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Teia (rei)

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Teia
Teia (rei)
Efígie de Teia numa síliqua
Rei ostrogótico da Itália
Reinado 552
Antecessor(a) Totila
Sucessor(a) Conquista bizantina
Morte 30 de outubro de 552
Pai Fredigerno

Teia (em latim: T(h)eia), Teias (em grego medieval: Τειας) Tila (em latim: Thila) ou Tela (em latim: Thela)[1] foi o último rei ostrogótico da Itália, governando brevemente em 552.

Teia era filho de Fredigerno e irmão mais velho de Aligerno. De acordo com Procópio, era um bom soldado. Aparece em 552, quando foi enviado a Verona pelo rei Tótila (r. 541–552) com exército ostrogótico sob seu comando para verificar o avanço do general Narses na Itália. Após Narses conseguir passar por ele e avançar rumo a Itália Central, Teia e o exército se juntaram a Tótila em Roma.[2] No final de julho, ocorreu a Batalha de Tagina na qual o rei morreu.[3] Teia escapou a Ticino com outros sobreviventes e foi feito rei.[2] Ao ascender, num ato de vingança, ordenou a morte de todos os senadores romanos na Campânia ali levados por Tótila em 546, após o Saque de Roma,[4] incluindo Flávio Máximo, que foi exilado por Belisário. Também ordenou a execução de 300 crianças romanas que Tótila tinha como reféns.[5] Então, marchou para Pávia, onde tomou posse dos tesouros disponíveis e fez pacto com os francos contra o Império Bizantino.[6]

Em seu fuga rumo o sul da Itália, reuniu apoio de figuras proeminentes dentro dos exércitos de Tótila, incluindo Escipuar, Indulfo, Gibal e Ragnaris para fazer sua última marcha contra o general bizantino e eunuco Narses na Batalha do Monte Lactário, ao sul de Nápoles, perto de Nucéria Alfaterna, no final de 552 ou começo de 553.[6] O historiador Guy Halsall chamou a batalha, que ocorreu às sombras do monte Vesúvio, como um "confronto cataclísmico."[7] A razão para a luta foi a necessidade de proteger os tesouros ostrogóticos que estavam guardados em Cumas e que Narses ameaçava atacar.[2] O exército foi derrotado e Teia morreu.[8][9] Escipuar e Gibal também provavelmente morreram. Os que sobreviveram, negociaram um armistício.[10] Indulfo e Ragnaris escaparam; o último foi mortalmente ferido mais tarde numa tentativa falha de assassínio por um agente de Narses.[11] Com a derrota, a resistência ostrogótica organizada terminou. Em 554, o Reino Ostrogótico havia desaparecido na obscuridade, e o povo gótico que permaneceu começou a se integrar na população italiana em geral.[12]

Referências

  1. Schönfeld 1911, p. 225.
  2. a b c Martindale 1992, p. 1224.
  3. Norwich 2001, p. 91–92.
  4. Martindale 1992, p. 1331.
  5. Geary 2002, p. 113.
  6. a b Wolfram 1997, p. 238.
  7. Halsall 2007, p. 505.
  8. Wolfram 1990, p. 247.
  9. Gaeta 1986, p. 323.
  10. Heather 2013, p. 165.
  11. Norwich 2001, p. 92.
  12. Burns 1991, p. 215.
  • Burns, Thomas S. (1991). A History of the Ostrogoths. Bloomington e Indianópolis: Imprensa da Universidade de Indiana. ISBN 0253206006 
  • Gaeta, Franco; Villani, Pasquale (1986). Corso di Storia. per le scuole medie superiori 1 ed. Messina: Principato 
  • Geary, Patric (2002). The Myth of Nations, the Medieval Origins of Europe. Princeton, Nova Jérsei: Imprensa da Universidade de Princeton. ISBN 0-691-11481-1 
  • Halsall, Guy (2007). Barbarian Migrations and the Roman West, 376–568. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 978-0-52143-543-7 
  • Heather, Peter (2013). The Restoration of Rome: Barbarian Popes and Imperial Pretenders. Oxônia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Oxônia. ISBN 978-0-19936-851-8 
  • Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). «Theia». The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 0-521-20160-8 
  • Norwich, John Julius (2001). Bizâncio. Esplendor e decadência do império 330-1453 (em inglês). Milão: Mondadori. ISBN 88-04-48185-4 
  • Schönfeld, M. (1911). Wörterbuch der altgermanischen personen-und völkernamen. Heilderberga: Livraria da Universidade Carl Winter 
  • Wolfram, Herwig (1997). The Roman Empire and Its Germanic Peoples. Berkeley, Los Angeles e Londres: Imprensa da Universidade de Califórnia. ISBN 0520085116