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Orobanchaceae

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Orobanchaceae do grego, orobankon, a família das Orobancáceas[1] tem como autoridade descritiva Étienne Pierre Ventenat (1799), cuja abreviatura padrão é Vent. Possui representantes parasitas que matam seus hospedeiros.[2]

Esterhazya macrodonta - Orobanchaceae, Parque Nacional de Brasília - Distrito Federal - Brasil, 2009.[3]

Diversidade taxônomica

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaOrobanchaceae
Espécie: Euphrasia rostkoviana
Espécie: Euphrasia rostkoviana
Classificação científica
Reino: Chlorobionta
Divisão: Chlorophyta
Classe: Lamiidae
Ordem: Lamiales
Família: Orobanchaceae
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O Wikispecies tem informações sobre: Orobanchaceae

Orobanchaceae é uma família de plantas angiospérmicas (plantas com flor), pertencente à ordem Lamiales.[4]


Com uma distribuição Cosmopolita, a família possui 60 gêneros distribuídos em 1.700 espécies.

Em sua grande maioria tem folhas opostas, filotaxia alternas ou verticiladas, sem a presença de estípulas e com margem das folhas inteira ou serreadas. As inflorescências são racemosas: possuem flores vistosas, bissexuadas, zigomorfas, diclamídeas; o cálice é gamossépalo do tipo aberto ou imbricada; a corola é pentâmara, gamopétala, geralmente bilabiada, com prefloração imbricada; os estames são 4, com as anteras rimosas; o ovário é súpero unilocular ou bicarpelar e com uma placentação parietal ou bilocular. O fruto é do tipo cápsula deiscente.[5]

Relações filogenéticas

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A classificação mais recente para a ordem Lamiales (APG III)[6] inclui os grupos taxonômicos das asterídeas, dicotiledóneas, além das Scrophulariales. Anteriormente, a família incluia exclusivamente indivíduos holoparasitas do gênero Orobanche e alguns outros gêneros relacionados. Atualmente, análises de filogenia molecular contribuíram muito para o entendimento das relações filogenéticas de Orobanchaceae, resultando na expansão da família, que hoje inclui todos os hemiparasitas e alguns holoparasitas que pertenciam Scrophulariaceae, como Lindenbergia, gênero que possui 15 espécies e é o único com representantes autotróficos.[7] Recentemente, Rehmannia, que inclui dois gêneros não parasitas e era considerado grupo irmão de Orobanchaceae, se fundiu ao grupo. Alguns gêneros que pertencem a Orobanchaceae são: Castilleja, com cerca de 200 espécies; Pedicularis, com 800 espécies; Agalinis, contendo, por sua vez, 95 espécies. Membros totalmente parasitas de Orobanchaceae incluem: Orobanche, com 150 espécies, e Epifagus, que contém apenas uma espécie: E. virginiana.[8]

Lista de espécies brasileiras

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Para o Brasil temos o registro de 10 gêneros, sendo eles: Agalinis, Bartsia, Buchnera, Castilleja,  Escobedia, Esterhazya, Malesma, Nothochilus, Parentucellia e Physocalyx totalizando 50 espécies em todos domínios fitogeográficos.[5]

São ervas ou arbustos, lianas, raramente árvores, perenes ou anuais com estilos de vidas parasitas (hemiparasitas ou holoparasitas).[5]

  • Agalinis angustifolia (Mart.) D’Arcy
  • Agalinis bandeirensis Barringer
  • Agalinis brachyphylla (Cham. & Schltdl.) D’Arcy
  • Agalinis communis (Cham. & Schltdl.) D’Arcy
  • Agalinis genistifolia (Cham. & Schltdl.) D’Arcy
  • Agalinis glandulosa (G.M. Barroso) V.C.Souza
  • Agalinis hispidula (Mart.) D’Arcy
  • Agalinis itambensis V.C.Souza & S.I.Elias
  • Agalinis linarioides Cham. & Schltdl.) D’Arcy
  • Agalinis linarioides Cham. & Schltdl.) D’Arcy
  • Agalinis nana S.I.Elias & V.C.Souza
  • Agalinis ramosissima (Benth.) D’Arcy
  • Agalinis ramulifera Barringer
  • Agalinis schwackeana (Diels) V.C.Souza & Giul.
  • Bartisia trixago L.
  • Buchnera amethystina Cham. & Schltdl.
  • Buchnera carajasensis Scatigna & N.Mota
  • Buchnera integrifolia Larrañaga
  • Buchnera jungea Cham. & Schltdl.
  • Buchnera lavadulacea Cham. & Schltdl.
  • Buchnera longifolia Kunth
  • Buchnera nordestina Scatigna
  • Buchnera palustris (Aubl.) Spreng
  • Buchnera rosea Kunth
  • Buchnera tacianae V.C.Souza
  • Buchnera tenuissima Philcox
  • Buchnera ternifolia Kunth
  • Castilleja arvensis Schltdl. & Cham.
  • Escobedia grandiflora (L.f.) Kuntze
  • Esterhazya pendida J.C. Mikan.
  • Malesma melampyroides (Rich.) Pennell
  • Melasma rhinanthoides (Cham.) Benth.
  • Melasma stricta (Benth.) Hassl
  • Nothochilus coccineus Radlk
  • Parentucellia viscosa (L). Caruel.
  • Physocalyx aurantiacus Pohl.
  • Physocalyx major Mart.
  • Physocalyx scaberrima Philcox.
  • 1.700 espécies
  • 60 gêneros
  • Rehmannieae
  • Lindenbergieae
  • Cymbarieae
  • Orobancheae
  • Brandisia
  • Pedicularidae
  • Rhinantheae
  • Buchnereae
  • Caprariaceae
  • Globulariaceae
  • Hebenstretiaceae
  • Oftiaceae
  • Verbascaceae

