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Selva de Pedra (1972)

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Selva de Pedra
Selva de Pedra (1972)
Logotipo da telenovela
Informação geral
Formato Telenovela
Gênero
Duração 40 minutos
Criador(es) Janete Clair
Elenco
País de origem Brasil
Idioma original português
Episódios 243
Produção
Diretor(es) Daniel Filho
Tema de abertura "Selva de Pedra", Orquestra e Coral Som Livre
Exibição
Emissora original TV Globo
Formato de exibição Preto e branco
Transmissão original 10 de abril de 1972 – 23 de janeiro de 1973
Cronologia
O Homem Que Deve Morrer
Cavalo de Aço
Programas relacionados Selva de Pedra (1986)
O Homem que Deve Morrer
Um Lugar ao Sol

Selva de Pedra é uma telenovela brasileira produzida pela TV Globo e exibida originalmente de 10 de abril de 1972[nota 1] a 23 de janeiro de 1973, em 243 capítulos.[1][2][3] Substituiu O Homem Que Deve Morrer e foi substituída por Cavalo de Aço, sendo a 11ª "novela das oito" exibida pela emissora.

Escrita por Janete Clair, com a colaboração de Dias Gomes, teve a direção de Daniel Filho, Reynaldo Boury e Walter Avancini. A supervisão foi de Daniel Filho.[1]

Contou com as participações de Francisco Cuoco, Regina Duarte, Dina Sfat, Carlos Vereza, Carlos Eduardo Dolabella, Gilberto Martinho, Arlete Salles e Mário Lago.[1]

Cristiano Vilhena leva uma vida simples e pacata, sem grandes perspectivas, em Campos dos Goytacazes, uma cidade do interior do Rio de Janeiro, e é obrigado a tocar bumbo na praça da cidade durante os sermões do pai, Sebastião, um pastor evangélico pobre. Sua família sobrevive do pouco dinheiro que ganha vendendo medalhas e flores artificiais durante os sermões, tornando Cristiano alvo de zombaria dos demais rapazes. Cristiano acaba brigando com um deles, Gastão Neves, que puxa uma arma e, durante a briga, acaba sendo vítima de sua própria arma. A única testemunha do incidente é a jovem artista plástica Simone Marques. Sabendo que Cristiano é inocente, Simone acoberta o rapaz, abrigando-o em sua casa. Posteriormente ambos deixam a cidade para morar na cidade do Rio de Janeiro, na época, pertencente ao Estado da Guanabara.

Cristiano e Simone apaixonam-se e se casam, indo morar na Pensão Palácio, de propriedade da alegre Fanny, uma ex-vedete. Enquanto Simone investe na carreira de artista plástica, Cristiano se torna amigo do malandro Miro, um aproveitador que estimula-o a entrar em contato com o tio rico, Aristides Vilhena. Os dois irmãos receberam um estaleiro, Celmu, como herança do pai, e Sebastião, decidido a tornar-se um pregador evangélico, doou a sua parte para instituições de caridade. Enquanto Aristides prosperou como dono do estaleiro, embora tenha tentado ajudar o irmão, seu auxílio sempre foi recusado.

Miro e Cristiano simulam um assalto na saída de uma festa, no qual o colar da mulher de Aristides, Laura, é roubado. Fingindo enfrentar os assaltantes, Cristiano e Miro recuperam a joia, ganhando a simpatia do empresário. Aristides, ao descobrir que Cristiano é seu sobrinho, contrata-o para trabalhar no estaleiro. Cristiano começa a se destacar no trabalho e a frequentar a casa de Aristides, estreitando os laços com seu tio, seu primo Caio e a noiva dele, Fernanda.

Fernanda se interessa por Cristiano, e os dois se envolvem, já que Cristiano esconde de todos que é casado. Sabendo que o noivado de Fernanda e Caio vai mal e está prestes a chegar ao fim, Aristides vê com bons olhos a perspectiva de um casamento da moça com seu sobrinho, pois Fernanda detém 46% das ações do estaleiro, e seu marido seria o acionista majoritário da empresa. Cada vez mais confuso e seduzido pelo poder, Cristiano chega a colocar sua felicidade em risco ao romper seu casamento com Simone, sem saber que ela está grávida. Decepcionada, Simone o abandona na pensão, indo morar na casa que usa como estúdio em Petrópolis.

Miro vê em Simone o principal obstáculo à ascensão de Cristiano e, por consequência, à sua própria, e sugere que ele deva eliminá-la. Cristiano se revolta com a proposta, e os dois brigam. Enquanto Cristiano sai decidido a pedir perdão a Simone e disposto a abandonar o emprego no estaleiro, Miro envia para o estúdio dela uma carta endereçada ao amigo, na qual afirma que Cristiano pretende matar a própria esposa.

