmica do golfo Pérsico e rapidamente se tornaria uma base para mercadores árabes. O primeiro europeu a visitar a ilha foi Vasco da Gama, em 1499, acabando os portugueses por estabelecer aí um entreposto comercial e uma missão católica, dominando o território durante dois séculos.

Em 1698, o sultanato de Omã tomou Zanzibar, que se tornou o entreposto comercial do oceano Índico Ocidental, vendendo escravos e marfim no mundo árabe, na Índia e através do Oceano Atlântico. Em 1841, o sultão Said Ibn (1805 - 1856) mudou a sua corte de Omã para Zanzibar. Em 1873, John Kirk, cônsul britânico entre 1866 e 1887, persuadiu o sultão a pôr fim ao tráfico de escravos. Entre 1890 e 1963, Zanzibar foi um protectorado britânico.

Zanzibar obteve a independência e tornou-se uma monarquia constitucional em 1963, mas o sultão foi deposto numa revolução e o país uniu-se ao Tanganica em 1964 para formar a Tanzânia. Apesar de fazer parte da Tanzânia, Zanzibar elege o seu próprio presidente, que funciona como chefe do governo da porção insular e uma assembleia denominada "Conselho Revolucionário".

Zanzibar é um grande produtor de especiarias, incluindo o cravinho, a canela e pimenta.[4]

Referências

  1. Tanzania National Bureau of Statistics, 2012 Population and Housing Census
  2. Davidson, Basil. The Growth of African Civilization. East and Central Africa to the late Nineteenth Century. London: Longman, 1967 ISBN 978-0582602458.
  3. Smith, David (26 de Agosto de 2010). «Zanzibar's slave market is a site made sacred by history - Stories of cruelty and suffering abound here, and still strike at the conscience». The Guardian 
  4. «Cravo-da-Índia». www.copacabanarunners.net. Consultado em 26 de abril de 2021 

Ligações externas

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O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Zanzibar
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