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Travessa dos Venezianos

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Aspecto da Travessa dos Venezianos
Travessa dos Venezianos

A Travessa dos Venezianos é uma ruela da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul. Está localizada no bairro da Cidade Baixa, entre as ruas Lopo Gonçalves e Joaquim Nabuco, onde existe uma série de dezessete casas populares tombadas pelo município.[1][2]

Na travessa está localizada a Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa, instalada numa casinha construída no início do século XX.[2]

Até a metade do século XIX e o fim da Guerra dos Farrapos, esta região da Cidade Baixa era um subúrbio com aspectos de zona rural, à mercê de constantes enchentes provocadas pelo arroio Dilúvio. A região era conhecida também como zona de refúgio de escravos. Sua evolução se fez a partir da instalação de uma olaria nas imediações. Cronistas da época citam como aspectos pitorescos o carnaval que movimentava as ruas do bairro, sendo que um dos blocos mais conhecidos era o Bloco dos Venezianos.[1]

As construções datam do início do século XX, e mostram uma arquitetura muito simples, com fachada resumida a um esquema de porta e uma ou duas janelas, com pé-direito alto e uma platibanda elementar acima, sendo pegadas umas às outras em fileira.[1] Seu valor histórico reside em constituírem um grupo intacto de habitações populares típicas de muitas cidades brasileiras. Em Porto Alegre, o grupo preservado ali é remanescente de uma área onde este tipo de construção era generalizado.

Estas casas originalmente eram ocupadas por pessoas de renda muito baixa, em regime de aluguel. Com o passar dos anos, seus ocupantes passaram a ser os proprietários.[1] Sua denominação deriva do antigo nome da Rua Joaquim Nabuco - Rua dos Venezianos - sendo que esta travessa era um beco que a ligava à Lopo Gonçalves. Sua primeira aparição no mapa oficial da cidade data de 1935.

O conjunto começou a ser restaurado em 1983, com auxílio dos próprios moradores. Para preservar-se não só a arquitetura, mas também a atmosfera característica do entorno, foram tombados juntamente imóveis limítrofes nas Ruas Lopo Gonçalves e Joaquim Nabuco. A travessa ainda apresenta o calçamento original de pedras irregulares.

Referências

Ligações externas

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