Depois de decidir falar pessoalmente com Cristiano, Simone lê a carta e passa a acreditar que Cristiano está planejando seu assassinato. Desesperada, ela foge junto com a empregada da casa, Madalena. Neste exato momento, Miro surge de táxi e, acreditando que Cristiano está fugindo dele com Simone, inicia uma perseguição. Durante a fuga, o carro de Simone capota na estrada, incendeia-se e explode. Madalena morre e Simone escapa com vida, mas perde o bebê. Simone deixa que todos acreditem que está morta e vai embora do país.

Cristiano, sentido-se responsável pela morte de sua mulher, abandona Fernanda no altar. Humilhada, ela persegue Cristiano obsessivamente, buscando vingança. Aristides morre e deixa a maior parte de suas ações para o sobrinho, que se torna o presidente do estaleiro. Fernanda reata o noivado com Caio e sua primeira providência é encomendar para Cristiano a entrega de um navio, tentando atrapalhar, durante o processo, o projeto de todas as formas, chegando a contar com a ajuda de Miro para roubar o estaleiro.

Depois de consagrar-se como artista plástica na França, Simone retorna ao Brasil sob a identidade de Rosana Reis, sua suposta irmã gêmea. Cristiano a reconhece, mas ela se recusa a revelar sua identidade. Simone é chamada para depor pelo delegado responsável por investigar o desaparecimento de Madalena, a empregada que estava no carro com ela no dia do acidente. Confrontada pelos pais da empregada e com uma testemunha ocular do desastre, ela admite ter se aproveitado do ocorrido para forjar uma nova identidade, e paga uma fiança pelo crime de falsidade ideológica, respondendo ao processo pela morte de Madalena.

Cristiano tenta várias vezes provar sua inocência a Simone, mas ela o rejeita, fazendo questão de dizer que quer viver exclusivamente para sua arte. Embora ainda o ame, ela não consegue se convencer de que ele não planejou sua morte. Fernanda, que se aproximou de Simone quando ainda achava que ela era Rosana Reis, contribui para essa atitude, estimulando a escultora a desprezar o ex-marido. O pai de Simone, Francisco, também não gosta de Cristiano.

Quando Cristiano e Simone finalmente se entendem e reafirmam seu amor um pelo outro, os pais do jovem quue morreu durante a briga com Cristiano, reaparecem e dão queixa contra o empresário, que é preso e levado à corte para ser julgado. Instruídos pelo advogado de defesa e por Caio, Simone e Cristiano fingem continuar separados e se odiando. Assim, no dia do julgamento, o depoimento de Simone ganharia mais credibilidade para provar a inocência do marido. Francisco, pai de Simone, fica inconformado diante da perspectiva de que Cristiano e sua filha reatem, e revela para Fernanda a verdade sobre o estratagema.

Final da trama

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Fernanda, cada vez mais obcecada em se vingar de Cristiano, e mostrando sinais claros de seu desequilíbrio mental, sequestra Simone e a aprisiona num casarão abandonado que pertenceu ao seu avô, cujo endereço todos desconhecem. Ela, imitando a voz de Simone, liga para o advogado de Cristiano e diz que desistiu de testemunhar a seu favor no julgamento. Cristiano entra em desespero, mas, apesar da ausência de Simone, os depoimentos a seu favor são bons o bastante para que o advogado consiga o relaxamento da prisão e Cristiano passa a aguardar o pronunciamento do juiz em liberdade. Profundamente decepcionado, ele acredita que a mulher o abandonou de vez e começa a entrar em franco estado de decadência, perdendo o rumo nos negócios e acumulando dívidas. O prazo para a entrega do navio de Fernanda se esgota, ele não consegue terminar as obras e Caio assume a presidência da empresa.

Simone fica prisioneira de Fernanda durante dois meses. No dia do julgamento de Cristiano, seu paradeiro é finalmente descoberto por Caio, que está indo para a casa acompanhado pela polícia e encontra Fernanda, completamente louca, vestida com um véu de noiva e pronunciando frases desconexas no jardim da casa. Simone é encontrada amordaçada e amarrada numa cama, muito pálida e quase sem forças, tendo de ser levada de cadeira de rodas até o tribunal a tempo de dar seu testemunho da inocência de Cristiano. Ao seu depoimento soma-se, na última hora, a voz do empresário José Neves, pai do jovem morto, confirmando que a arma do crime pertencia ao filho, e Cristiano é declarado inocente. Depois do sequestro de Simone, Fernanda termina internada num hospital psiquiátrico, esperando para se casar com Cristiano. Caio, como forma de compensar o primo pelos transtornos causados por Fernanda, dá a Cristiano um dos navios do estaleiro para que ele recomece a vida. Na cena final, Cristiano e Simone se abraçam e se beijam no convés do navio.

