Resenha - Banda Abraskadabra - Make Yourself at Home
em
24 de setembro de 2021
Olá pessoal, hoje temos por aqui um review do novo álbum da banda curitibana Abraskadabra chamado "Make Yourself at Home"que lança exatamente hoje, sexta-feira 24 de setembro!
Lembro que a primeira vez que vi um show dessa banda foi em 2014, onde eles abriram para o Bad Religion, porém eu tenho a impressão de que já vi mais algum show dos caras em algum outro momento na minha vida, só não lembro quando ou onde hahaha!
Antes de começarmos a falar sobre esse novo lançamentos vamos a uma breve história do grupo:
Abraskadabra, banda de ska punk de Curitiba formada em 2003 tem em suas músicas riffs cativantes, melodias e refrões para cantar junto. Conhecida por suas performances enérgicas ao vivo, a banda acumulou seguidores leais ao longo dos anos e vem conquistando cada vez mais espaço na cena musical global. Sempre muito ativo no cenário musical local e grande difusor do ska-punk no Brasil, o Abraskadabra já tocou em 4 continentes diferentes. Nesses 18 anos a banda tem como discografia os seguintes lançamentos: 3 Demos (2004/2005/2008), os EPs Mago (2003), Destroying Your Mother on the Bed (2008), Fun as in Fungus (2014), Welcome to the B Side (2018), os álbuns de estúdio Grandma Nancy's Old School Garden (2012), Welcome (2018) e agora seu mais recente lançamento Make Yourself at Home (2021); além de alguns singles.
A banda é formada por Eduardo "Maka" (bateria), Eduardo “Edu”(guitarra e vocal), João Paulo “JP” (trompete), Augusto "Papaya" (trombone), Rafael "Buga" - (guitarra e vocal), Rodrigo "Japa" (baixo) e Thiago "Trosso" (sax e vocal).
A Abraskadabra já tocou com bandas como: Bad Religion, Rise Against, Less Than Jake, Reel Big Fish, Goldfinger, Flogging Molly, Fishbone, Streetlight Manifesto e muito mais...
Sobre sua carreira internacional, a banda fez sua primeira turnê nos EUA em 2014, retornou à América do Norte em 2018 em uma turnê como atração principal para promover seu álbum “Welcome”, tocando em mais de 12 estados dos EUA. No mesmo ano, o álbum foi indicado como Segundo Melhor Álbum Ska-Punk de 2018 pela página especializada Ska Punk Daily. Após um ano promovendo o álbum incansavelmente por todo o Brasil, a banda foi então convidada a cruzar o globo, fazendo a Welcome Tour no Japão em 2019. Parando na metade, eles passaram 3 semanas tocando no Reino Unido, aparecendo em festivais lendários como o Rebellion Fest e Boomtown Fair.
Enfim, a banda é realmente bem influente dentro do cenário de ska punk, e isso é muito legal de saber, afinal eles começaram tudo aqui, em Curitiba.
Make Yourself at Home
Lançado pelo gravadora americana Bad Time Records, hoje um dos grandes representantes do ska punk mundial e focada em artistas que conversam com os novos tempos. O selo fará o lançamento de "Make Yourself at Home" no streaming e em vinil colorido. Serão 4 versões diferentes do disco em vinil com distribuição nos Estados Unidos, Reino Unido, Japão, e é claro, no Brasil.
"Make Yourself at Home" é o terceiro álbum de estúdio do Abraskadabra após 18 anos de estrada; com o clima intimista, a banda quer que todos fiquem à vontade e sintam-se em casa. O processo de composição começou há um ano e meio, mas foi acelerado durante a quarentena, quando o mundo parou. Sem bares, festas e shows, a música serviu de companheira para muita gente, e assim foi surgindo o conceito de ‘make yourself at home’.
“Queremos que o nosso público não apenas se sinta em casa, mas se encontre em casa, e seja novamente bem-vindo, agora à nossa nova casa”, diz o guitarrista e vocalista Eduardo.
