Timpanoplastia
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Janeiro de 2019) |
A timpanoplastia é um procedimento cirúrgico que tem como finalidade reconstruir a membrana timpânica, restabelecer a proteção da janela redonda, restaurar o mecanismo condutivo do som, melhorar a capacidade auditiva e controlar a ocorrência de otorreia[1], esta secreção pode ter diversas causas, como infecções no ouvido externo ou médio, ou até mesmo lesões mais sérias no crânio. A forma como a otorreia se manifesta, ou seja, se de forma aguda ou crônica, pode indicar a gravidade do problema e a necessidade de uma avaliação médica imediata.[2](v. Miringoplastia) ou para a reconstrução da cadeia ossicular destruída.[3]
Por que se faz
[editar | editar código-fonte]Em um ouvido normal, as ondas sonoras são conduzidas do tímpano para a janela oval do ouvido interno por uma cadeia de três ossículos, é uma estrutura fundamental para a nossa audição, composta por três ossículos localizados no ouvido médio: o martelo, a bigorna e o estribo.[4] Além desses ossículos, o músculo estapédio também desempenha um papel importante nessa cadeia.. A otite média crônica pode provocar a lise ou a erosão desses ossículos, comprometendo a transmissão do som. Em tais casos, a timpanoplastia proporciona a única oportunidade de recuperar a audição perdida.[5]
Procedimento
[editar | editar código-fonte]Sob anestesia geral, é feita uma incisão no canal auditivo e desinsere-se o tímpano para se ter acesso ao ouvido médio. Com o auxílio de um microscópio cirúrgico, o cirurgião reconstrói a cadeia ossicular e encerra a perfuração timpânica.
[6]Resultados
[editar | editar código-fonte]O sucesso da timpanoplastia é caracterizado pelo fechamento total da perfuração da membrana timpânica, pela formação de um neotímpano, pela ausência de lateralização e pela obtenção de resultados audiológicos satisfatórios.[7]
A timpanoplastia controla a otorreia e resulta em uma melhoria da audição na maioria dos casos, contudo, em alguns casos não se pode garantir um resultado satisfatório.[8] A taxa de sucesso da timpanoplastia em pacientes pediátricos é inferior à observada em adultos, apresentando uma variação entre 35% e 95%.[9]
Riscos
[editar | editar código-fonte]Esse procedimento em geral tem poucos riscos, mas é possível que ocorram alguns acidentes durante o procedimento.
Em média 50% dos pacientes voltam a ouvir sem problemas, 20% ficam com sintomas pós cirurgia, como zumbidos.
- ↑ Sirena, Edgar; Carvalho, Bettina; Buschle, Mauricio; Mocellin, Marcos (dezembro de 2010). «Timanoplastia tipo 1 e miringoplastia na residência: resultados cirúrgicos e audiométricos». Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia (Impresso) (4): 417–421. ISSN 1809-4872. doi:10.1590/s1809-48722010000400006. Consultado em 21 de novembro de 2024
- ↑ Melo, Ana Clara Abrahão; Soares, Maria Luiza Cardoso Ferreira; Casagrande, Maria Eugênia Costa; Toth, Maria Vitória Bugallo (7 de outubro de 2024). «AVALIAÇÃO DA OTORREIA EM CRIANÇAS». Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences (10): 1156–1167. ISSN 2674-8169. doi:10.36557/2674-8169.2024v6n10p1156-1167. Consultado em 22 de novembro de 2024
- ↑ «BJORL - Brazilian Journal of Otorhinolaryngology». oldfiles.bjorl.org. Consultado em 8 de novembro de 2024
- ↑ Alves, Gleica. «Tópicos em Ciências da Saúde» (PDF)
- ↑ Lima, Adriana da Silva; Sanchez, Tanit Ganz; Moraes, Maria Flávia Bonadia; Alves, Silvia Cristina Batezati; Bento, Ricardo Ferreira (junho de 2007). «Efeito da timpanoplastia no zumbido de pacientes com hipoacusia condutiva: seguimento de seis meses». Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (3): 384–389. ISSN 0034-7299. doi:10.1590/s0034-72992007000300014. Consultado em 8 de novembro de 2024
- ↑ Bose, K. S.; Sarma, R. H. (27 de outubro de 1975). «Delineation of the intimate details of the backbone conformation of pyridine nucleotide coenzymes in aqueous solution». Biochemical and Biophysical Research Communications (4): 1173–1179. ISSN 1090-2104. PMID 2. doi:10.1016/0006-291x(75)90482-9. Consultado em 21 de novembro de 2024
- ↑ Iacovou, Emily; Vlastarakos, Petros V.; Papacharalampous, George; Kyrodimos, Efthymios; Nikolopoulos, Thomas P. (16 de janeiro de 2013). «Is cartilage better than temporalis muscle fascia in type I tympanoplasty? Implications for current surgical practice». European Archives of Oto-Rhino-Laryngology (11): 2803–2813. ISSN 0937-4477. doi:10.1007/s00405-012-2329-4. Consultado em 21 de novembro de 2024
- ↑ Sirena, Edgar; Carvalho, Bettina; Buschle, Mauricio; Mocellin, Marcos (dezembro de 2010). «Timanoplastia tipo 1 e miringoplastia na residência: resultados cirúrgicos e audiométricos». Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia (Impresso) (4): 417–421. ISSN 1809-4872. doi:10.1590/s1809-48722010000400006. Consultado em 8 de novembro de 2024
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