Janete Clair se inspirou no romance Uma Tragédia Americana, de Theodore Dreiser, que também serviu de referência anteriormente para a telenovela Seu Único Pecado, da RecordTV em 1969. Selva de Pedra foi a última de uma série de quatro novelas que a autora escreveu para o horário nobre da Rede Globo entre 1969 e 1973, ininterruptamente: Véu de Noiva, Irmãos Coragem (a segunda novela mais longa da emissora) e O Homem Que Deve Morrer, todas com grande sucesso, demonstrando o tamanho da capacidade da autora em desenvolver suas tramas e a sua dedicação ao trabalho.

As gravações foram em preto e branco.[4] Daniel Filho esteve à frente da produção até o capítulo 20, quando entregou a direção a Reynaldo Boury que, por sua vez, foi substituído a partir do capítulo 90 por Walter Avancini, que estreava na Globo.

Marcou também a estreia na Globo de Glória Pires - com oito anos de idade, na época - e também do ator Kadu Moliterno[5]

A Censura Federal ordenou que a autora Janete Clair modificasse a trama e acabasse com o romance entre os personagens Cristiano (Francisco Cuoco) e Fernanda (Dina Sfat). O motivo alegado foi que essa união configurava bigamia por parte de Cristiano, já que ele não era viúvo como pensava. Mesmo argumentando e alegando que na trama os personagens não sabiam que Simone estava viva, o censores contra-argumentaram dizendo que o público, sim, sabia que ela estava viva.[6]

Ator Personagem
Francisco Cuoco Cristiano Vilhena
Regina Duarte Simone Marques / Rosana Reis
Dina Sfat Fernanda Arruda Campos
Carlos Vereza Argemiro Tavares (Miro)
Carlos Eduardo Dolabella Caio Vilhena
Gilberto Martinho Aristides Vilhena (Tide)
Mário Lago Sebastião Vilhena (Sessé)
Ana Ariel Berenice
Dorinha Duval Diva
Edney Giovenazzi Jorge Moreno
Arlete Salles Laura Vilhena
Heloísa Helena Fanny Marlene
Arnaldo Weiss Francisco Marques (Seu Chico)
Álvaro Aguiar Mestre Pedro
Emiliano Queiroz Marcelo
Célia Coutinho Cíntia Vilhena
Neuza Amaral Walkíria Moreno
Sônia Braga Flávia Moreno
João Paulo Adour Guido
Lídia Mattos Vivian Arruda (Vivi)
Maria Cláudia Kátia
Ida Gomes Madame Heloise Katzuki
Rogério Fróes Roger Martin
Hildegard Angel Beatriz
Tessy Callado Zelinha (Zélia)
Antônio Ganzarolli Pipoca
Ângela Leal Joana Magalhães (Jane)
Roberto Bomfim Zé (José Ambrósio)
Suzana Faini Olga
Lícia Magna Maria Amélia Arruda
José Steinberg Isaac
Germano Filho Abud
Agnes Fontoura Irene
Louise Macedo Clarisse
Francisco Dantas José Neves
Jurema Penna Sofia Neves
Adriano Lisboa Horácio Delgado
Francisco Milani Hélio Sales
Francisco Silva Vitório
Léa Garcia Elza
Newton Martins Padre Jaime
Buza Ferraz Junior
Denise Emmer Monique
Sérgio Fonta Tonico
Glória Pires Fátima (Ma. de Fátima)
Rogério Pitanga Tico

Participações especiais

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Ator Personagem
Jorge Caldas Gastão Neves
Tamara Taxman Lena (Madalena Ribeiro)
Kadu Moliterno Oswaldo Paiva Netto
Luiz Armando Queiroz Beto
Francisco Nagem Maneco (Manuel Lima)
Lourdinha Bittencourt Nina
Antônio Victor Bartolomeu (Bartô)
Urbano Lóes Dr. Feliciano D'Avilla
Marcos Waimberg César
Fábio Mássimo Mirinho[1]
Samantha Rainbow Lúcia Rangel
Mary Daniel Dona Otávia
Isaac Bardavid Promotor público
Tony Ferreira Delegado de polícia Lima

Em 4 de outubro de 1972, durante o capítulo 152, em que a personagem de Regina Duarte é desmascarada, atingiu a marca de 100% dos televisores que tinham a aparelhagem de medição de audiência ligados na novela, um recorde histórico.[7]

Foi reprisada pela primeira vez entre 25 de agosto a 22 de novembro de 1975 em 78 capítulos, no lugar da então censurada Roque Santeiro, de Dias Gomes, e substituída por Pecado Capital, também de Janete Clair.[8]

Foi reprisada em uma versão compacta de 1h30, em 20 de março de 1980, como atração do Festival 15 anos, apresentado por Francisco Cuoco.

Os capítulos 150 a 157 foram exibido às 23 horas por causa da censura.

