Estádio Armando de Salles Oliveira
Estádio Armando de Salles Oliveira Estádio Olímpico da USP | |
---|---|
Nomes | |
Nome | Estádio Armando de Salles Oliveira |
Apelido | Estádio da USP |
Características | |
Local | USP-SP, São Paulo (SP) Brasil |
Gramado | Grama natural |
Capacidade | 35 000 espectadores |
Construção | |
Data | 1961-1975 |
Custo | Cr$ ??? |
Inauguração | |
Data | 1976[1] |
Competições | Copa São Paulo de Futebol Júnior de 1988 |
Proprietário | Universidade de São Paulo |
Administrador | Universidade de São Paulo |
Arquiteto | Ícaro de Castro Mello |
O Estádio Armando de Salles Oliveira ou Estádio Olímpico da USP ou ainda Estádio da USP[2][3] (da Universidade de São Paulo), é um estádio desportivo localizado no CEPEUSP, dentro da Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, na Zona Oeste da cidade de São Paulo, distrito do Butantã.
Conceito arquitetônico
[editar | editar código-fonte]O projeto para o Estádio Olímpico da USP, construído em 1961, estava inserido em um plano maior para a construção de um centro esportivo dentro da Cidade Universitária Armando Salles de Oliveira. Assim sua implantação, além de considerar fatores importantes para a construção de um campo, como a direção das traves do gol em relação à insolação, considerava também sua inserção dentro de um programa que abrangia: quadras de tênis (incluindo uma com arquibancadas), mais dois campos de futebol, quadras poliesportivas, uma piscina coberta, um ginásio coberto, além de alojamentos, que atualmente funcionam como moradia estudantil - CRUSP. É possível perceber, na implantação, a escolha de um grande corredor de circulação que ligaria o estádio olímpico, a quadra de tênis e ainda a piscina, com ligação para os alojamentos. Ainda foi prevista uma grande esplanada de acesso ao estádio.[4]
Quanto à solução arquitetônica do estádio em si, o arquiteto Ícaro de Castro Mello[3][5][6] em colaboração com Alfredo Paesani, buscou utilizar o formato de um anfiteatro para as arquibancadas, devido a sua eficiência do ponto de vista da insolação e visibilidade. Além disso, devemos considerar o contexto histórico no qual o projeto foi concebido; em meados dos anos 60, a arquitetura paulista passava por um período conhecido como brutalismo, e isso explicaria a escolha do concreto aparente usado em todo o conjunto de arquibancadas, além da clara preocupação com a forma diferenciada dos pilares. Para a prática de esportes o projeto contava com uma arquibancada para 30 000 pessoas, dividida em dois níveis, um campo de futebol e uma pista de atletismo com 400 m de extensão (projetada com três raios de curvatura), que exigia um afastamento maior das arquibancadas em relação ao campo. Ainda estavam previstos, sob as arquibancadas, vestiários e salas de apoio e, no nível mais alto do conjunto, visualizando todo o campo, locais de imprensa e tribuna de honra.[7]
As arquibancadas são projetadas para garantir a melhor visibilidade possível para um grupo de pessoas durante um evento, e a necessidade de aumentar a capacidade do estádio e de seguir a curva de visibilidade levou à adoção de uma estrutura com dois andares. As normas seguidas para atender às necessidades de visibilidade e segurança, na época, eram internacionais.[8]
Grandes competições
[editar | editar código-fonte]A partir da sua inauguração, o estádio foi muito usado internamente, pela comunidade USP, para treinos universitários e competições de pequeno porte.[5] Foi, à época de sua inauguração, o terceiro maior estádio de futebol da cidade de São Paulo, atrás apenas do Morumbi e do Pacaembu. Mesmo depois de mais de 50 anos, ainda ocupa a quinta posição.[5][6][9]
O estádio foi usado na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 1988, sendo que o jogo da final foi disputado no dia 24 de janeiro de 1988, entre Nacional-SP 3 x 0 América-SP, sendo assim o Nacional campeão.[5][9][10] Foi seu último jogo oficial.[11][6]
Em partida válida pela Copa Pelé, entre Itália e Uruguai, o atacante italiano Paolo Rossi, que marcou os três gols da Itália na vitória por 3 a 2 contra o Brasil na Copa do Mundo de 1982, jogou no Estádio da USP.[5]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2024/03/24/estadio-escondido-em-sao-paulo.htm
- ↑ Cadernoteca wiki
- ↑ a b «Arquibancada do Estádio Armando de Salles Oliveira». Descubra Sampa - Cidade de São Paulo. Consultado em 7 de novembro de 2022
- ↑ Estádio Olímpico, USP - Universidade de São Paulo Site Castro Mello
- ↑ a b c d e «Paolo Rossi, o carrasco da Copa de 1982, já jogou na USP – Jornal do Campus». Consultado em 7 de novembro de 2022
- ↑ a b c Santos, Eliezer (13 de agosto de 2019). «O Gigante Escondido». Medium (em inglês). Consultado em 7 de novembro de 2022
- ↑ Por Henrique Toth (1 de agosto de 2023). «O estádio de 30 mil lugares que está esquecido em SP e você talvez nunca tenha ouvido falar». GE. Consultado em 10 de agosto de 2023
- ↑ "Nas arenas da profissão"
- ↑ a b Colombari, Emanuel (10 de dezembro de 2011). «O estádio desconhecido da cidade de São Paulo». Última Divisão. Consultado em 7 de novembro de 2022
- ↑ Oliveira, Abrahão de (10 de abril de 2017). «O Estádio Desconhecido De São Paulo». SP In Foco. Consultado em 7 de julho de 2023
- ↑ «Os planos e as dificuldades envolvendo os edifícios inutilizados da USP – Jornal do Campus». Consultado em 7 de novembro de 2022
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Estádio Olímpico, USP - Universidade de São Paulo. Castro Mello Arquitetos. Página visitada em 28/05/2012
- "Base firme". Revista aU - Arquitetura e Urbanismo. Página visitada em 31/05/2012
- "Nas arenas da profissão". Revista aU - Arquitetura e Urbanismo. Página visitada em 31/05/2012
- "Mello, Icaro de Castro (1913 - 1986)". Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais. Página visitada em 31/05/2012
- "Estádio do CEPE tem estrutura comprometida". Jornal do Campus, 05/09/2010
- Castro Mello Arquitetos
- ETALP - Escritório Técnico Athur Luiz Pitta
- Imagens
- Cadernoteca wiki