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Picramniaceae

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Descrição Geral

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Picramniaceae
Alvaradoa amorphoides
Classificação científica e
Reino: Plantae
Clado: Tracheophyta
Clado: Angiospermae
Clado: Eudicots
Clado: Rosídeas
Ordem: Picramniales
Doweld[1]
Família: Picramniaceae
Fernando & Quinn[1]
Genera

Picramniaceae é uma pequena família de plantas com flor, sendo a única da ordem Picramniales. São sobretudo plantas endémicas das regiões neotropicais (América do Sul, América Central e Antilhas), desde o Sul do México até ao Norte da Argentina.

A família é composta por 50 espécies distribuídas por quatro géneros,Alvaradoa, Nothotalisia[2], Picramnia e Aenigmanu[3].

A classificação de angiospérmicas, sistema APG III[4] distingue-a como uma ordem pertencente às malvídeas, um dos três grupos que compõem as rosídeas.

São pequenas árvores ou arbustos, de folhas alternas e compostas e seus representantes são abundantes em metabólitos secundários. Algumas de suas espécies são consideradas importantes devido sua aplicação farmacêutica.

No género Picramnia o fruto é uma baga, possuindo 2 a 3 carpelos férteis e os óvulos têm uma posição terminal e sã pendulares. Em Alvaradoa, o fruto é uma sâmara, com apenas um carpelo fértil, tendo os óvulos uma posição basal e erectos.[5]

Diversidade Taxonômica[6]

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Reino - Plantae

    Filo - Tracheophyta

        Classe - Magnoliopsida

            Ordem - Picramniales

                Família - Picramniaceae

                   Gêneros -  Alvaradoa Liebm

                                     Nothotalisia W.Thomas

                                       Picramnia Sw.

                                       Aenigmanu alvareziae

Para o sistema APG II, de 2003, a divergência desta família situava-se na base das rosídeas. Nesse sistema era composta por 46 espécies repartidas em 2 géneros:

Quando dividida em dois géneros, 41 espécies são do género Picramnia e 5 espécies do género Alvaradoa.

A família pode ser tratada como tendo duas subfamílias distintas, Picraminioideae e Alvaradooideae, devido a diferenças nos órgãos reprodutores.

Caracterizam-se como baixas árvores ou arbustos. Suas folhas são alternas, espiraladas, imparipinadas (apresentam número ímpar de folíolos), e sem estípulas. Seus folíolos são alternos ou sub opostos, peciolados ou sésseis, pode ocorrer de os folíolos basais possuírem modificações morfológicas como pseudo-estípulas. Sua inflorescência é terminal, ou então, eventualmente lateral, podendo ser de pendente a ereta, o que é raro. Seu racemo pode ser pouco ou bastante ramificado, as suas flores usualmente se apresentam em glomérulos densos ou em multiflores. As suas flores são pequenas, unissexuadas, diclamídeas (apresenta cálice e corola), ou então, monoclamídeas (apresenta apenas sépalas ou pétalas), actinomorfas, vão desde trímeras (3 pétalas) à hexameras (6 pétalas). Compreende sépalas que são unidas na base (gamopétalas) e persistentes no fruto, valvares ou imbricadas, além disso, suas pétalas são livres e alternas com as sépalas, inclusas ou exsertas, e imbricadas, eventualmente ausentes. Possui estames em quantidade igual ao número de sépalas, livres e opostos às pétalas, exibem anteras bitecas e longitudinais, pólen tricolpado, e disco instrastaminal urceolado ou tri/penta-lobado. O seu gineceu é sincárpico, bicarpelar à pluricarpelar, e é simplificado a um pistilódio nas flores masculinas. Apresenta ovário súpero, bilocular à plurilocular, lóculos bi-ovulados, sua placentação pode ser apical ou basal, possui de 2-3 estiletes, os quais são curtos e recurvados e papilosos em sua superfície ventral. Os seus frutos são do tipo baga em Picramnia, bi à tricarpelar, óvulos terminais e pendulares; cápsula alada em Alvaradoa, unicarpelar, óvulos basais e eretos; e anfissarco em Nothotalisia, seus cálices e estiletes são persistentes. Possui de 1 à 4 sementes, as quais são plano-convexas ou elipsóides, normalmente são pêndulas, com uma testa membranácea e um escasso endosperma. Seus cotilédones são subiguais, e em Picramnia eles são soldados.

Em Nothotalisia destaca-se seus estames, os quais estão unidos em um androginóforo colunar com pistilódio no ápice, e nas flores femininas eles são simplificados à estaminódios ou então, ausentes. E além disso, seu disco instrastaminal é difuso nas flores femininas.