Foi reprisada em pequenas partes pelo Video Show, no quadro "Novelão", de 20 a 24 de agosto de 2012, em cinco capítulos.

Outras mídias

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Em janeiro de 2013 foi lançada em DVD pela Globo Marcas.[9]

Remake de 1986

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Em 1986, a TV Globo demorou a decidir pela substituta de "Roque Santeiro", que ia muito bem em audiência. A trama de Dias Gomes precisou ser espichada para que a sua sucessora fosse escolhida de forma que não houvesse queda na audiência do horário. Glória Perez então apresentou para a direção da emissora a sinopse de "Barriga de Aluguel", porém como o tema abordado ainda era desconhecido, a mesma foi rejeitada e engavetada pela emissora até 1990, quando foi produzida e elevou a autora ao time de escritores de ponta da emissora. Então pegou a história clássica de Janete Clair de 1972 e realizou um remake, escrito por Regina Braga e Eloy Araújo. Nesse remake os protagonistas Cristiano, Simone e Fernanda foram interpretados pelos atores Tony Ramos, Fernanda Torres e Christiane Torloni.[10]

Trilha sonora

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Marcos Valle & Paulo Sérgio Valle produziram e compuseram os temas nacionais da novela. Rock and Roll Lullaby, de B. J. Thomas, tema de Simone e Cristiano nesta versão, fez tanto sucesso, que foi o tema da abertura da segunda versão da novela exibida em 1986.

  1. "Capitão de Indústria" - Djalma Dias (tema de Aristides)
  2. "Mandato" - Osmar Milito e Quarteto Forma (tema de Caio)
  3. "Simone" - Ângela Valle e Eustáquio Sena (tema de Simone)
  4. "Corpo Sano em Mente Sã" - Osmar Milito e Quarteto Forma (tema de Fernanda)
  5. "Selva de Pedra" - Orquestra e Coral Som Livre (tema de abertura)
  6. "Rhythmetron Op. 27" - Marlos Nobre
  7. "O Beato" - Marcos Valle (tema de Sebastião)
  8. "Ligação" - Orquestra e Coral Som Livre (tema de Diva)
  9. "América Latina" - Osmar Milito e Quarteto Forma (tema de Cristiano)
  10. "Corpo Jovem" - Luís Roberto (tema de Jorge Moreno)
  11. "Longo de Dior" - João Luiz (tema de Laura)
  12. "Ritual" - Marlos Nobre

Internacional

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  1. "Rock And Roll Lullaby" - B. J. Thomas (tema de Simone e Cristiano)
  2. "Jesus" - Billbox Group
  3. "Floy Joy" - The Supremes
  4. "Ain't No Sunshine" - Michael Jackson (tema de Fernanda)
  5. "Son Of My Father" - Giorgio
  6. "A Taste Of Excitement" - Carnaby Street Pop Orchestra and Choir (tema de Cristiano)
  7. "La Question" - Françoise Hardy (tema de Flávia)
  8. "Mary, Blind Mary" - Laurent & Mardi Gras (tema de Miro)
  9. "If You Want More" - Free Sound Orchestra (tema de Fernanda)
  10. "Feel The Need" - Damon Shawn
  11. "Let It Ride" - Hard Horse (tema de Caio)
  12. "Frightened Girl" - Silent Majority (tema de Fernanda)

Prêmio APCA (1972):

Troféu Imprensa (1973):

Notas

  1. Em SP, a estreia aconteceu dois dias depois.[1]

Referências

  1. a b c d e f Selva de Pedra (1972)
  2. «Janete Clair – A maior novelista do Brasil». IstoÉ Gente 
  3. «Selva de Pedra - 1 ª versão». Memória Globo 
  4. Tony Ramos afirma que 'Selva de Pedra' é um clássico que discute a 'pequenez humana'
  5. Marina Gomieiro (19 de junho de 2023). «Demitida da Globo, Glória Pires estreou aos 8 anos na emissora». DCI. Consultado em 29 de agosto de 2023 
  6. James Cimino (19 de janeiro de 2013). «Censura mandou autora mudar "Selva de Pedra" no meio por enxergar bigamia na trama». UOL Televisão. Consultado em 18 de agosto de 2019 
  7. Thell de Castro (1 de março de 2015). «Em 1972, Selva de Pedra foi vista em 100% das TVs, mas recebeu críticas». Notícias da TV. Consultado em 16 de novembro de 2021 
  8. «Novelas inéditas já deixaram de ser exibidas na TV Globo em outras ocasiões». Extra Online. Consultado em 5 de dezembro de 2022 
  9. Patrícia Kogut (25 de janeiro de 2013). «'Selva de pedra' sai em DVD e mostra que 1972 não está tão longe». O Globo. Consultado em 16 de dezembro de 2015 
  10. Xavier, Nilson. «Selva de Pedra (1986)». Teledramaturgia. Consultado em 12 de abril de 2024