quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Terceira temporada de "Arcanjo Renegado" é eletrizante e imperdível

O Globoplay estreou a terceira temporada de "Arcanjo Renegado" no dia 14 de novembro e disponibilizou cinco episódios. A franquia ganhou dez episódios inéditos e a outra metade entrou no ar na quinta-feira passada, dia 21. Parceria do streaming da Globo com a AfroReggae Audiovisual, a sequência tem criação de José Junior, direção geral de Lipe Binder e faz a temperatura subir com cenas eletrizantes. Tudo isso mesclando ação, suspense e tensão.


Se a vida de Mikhael já tinha se transformado da primeira para a segunda temporada depois de uma missão no continente africano e muitas reviravoltas surpreendentes em sua trajetória, desta vez ele se redescobre ainda mais durante uma imersão no norte do Brasil, na região amazônica. Do Rio de Janeiro para o Pará, Mikhael encara novos inimigos e é de lá que começa a nova leva de capítulos da franquia, expandindo os conflitos para uma realidade nacional. Destemido como nunca, o policial acompanha de perto como é viver em um assentamento, liderado por irmã Emily (Chris Couto), sob constates ameaças por produtores rurais. A personagem é uma das protagonistas de ‘O Jogo que Mudou a História’ e aparece em cena décadas depois dos acontecimentos de sua série de origem, como uma das aliadas de Mikhael.

A terceira temporada é marcante na trajetória do complexo personagem principal ao mostrar um amadurecimento e desvendar outras camadas do protagonista. O policial conhece um novo lado seu ao se dedicar às crianças, à horta e à pesca, o que fica muito visível logo no primeiro episódio.

Mas os inimigos estão por todos os lados e não demora para a rotina do local se transformar com a constante ameaça de produtores rurais, até culminar em um trágico assassinato. É assim que o lado destemido de Mikhael vem à tona novamente e entra em ação. Tanto que o lema que passa a mover os personagens é: "Muitas vezes, contra um inimigo maior, os inimigos se juntam".  

Simultaneamente, no Rio de Janeiro, história de Sarah (Érika Januza), irmã de Mikhael, tem novos desdobramentos. Depois de ingressar de vez na carreira militar, a personagem encara novas experiências e frustrações na rotina como policial que lhe guiam em busca de amadurecimento e segurança. É através de sua trama que um assunto tão necessário é inserido e tratado na série: a violência de gênero. Sarah é incansável no caso de uma jovem ameaçada e violentada por seu namorado. Por falar em mulheres tomadas por força e resiliência, Maíra (Cris Vianna) e Manuela (Rita Guedes) também enfrentam uma nova leva de perigosos conflitos. Desde a morte de seu filho, Manuela afoga a dor da perda na sobrecarga de trabalho à frente do governo do estado e continua tentando se desvencilhar do Bispo Cristóvão (Thelmo Fernandes), que construiu um império e investe grandes quantias em negócios escusos, se aliando a organizações criminosas para expandir seu domínio, poder e prestígio. Já Maíra, empenhada em fazer de sua passagem pela presidência da Assembleia Legislativa um período memorável, se recusa a recuar nos embates com a base do governo. Com o objetivo em comum de derrotar Cristóvão, as duas precisam superar seus embates e tudo é desenvolvido de forma competente e empolgante. Nesse mesmo cenário carioca, as facções perdem território para as milícias e Ronaldo (Álamo Facó), agora com seu site de notícias, ganha notoriedade ao denunciar esquemas que ligam Cristóvão a uma série de crimes. Com inteligência e faro para a notícia, o repórter investigativo está ainda mais imparável. Em paralelo, o estratégico Barata (Flávio Bauraqui) mostra sua inegável habilidade de sobreviver a qualquer situação. Antigo amor de Ronaldo e fiel escudeiro de Manuela, o personagem parece ter ido para o outro lado, se aliando a Cristóvão. Mas tem alguém que está disposto a fazer de tudo para enfrentar os esquemas do Bispo e seus parceiros, como Galvão (Dilsinho Oliveira): Mikhael. Para combater novos e antigos inimigos, afetos e desafetos do passado do “renegado” se unem em uma força-tarefa. É quando entram em ação personagens de outras séries Globoplay e AfroReggae Audiovisual, emblemáticos em seus universos, promovendo uma conexão entre as tramas: o delegado Mendonça (Silvio Guindane) e o inspetor Santiago (Erom Cordeiro), de ‘A Divisão’; Jesus Pedra (Raphael Logam), de ‘O Jogo que Mudou a História’; e um trio da inédita produção ‘Veronika’, a advogada homônima interpretada por Roberta Rodrigues e os inspetores Silvio (Marcelo Pires, Belo) e Cristiano (André Luiz Miranda). A guerra está só começando e reflete diferentes perspectivas no combate a elementos que sustentam os poderes ao redor do grupo, como a luta às drogas, violência, corrupção, fake news, milícias e política. Grupo este formado por personagens repletos de conflitos internos e externos, que, muitas vezes, precisam lidar com os seus próprios limites e convicções. Entre outros personagens já conhecidos que voltam em cena, Dona Laura (a saudosa Léa Garcia), Leda (Zezé Motta), Giovanna (Gabriela Loran), Joana (Aline Borges), Paloma (Karen Júlia), Waleska (Dani Galli), Gabriel (Leonardo Bricio), Antônio (Tatsu Carvalho), Camilo (Wilson Rabelo), Rodolfo (Otto Jr.), Ivanir (Rodrigo França) e Gabriela Geyerhahn (Simone). A sequência da franquia também conta com a entrada de Emilio Orciollo Netto (Anderson) e Raymundo de Souza (Euller) na trama.

A série segue com uma avalanche de acontecimentos que remetem ao Rio de Janeiro que o carioca está acostumado a viver. A ficção não é mera coincidência. É um retrato fiel da podridão e da falência do Estado, ao mesmo tempo que apresenta para o telespectador cenas intensas com um elenco muito bem selecionado. Marcello Melo Jr segue potente como protagonista e há vários bons destaques na trama, como Érika Januza, Rita Guedes, Cris Vianna, Álamo Facó e Thelmo Fernandes. É uma história que prende e praticamente 'exige' que o público siga acompanhando até o final. Eletrizante e imperdível. A terceira temporada de ‘Arcanjo Renegado’ tem criação de José Junior; direção geral de Lipe Binder; direção de Fábio Strazzer e Lucas Villamarim; redação final de José Junior e Gabriel Maria; e roteiro de José Junior, Gabriel Maria, Bruno Paes Manso, Bruno Passeri e Manaíra Carneiro. Produção Original Globoplay, em parceria com a AfroReggae Audiovisual – responsável também pelas séries ‘O Jogo que Mudou a História’, ‘A Divisão’ e ‘Betinho: No Fio da Navalha’. Vale a pena conferir.

3 comentários:

Marly disse...

Que bom que produtores e artistas brasileiros têm feito bons trabalhos, na seara da dramaturgia. Torço muito por nossa cultura e nossos artistas (e vou querer ver, oportunamente, essa série).

Beijão

Sérgio Santos disse...

É mt boa, Marly!

J.P. Alexander disse...

Gracias por la recomendación. Te mando un beso.