Toda a composição do álbum foi todo feito à distância, algo que já era comum pra banda, já que o saxofonista e vocalista Thiago “Trosso” mora em Londres há 6 anos. E o nome do álbum mais uma vez reflete esse trabalho. O guitarrista e vocalista Rafael “Buga” conta:
“O processo do disco é um processo de vida. ‘Make Yourself at Home’ também tem a ver com o momento que estamos passando. Na hora de ficar em casa, você conta com você mesmo. É sobre aprender a lidar com o seu próprio eu. Ler um livro, compor uma música, se sentir bem com você mesmo”.
As letras compostas principalmente pelo trio Trosso, Du e Buga trazem temas variados. No disco os fãs vão encontrar canções de amor (‘Time to Love You’), de protesto (‘Set Us Free’ e ‘Cattle Life’), sobre angústias (‘Not Going Back’) e até mesmo sobre o fim do mundo (‘Bunkers’).
O álbum não é apenas uma continuação de “Welcome”, mas sim, uma evolução na discografia da banda. “Make Yourself at Home” reforça a fórmula de riffs marcantes e refrões para cantar junto, mas capricha ainda mais nas letras, nas melodias e nos arranjos dos sopros, sem perder o peso, outra característica essencial do grupo.
Já sobre a gravação das músicas, os sete integrantes se trancaram dentro de uma casa na região metropolitana de Curitiba para gravar o disco. Uma forma de unir todos os integrantes dentro de um só espaço para focar no que importa: a música. Dessa casa saíram prontas as 11 faixas que compõem o disco. E lógico que não poderia faltar uma participação internacional nesse pacote: as faixas "Not Going Back", "No More Me and You" e "Everyone is Special" contam com os teclados de Esteban Flores, produtor, engenheiro de som e integrante da banda americana de ska-punk Matamoska.
O saxofonista Trosso resume bem o principal objetivo dessa nova fase da banda:
“Queremos chegar mais longe com o nosso som e atingir um número cada vez maior de pessoas. Assim como Pinky e Cérebro, queremos dominar o mundo”.
Minhas impressões sobre Make Yourself at Home
Como já disse algumas vezes eu não sou profissional e não tenho esse olhar ou melhor ouvido técnico para analisar tão fielmente as canções. Como boa amante de música num geral, vou dizer aqui minha opinião de forma sucinta e apenas como uma boa ouvinte de música mesmo ok?
O álbum começa com a música "Bunkers" que é sobre o fim do mundo, o que eu achei bem divertido. A música é animada e você já começa a entrar no clima do que provavelmente será o álbum todo.
O álbum, segue com o som "Not Going Back" que apesar de ser sobre angústias é uma música bem animada, eu gosto muito dessa dualidade, algo mais "triste" porém mostrado de forma alegre.
A terceira faixa é a música "Do We Need a Sign?" que foi o primeiro single lançado nessa nova era da banda. A música é uma expressiva canção que realça o ska punk com elementos de pop punk. Esse som ganhou um vídeo clipe, que mostra a banda tocando numa casa bem vintage, assim como a fotografia do mesmo para realçar essa sensação "antiga".
"Estarei aqui quando você voltar?
Nós dois sofreremos de
Um arrependimento triste e universal?
Os sinais estão mostrando que
Nós não pertencemos juntos nesta vida
Mas precisamos de um sinal para consertar as coisas?"
A próxima canção se chama "No More Me and You" e eu gostei bastante! Tem um solo de guitarra alí no meio, é animada assim como o restante do álbum, porém essa me encantou de um jeito diferente. 10/10!
Pegando o gancho da música anterior "Burning Up" continua na nessa pegada mais rock, com guitarras mais evidentes, o que me agrada mais. Até este momento, essas são minhas músicas preferidas do álbum.
