Gleb Bokii
Gleb Bokii | |
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Nascimento | 21 de junho de 1879 Tiblíssi (Império Russo) |
Morte | 15 de novembro de 1937 Moscovo |
Sepultamento | Cemitério Donskoe |
Cidadania | União Soviética |
Irmão(ã)(s) | Boris Bokiy |
Ocupação | político |
Distinções |
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Gleb Ivanovich Bokii (Глеб Иванович Бокий, 1879-1937) foi um comunista ativista político e revolucionário ucraniano no Império Russo. Ele se graduou no Petersburg Mining Institute em 1896.[1]
Após a Revolução de Outubro de 1917, tornou-se um dos principais membros da Tcheka, a polícia secreta soviética. A partir de 1921 até 1934, Bokii foi o chefe do chamado "serviço especial" desta organização,[2] tendo sido responsável pelo sistema de campos de concentração da União Soviética.[3] Bokii era um bolchevique idealista que odiava o uso dos privilégios especias que a elite comunista reservava para si mesmo depois de ter tomado o poder.[2]
Ele permaneceu um funcionário de nível superior no aparato policial até sua repentina prisão em maio de 1937, parte do Grande Terror. Bokii foi julgado e executado em novembro daquele mesmo ano. Em 1956, Bokii foi reabilitado postumamente pelas autoridades soviéticas.
Carreira revolucionária
[editar | editar código-fonte]Bokii foi um dos participantes nos círculos estudantis revolucionárias desde tenra idade, tornando-se um adepto do marxismo e unindo-se a Gueorgui Plekhanov na União de Luta pela Emancipação da Classe Operária em 1897.[4] Ele se juntou ao Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR) em 1900 trabalhando na organização como um revolucionário profissional e propagandista.[4] Bokii era da facção bolchevique dessa organização, liderada esta pelo Lenin. Ele foi eleito membro da Comissão por Petersburg de 1904 a 1909.
Durante o curso de suas atividades revolucionárias, Bokii foi preso uma dúzia de vezes, sendo enviado duas vezes em exílio político na Sibéria.[4] Ele usou os nomes de "Kuzma", "Diadia," e "Maksim Ivanovich" durante o período da clandestinidade do Partido Bolchevique.[5]
Atividades de polícia secreta
[editar | editar código-fonte]Em 13 de março de 1918, Bokii passou a trabalhar como vice-chefe da Comissão Extraordinária da Tcheka da Região de Norte e Petrogrado.[4] Ele permaneceu nessa posição até o final de agosto de 1918, momento em que ele foi brevemente o chefe da mesma organização após o assassinato de seu chefe, Moisei Uritski.[1]
Em abril de 1923, foi agraciado com a Ordem do Estandarte Vermelho, em reconhecimento do seu trabalho em favor da URSS.[4]
Prisão e execução
[editar | editar código-fonte]Em 16 de maio de 1937, Bokii foi subitamente preso pela polícia secreta e acusado de atividade conspirativa.[4] Depois de uma longa investigação, Bokii foi levado perante o Colégio Militar do Soviete Supremo em 15 de novembro de 1937, e condenado à morte.[4] Ele foi executado no mesmo dia.[4]
Reabilitação póstuma e legado
[editar | editar código-fonte]Em 27 de junho de 1956, como parte do 'degelo' patrocinado pelo novo líder soviético Nikita Khrushchev, o caso de Gleb Bokii foi avaliado pelo Colégio Militar do Soviete Supremo e ele foi postumamente reabilitado,[4] permitindo que membros de sua família recebessem auxílios sociais, que já haviam sido negados a eles pelo Estado.
Referências
- ↑ a b George Leggett, The Cheka: Lenin's Political Police. Oxford, England: Oxford University Press/Clarendon Press, 1981; página. 446.
- ↑ a b Znamensk, Andrei (2011). "Red Shambhala: Magic, Prophecy, and Geopolitics in the Heart of Asia". [S.l.]: Quest Books. p. 76-77. ISBN 978-0-8356-0891-6. Consultado em 18 dezembro 2014
- ↑ Applebaum, Anne (2003). "Gulag: A History" (em inglês). London: Penguin Books. p. 57. ISBN 978-0-14-028310-5
- ↑ a b c d e f g h i N.V. Petrov and K.V. Skorkin, Кто руководил НКВД, 1934-1941: Справочник (Who Directed the NKVD, 1934-1941: Guidebook). Moscow: Zven'ia, 1999; pg. 114.
- ↑ V. Brychkina, "G.I. Bokii,” In Geroi Oktiabria (Heroes of October), vol. 1. Leningrad, 1967.