Domínios e estados de ocorrência

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Sua distribuição geográfica está em todo território brasileiro, tendo como ocorrência as regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e o Sul.[5]

Domínios fitogeográficos

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Há registro em todos domínios fitogeográficos, principalmente em fitofisionomias não florestais, como áreas antropizadas, fitofisionomias de Cerrado e afloramentos rochosos.[5]

Distribuição geográfica

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Mundial, com exceção da Antártica. Encontrada principalmente nas regiões de clima temperado da Eurásia, América do Norte, América do Sul, Austrália, Nova Zelândia e África.

Distribuição geográfica da família Orobanchaceae, 2022

Importância econômica

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As espécies do gênero Striga apresentam um grande problema econômico em plantações da América Latina e Central, no Oeste e Leste da África, e até de algumas regiões da Ásia.[9] No Brasil, foi observado parasitando principalmente monocultura de milho e arroz.[10]

  1. Rennó, Lair Remusat (1963). Pequeno Dicionário Etimológico das Famílias Botânicas. Minas Gerais, Brasil.: Editora: Universidade de Minas Gerais. p. 127 
  2. Lóra, Gerdaff (2017). «O nome das famílias botânicas». Curvelo Flora e Fauna. Consultado em 4 de Maio de 2022 
  3. Medeiros, João (2009). «Esterhazya macrodonta - OROBANCHACEAE Parque Nacional de Brasília - Distrito Federal - Brasil.». Wikipédia imagens - Flickr 
  4. Reveal, J. L. «A phylogenetic classification of the land plants to accompany APG III. Botanical Journal of the linnean Society, v. 161, n. 2, p. 122-127, 2009.» 
  5. a b c d e Souza, V, C. «Flora do Brasil, Orobanchaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2015.». floradobrasil.jbrj.gov.br. Consultado em 3 de maio de 2022 
  6. CHASE, MARK W.; REVEAL, JAMES L. (outubro de 2009). «A phylogenetic classification of the land plants to accompany APG III». Botanical Journal of the Linnean Society (2): 122–127. ISSN 0024-4074. doi:10.1111/j.1095-8339.2009.01002.x. Consultado em 4 de maio de 2022 
  7. Li, Xi. «Phylogenetic Relationships in Orobanchaceae Inferred From Low-Copy Nuclear Genes: Consolidation of Major Clades and Identification of a Novel Position of the Non-photosynthetic Orobanche Clade Sister to All Other Parasitic Orobanchaceae.». Frontiers in plant science. Consultado em 22 de março de 2022 
  8. Bennett, Jonathan R.; Mathews, Sarah (julho de 2006). «Phylogeny of the parasitic plant family Orobanchaceae inferred from phytochrome A». American Journal of Botany (7): 1039–1051. ISSN 0002-9122. doi:10.3732/ajb.93.7.1039. Consultado em 4 de maio de 2022 
  9. Parker, Chris (junho de 2012). «Parasitic Weeds: A World Challenge». Weed Science (2): 269–276. ISSN 0043-1745. doi:10.1614/ws-d-11-00068.1. Consultado em 4 de maio de 2022 
  10. Victoria Filho, R.; Carvalho, J.B. (junho de 1981). «Controle de plantas daninhas na cultura do arroz de sequeiro (Oryza sativa L.)». Planta Daninha (1): 11–16. ISSN 0100-8358. doi:10.1590/s0100-83581981000100003. Consultado em 4 de maio de 2022 
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