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Democracia Tutelada

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A Democracia Tutelada (Chinês simplificado: 辅导式民主, Pinyin: Fǔdǎo shì mínzhǔ) é o conceito tridemista que busca explicar e estabelecer os estágios do governo pós-revolução. Segundo o própio idealizador, Sun Yat-sen, o processo seria executado passando por um governo revolucionário militar liderado pelo partido para derrubar o antigo regime, seguido do "Governo tutelar", onde o partido deveria se estabelecer para educar e aplicar o socialismo sem interferir nas crenças ou nacionalidades étnicas presentes no estado, e, por fim, estabelecer um governo constitucional de participação popular.[1] Tanto o Partido Comunista da China quanto o Kuomintang (Partido Nacionalista da China) debatem e interpretam sobre a "Democracia Tutelada" e como ela realmente deveria ser implementada, a partir de suas propias visões ideológicas.[2]

A democracia tutelada foi colocada em pratica, a partir da observações de historiadores como Keith Schoppa e Arif Dirlik, na China; Onde o primeiro estágio seria o estabelecimento em 1917 da Junta de Proteção Constitucional (Governo Revolucionário Militar), seguido do Governo da República da China em Guangzhou(Governo tutelar) e por fim o inicio do Governo Nacionalista, que virou o "Governo Constitucional" a partir de 1946, ficando em segundo plano de 1928 até este ano devido a Guerra Civil Chinesa e a Segunda Guerra Mundial.[3][4] No Maoísmo, a Democracia Tutelada foi reintroduzida como "Nova Democracia", a partir da construção de sua releitura tirada dos "Novos Três Princípios do Povo", ou simplesmente, Neotridemismo;

Por outro lado, em relação a Mao, Chiang Kai-shek, que controlava o partido de Sun Yat-sen, o Partido Nacionalista da China, havia ficado dentro do estagio de governo tutelar dentre 1928 até sua morte em 1975, devido a Lei marcial implementada em Taiwan após a eclosão da Revolução Comunista Chinesa.[carece de fontes?]

Na Singapura, não houve de fato tal processo.[5] o governo da Singapura se tornou um estado tridemista de partido dominante sob controle do Partido de Ação Popular (PAP),[6] passando de uma colônia britânica para uma república durante os anos 1950, de modo que, o Princípio de subsistência foi facilmente implementado ao país no final dos anos 2000.[7]

Referências

  1. Zhongshan, Sun (1924). Três Princípios do Povo. [S.l.: s.n.] 
  2. Fenby, Jonathan (março de 2013). «CHINA'S UNFINISHED REVOLUTION: THE CHALLENGE FOR THE NEW LEADERS». Asian Affairs (1): 1–11. ISSN 0306-8374. doi:10.1080/03068374.2012.760783. Consultado em 17 de novembro de 2024 
  3. Schoppa, R. Keith (10 de julho de 2019). «Revolution and Its Past». doi:10.4324/9781315182025. Consultado em 17 de novembro de 2024 
  4. Dirlik, Arif (2005). Marxism in the Chinese Revolution (em inglês). [S.l.]: Rowman & Littlefield 
  5. Tan, Kenneth Paul (fevereiro de 2012). «The Ideology of Pragmatism: Neo-liberal Globalisation and Political Authoritarianism in Singapore». Journal of Contemporary Asia (em inglês) (1): 67–92. ISSN 0047-2336. doi:10.1080/00472336.2012.634644. Consultado em 17 de novembro de 2024 
  6. Ortmann, Stephan (10 de março de 2006). «Hussin Mutalib, Parties and Politics: A Study of Opposition Parties and the PAP in Singapore». The Copenhagen Journal of Asian Studies (1): 137–139. ISSN 1395-4199. doi:10.22439/cjas.v23i1.697. Consultado em 17 de novembro de 2024 
  7. Mauzy, Diane K.; Milne, R. S. (11 de setembro de 2002). «Singapore Politics Under the People's Action Party». doi:10.4324/9780203471807. Consultado em 17 de novembro de 2024