Seguimos com "Set Us Free", música políticaque também ganhou um clipe em preto e branco.
“Foi uma das primeiras músicas que tínhamos para o álbum, e acho que diz como o mundo está fodido agora, com absurdos e obscenidades acontecendo todos os dias, a extrema direita, o obscurantismo e o negacionismo”, fala o Abraskadabra.
Todos estes elementos, por outro lado, como comenta a banda, evoca o poder popular e evidencia como temos o poder de mudar isso e ir contra tais questões negativas ao país.
“Realmente fazer a diferença, como podemos ver no Chile agora, onde eles estão reescrevendo sua constituição depois de uma rebelião que quase derrubou o presidente e fizeram um plebiscito, e foi um movimento feito pelo povo. É lindo o que está acontecendo lá agora, e temos mais exemplos assim no mundo, então é possível, e talvez tenhamos que enfrentar essa transição, criação após destruição, assim esperamos”.
Sobre a sonoridade, a banda revela que é a primeira vez que misturam bubblegum pop com ska, o que dá uma vibração animada, vocal marcante e trompetes melódicos.
Logo temos "Everyone is Special", achei a sonoridade mais melódica mas com o refrão bem cativante. Gostei!
A próxima canção se chama "Cattle Life", música também política, e assim como uma boa punk rock girl que sou, me agrada bastante!
As referências remetem a cada ação do presidente que afetam a vida dos brasileiros de uma forma geral, seja no consumo de bens necessários, seja pelas decisões tomadas durante a maior crise sanitária dos últimos 100 anos, seja também no cansaço mental promovido a cada nova fala.
“Essa música foi feita com muita raiva, tanto sonora como na letra, tudo a flor da pele. É brutal e raivosa, até com riffs abafados de guitarra thrash metal e um sininho satânico para fazer uma alusão a este que está no governo. É um recado para as pessoas que votaram nele que vão pagar, aliás, todos nós estamos pagando pelo voto nesse cara.”, conta Du, vocalista da banda.
O clipe, uma animação, foi produzida pela Smart/Bamba, com direção de Guilherme Lepca.
"De repente você está com medo
Você finge que se importa
Você defende ele sem problema nenhum
A gente precisa fazer ele recuar
É a hora de nós dizermos
Não deixem eles nos silenciarem
Vamos gritar"
"You Shine, Girl" é na minha opinião a mais pesada em relação a sonoridade do álbum, aprovada!
"Time to Love You" é uma música de amor, também gostei bastante. No geral, gostei bastante da sequencia que as músicas foram organizadas.
"Making a Scene" é uma música de ambição.
“Nós somos independentes, mas dependemos demais dos nossos sonhos. Passamos metade da vida na estrada, mas ainda temos muito a aprender. Do Brasil ao Japão, vamos continuar lutando.”, diz o saxofonista Trosso.
O álbum se encerra com o som "(Hidden) - How Have You Benn", uma música que começa mais lenta e calma, de início achei que seria uma balada, mas na metade tem aquela energia própria da Abraskadabra.
De maneira geral gostei do álbum todo, claro que com algumas faixas mais preferidas e outras nem tanto. Ska punk é um gênero do qual eu gosto, porém tenho fases pra ouvir, como são músicas mais animadas não é a todo momento que bate aquela vibe de escutar. Mas quando ouço me dá sempre uma boa sensação. Vale super a pena ouvir o novo trabalho dos caras e claro curtir a vibe animada!
Adorei a resenha da banda e que chique ela ter feito tour pelos EUA e América Central, o nome da banda é bem maneiro e descolado. Vou aproveitar que meu fone de ouvido novo acabou de chegar para curtir a playlist deles. Amo quando você trás novidades de bandas, cantores e músicas legais. Beijos.
Oie Val! Eu não conhecia a banda e confesso que eu gostei, lembrei um pouco de simple plan, faz sentido?? E depois só que fui me tocar que voce tinha falado que eles são brasileiros, que legal!!!!!!!!
