O Egito Antigo foi uma civilização da Antiguidade oriental do Norte de África, concentrada ao longo do curso inferior do rio Nilo, no que é hoje o país moderno do Egito, tendo sido uma das primeiras grandes civilizações da Antiguidade. Manteve durante a sua existência uma continuidade nas suas formas políticas, artísticas, literárias e religiosas, explicável em parte devido aos condicionalismos geográficos, embora as influências culturais e contactos com o estrangeiro tenham sido também uma realidade.
A civilização egípcia se aglutinou em torno de 3 100 a.C. com a unificação política do Alto e Baixo Egito, sob o primeiro faraó (Narmer), e se desenvolveu ao longo dos três milênios seguintes. Sua história desenvolveu-se ao longo de três grandes reinos marcados pela estabilidade política, prosperidade económica e florescimento artístico, separados por períodos de relativa instabilidade conhecidos como Períodos Intermediários. O Antigo Egito atingiu o seu auge durante o Império Novo(ca. 1550–1070 a.C.), uma era cosmopolita durante a qual, graças às campanhas militares do faraó Tutemés III, o Egito dominou, uma extensa área, tendo após esta fase entrado em um período de lento declínio. O Egito foi conquistado por uma sucessão de potências estrangeiras neste período final. O governo dos faraós terminou oficialmente em 31 a.C., quando o Egito caiu sob o domínio do Império Romano e se tornou uma província romana, após a derrota da rainha Cleópatra VII na Batalha de Áccio.
O sucesso da antiga civilização egípcia deve-se em parte à sua capacidade de se adaptar às condições do Vale do Nilo. A inundação previsível e a irrigação controlada do vale fértil produziam colheitas excedentárias, o que alimentou o desenvolvimento social e cultural. Com recursos excedentários, o governo patrocinou a exploração mineral do vale e nas regiões do deserto ao redor, o desenvolvimento inicial de um sistema de escrita independente, a organização de construções coletivas e projetos de agricultura, o comércio com regiões vizinhas, e campanhas militares para derrotar os inimigos estrangeiros e afirmar o domínio egípcio. Motivar e organizar estas atividades foi uma tarefa burocrática dos escribas de elite, dos líderes religiosos, e dos administradores sob o controle de um faraó que garantiu a cooperação e a unidade do povo egípcio, no âmbito de um elaborado sistema de crenças religiosas.
O Tratado Egípcio-Hitita, usualmente designado por Tratado de Kadesh ou Tratado de Qadesh, foi um tratado de paz celebrado entre o faraóegípcioRamessés II e o rei hititaHatusil IIIc.1 259 a.C., que marcou o fim oficial das negociações entre as duas grandes potências do Médio Oriente da altura, que se seguiram aos conflitos armados de grandes proporções que culminaram na célebre batalha de Kadesh, travada 16 anos antes. O acordo tinha como objetivo o estabelecimento de relações pacíficas entre as duas partes.
É o acordo diplomático e tratado de paz mais antigo que se conhece no Médio Oriente e é frequentemente apontado como o mais antigo do mundo, embora isso não corresponda à realidade. Porém, é o tratado mais antigo do mundo que sobreviveu até aos nossos dias. A designação muito comum de Tratado de Kadesh está relacionada com a batalha homónima, mas os historiadores modernos consideram que aquela batalha não foi o catalisador da tentativa de paz, pois as relações entre os hititas e os egípcios continuaram a ser de inimigos durante muitos anos após aquele confronto.
Os termos do tratado foram escritos numa tabuleta de prata que foi oferecida a Ramessés II por diplomatas hititas e que foi perdida. O texto conhece-se pelas cópias contemporâneas existentes em paredes de templos egípcios em escrita hieroglífica e em tabuletas de barro no Império Hitita (atualmente território da Turquia). Um exemplar completo do tratado, atualmente em exposição no Museu Arqueológico de Istambul, foi descoberto em escavaçõesarqueológicas nos grandes arquivos do palácio real da capital hitita, Hatusa. Os escribas que escreveram a versão egípcia do tratado que se encontra gravada nas paredes do templo mortuário de Ramessés II em Tebas, no Egito (atual Luxor), incluíram descrições de figuras e selos que constavam da tabuleta de prata hitita. (leia mais...)
A economia do Antigo Egito era baseada na agricultura,no entanto, outras atividades como pecuária, caça, pesca, artesanato, comércio e extração mineral também foram importantes.
Todas as terras do país pertenciam a Faraó, que fazia a organização de todo trabalho agrícola.
Antiga religião egípcia (ou mitologia egípcia) é o nome dado à religião praticada no antigo Egito desde o período pré-dinástico, a cerca de 3.000 anos a.C. até o surgimento do cristianismo.