Relações Filogenéticas

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Picramniaceae é a única família do género Picramniales, pertencente ao grupo monofilético das rosídeas malvídeas, no qual é irmão de um clado que compreende (Sapindales (Huerteales (Malvales, Brassicales))).[7] [8]

Sapindales

Huertales

Malvales

Brassicales

Os membros deste grupo eram anteriormente colocados na família Simaroubaceae, devido a diferenças a nível dos frutos e a nível molecular, ou identificados de maneira incorrecta na família Sapindaceae, na ordem Sapindales.

A atual filogenia da família foi baseada em dados morfológicos e técnicas de DNA barcoding, como marcadores nucleares ITS e rbcL de cloroplastos, analisados utilizando utilizando os métodos de inferência bayesiana, máxima verossimilhança e máxima parcimônia. As relações inferidas recentemente entre os gêneros são compostas por 3 linhagens distintas: (Alvaradoa (Picramnia (Nothotalisia + Aenigmanu))).[9] Alvaradoa diverge dos gêneros restantes, que por sua vez são agrupados em duas linhagens, sendo Pricramnia grupo irmão de um clado contendo Nothotalisia e Aenigmanu.[9][8]

Alvaradoa

Picramnia

Nothotalisia

Aenigmanu

Lista de espécies Brasileiras[10]

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Dentro dos gêneros conhecidos dessa família, apenas 2 possuem espécies presentes no Brasil, são eles:

Gênero Picramnia, espécies

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  • Picramnia spruceana
  • Picramnia andrade-limae
  • Picramnia bahiensis
  • Picramnia campestris
  • Picramnia caracasana
  • Picramnia ciliata
  • Picramnia coccinea
  • Picramnia elliptica
  • Picramnia excelsa
  • Picramnia ferrea
  • Picramnia gardneri
  • Picramnia glazioviana
  • Picramnia grandfolia
  • Picramnia guianensis
  • Picramnia juniniana
  • Picramnia latifolia
  • Picramnia magnifolia
  • Picramnia oreadica
  • Picramnia parvifolia
  • Picramnia ramifolia
  • Picramnia sellowii
  • Nothotalisia peruviana

Dominios e estados de ocorrência no Brasil

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Distribuição geográfica

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Norte: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins

Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe

Centro-Oeste: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso

Sudeste: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo

Sul: Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina

Domínios Morfoclimáticos

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Ocorre principalmente em florestas. Espécies confirmadas nos seguintes domínios: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica.

Imagens da Planta

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Picramnia antidesma
Picramnia glazioviana

Referências

  1. a b Angiosperm Phylogeny Group (2009). «An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG III». Botanical Journal of the Linnean Society. 161 (2): 105–121. doi:10.1111/j.1095-8339.2009.00996.xAcessível livremente. Consultado em 6 de julho de 2013. Arquivado do original (PDF) em 25 de maio de 2017 
  2. Thomas WW (2011). Nothotalisia, a new genus of Picramniaceae from tropical America. Brittonia 63:51–61
  3. Thomas, William Wayt; Hensold, Nancy; Foster, Robin; Ree, Richard H.; Soares Neto, Raimundo Luciano (dezembro de 2021). «Aenigmanu , a new genus of Picramniaceae from Western Amazonia». TAXON (em inglês) (6): 1239–1247. ISSN 0040-0262. doi:10.1002/tax.12588. Consultado em 28 de março de 2023 
  4. Angiosperm Phylogeny Group (2009). An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG III. Botanical Journal of the Linnean Society 161: 105-121.
  5. Jon L.R. Every. «Neotropical Picramniaceae». Consultado em 16 de dezembro de 2012 
  6. «Picramniales». www.mobot.org. Consultado em 28 de março de 2023 
  7. Shipunov, Alexey; Carr, Shyla; Furniss, Spencer; Pay, Kyle; Pirani, José Rubens (fevereiro de 2020). «First Phylogeny of Bitterbush Family, Picramniaceae (Picramniales)». Plants (em inglês) (2). 284 páginas. ISSN 2223-7747. doi:10.3390/plants9020284. Consultado em 28 de março de 2023 
  8. a b «Picramniales». www.mobot.org. Consultado em 28 de março de 2023 
  9. a b Thomas, William Wayt; Hensold, Nancy; Foster, Robin; Ree, Richard H.; Soares Neto, Raimundo Luciano (6 de outubro de 2021). «Aenigmanu , a new genus of Picramniaceae from Western Amazonia». TAXON (6): 1239–1247. ISSN 0040-0262. doi:10.1002/tax.12588. Consultado em 28 de março de 2023  line feed character character in |título= at position 17 (ajuda)
  10. «Detalha Taxon Publico». floradobrasil.jbrj.gov.br. Consultado em 28 de março de 2023 

Ligações externas

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