Não conhecia a banda, mas gostei da sua avaliação do álbum novo. Apesar de você não ser profissional no assunto música, eu gostei do jeito que analisou (porque eu não entendo mesmo).
Thank you for sharing information about this band Abraskadabra. You always have great articles about bands. I can see you really love music. Cheers from Croatia! https://modaodaradosti.blogspot.com/
Nossa mas ela faz tudooo! A banda deveria usar toda tua descrição no site oficial!!! Achei o som bem pegada Bad Religion (o pouco que conheço haha). Vou mandar pro meu irmão, ele vai amar.
Thank you for sharing. I love it. Happy Friday my friend.
ResponderExcluirwww.rsrue.blogspot.com
Adorei sua resenha. Além de conhecer as músicas que muitas vezes nunca tinha ouvido, você ainda nos traz um pouco da história e da letra. Adoro! :)
ResponderExcluirwww.vivendosentimentos.com.br
O nome da banda é bem criativo. Eu gosto de conhecer novas bandas e músicas.
ResponderExcluirA primeira música foi a minha favorita.
Bjus!
galerafashion.com
Adorei a resenha da banda e que chique ela ter feito tour pelos EUA e América Central, o nome da banda é bem maneiro e descolado. Vou aproveitar que meu fone de ouvido novo acabou de chegar para curtir a playlist deles. Amo quando você trás novidades de bandas, cantores e músicas legais.
ResponderExcluirBeijos.
Diário da Lady
Olá
ResponderExcluirSempre ótimo conhecer bandas nacionais do estilo por aqui - essa mais uma que achei o sim bacana
Sempre me lembra a era boa da Mtv
até mais,
Canto Cultzíneo
Oie Val!
ResponderExcluirEu não conhecia a banda e confesso que eu gostei, lembrei um pouco de simple plan, faz sentido??
E depois só que fui me tocar que voce tinha falado que eles são brasileiros, que legal!!!!!!!!
Beijos!
Pâm
Blog Interrupted Dreamer
Não conhecia a banda, mas gostei da sua avaliação do álbum novo. Apesar de você não ser profissional no assunto música, eu gostei do jeito que analisou (porque eu não entendo mesmo).
ResponderExcluirhttps://www.biigthais.com/
Beijoos ;*
Fabulous blog
ResponderExcluirFantastic post!
ResponderExcluirKisses :)
Thank you for sharing information about this band Abraskadabra. You always have great articles about bands. I can see you really love music.
ResponderExcluirCheers from Croatia!
https://modaodaradosti.blogspot.com/
Hello!
ResponderExcluirAmazing post, really great :)
Kisses from Poland!
Mas que bem! Desconhecia
ResponderExcluirBoa semana querida :)
Nossa mas ela faz tudooo! A banda deveria usar toda tua descrição no site oficial!!! Achei o som bem pegada Bad Religion (o pouco que conheço haha). Vou mandar pro meu irmão, ele vai amar.
ResponderExcluirBoa semana!
tipsnconfessions.blogspot.com
Muito legal essa banda, eu não conhecia.
ResponderExcluirBig Beijos
www.luluonthesky.com
Oi
ResponderExcluirnão é muito meu estilo, mas curti os vídeos que você colocou no poste, legal o poste.
http://momentocrivelli.blogspot.com/
Love their music, ska is so chill and cool.
ResponderExcluirAnn
https://roomsofinspiration.blogspot.com/
Achei diferente o nome da banda, ainda não tinha visto nada sobre eles.
ResponderExcluirGostei bastante da primeira música.
Beijos!
www.pamlepletier.com
Oi Valéria,
ResponderExcluirGostei da sua resenha, apesar de não conhecer a banda e nem costumar ouvir os estilo musical.
Achei os videoclipes bem produzidos e as questões políticas mais que necessárias!
Um abraço!