Marco Aurélio Cota Máximo Messalino
Marco Aurélio Cota Máximo Messalino | |
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Cônsul do Império Romano | |
Consulado | 20 d.C. |
Marco Aurélio Cota Máximo Messalino (em latim: Marcus Aurelius Cotta Maximus Messalinus) foi um senador romano da gente Aurélia eleito cônsul em 20 com Marco Valério Messala Barbato.[1] Era filho de Marco Valério Messala Corvino, cônsul em 31 a.C. e conhecido patrono da literatura romana.[2][3]
Ancestrais e família
[editar | editar código-fonte]Máximo nasceu e foi criado em Roma. Sua data de nascimento é desconhecida, mas é posterior a 24 a.C., possivelmente 14 a.C.[4] Das obras do poeta Ovídio[5] depreende-se que sua mãe era uma nobre romana chamada Aurélia Cota, o que também é suportado pelo fato de Máximo ter sido adotado pela gente Aurélia apesar de ter nascido na gente Valéria.[6]
Seu nome de nascimento é desconhecido e ele é conhecido apenas por seu nome pós-adoção. De um casamento anterior de seu pai, Máximo tinha três meio-irmãos mais velhos, Valéria Messalina, casada com o senador Tito Estacílio Tauro, cônsul em 11, outra irmã chamada Valéria, que se casou com Marco Lólio,[7] cônsul em 21 a.C., e Marco Valério Messala Messalino, cônsul em 3 a.C.[3] Através da primeira Valéria, Máximo era parente da imperatriz Estacília Messalina, a terceira esposa de Nero; através da segunda, era tio-avô da imperatriz Lólia Paulina,[8] a terceira esposa de Calígula.
Relação com Ovídio
[editar | editar código-fonte]Máximo era amigo[9] e patrono do poeta Ovídio, que endereçou a ele várias de suas cartas.[4] Os dois estavam juntos em 8 quando chegou a notícia do banimento de Ovídio.[10] Máximo ajudou material e psicologicamente o amigo durante o exílio.[10] Apesar da amizade de Máximo com Augusto não tenha tido influência no seu banimento, Ovídio acreditou, até pelo menos 11, que Máximo poderia ter intercedido junto ao imperador para ajudá-lo.[1]
Carreira
[editar | editar código-fonte]Máximo foi um político proeminente durante todo o reinado de Tibério[9] e permaneceu amigo dele até pelo menos 32.[1] Depois do julgamento e da execução de Marco Escribônio Libão Druso em 16, Máximo propôs no Senado Romano que a estátua dele deveria ser excluída de futuras procissões funerais de seus descendentes.[11][1]
Segundo uma inscrição de 25 ou 26 encontrada em Éfeso, em algum momento depois de seu consulado (em 20), Máximo foi nomeado procônsul da Ásia.[6][12]
Em 32, Tibério defendeu Máximo quando ele foi processado por ter acusado Calígula de homossexualismo, de ter zombado de um banquete realizado em homenagem à finada mãe do imperador como tendo sido "uma festa funerária" e por ter se gabado da proteção de Tibério quando foi processado.[4]
Reputação
[editar | editar código-fonte]Máximo foi condenado por Tácito por seu estilo de vida extravagante, por seu comportamento vergonhoso e sua subserviência.[13] Plínio o descreve como um glutão extravagante.[14] Juvenal o descreve apenas como um patrono das artes.[15] Um liberto de Máximo, Marco Aurélio Zósimo, foi enterrado na Via Ápia com sua esposa, Aurélia Saturnia[16] e seu epitáfio é uma as raras inscrições funerárias romanas a expressar a relação entre patrono e liberto em termos poéticos:[9]
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” |
Família
[editar | editar código-fonte]Marco Valério Messala Corvino, cônsul em 58, pode ter sido seu filho.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Cônsul do Império Romano | ||
Precedido por: Marco Júnio Silano Torquato com Lúcio Norbano Balbo |
Marco Valério Messala Barbato 20 |
Sucedido por: Tibério IV com Druso Júlio César II |
Referências
- ↑ a b c d Pettinger, The Republic in Danger: Drusus Libo and the Succession of Tiberius, p. 39
- ↑ Syme, R., Augustan Aristocracy, p. 230f.
- ↑ a b Veleio Patérculo, Compêndio da História Romana, p. 127
- ↑ a b c «Ovid: Poems from Exile» (em inglês). Poetry in Translation
- ↑ Ovídio, EIV.XVI:1-52
- ↑ a b Skidmore, Practical Ethics for Roman Gentlemen: The Works of Valerius Maximus, p. 116
- ↑ D.C. O’Driscoll. «Genealogy of M. Lollius» (em inglês)
- ↑ Tácito, Anais II,10
- ↑ a b c Gardner, The Roman Household: A Sourcebook, p. 40
- ↑ a b Pettinger, The Republic in Danger: Drusus Libo and the Succession of Tiberius, p.38-9
- ↑ Tácito, Anais II. 27-52
- ↑ «Inscrição grega de Marco Aurélio Cota Máximo Messalino» (em inglês)
- ↑ Tácito, Anais 6.5-6.7
- ↑ Plínio, História Natural 10.52
- ↑ Juvenal, Sátiras 5.109, 7.94
- ↑ Gardner, The Roman Household: A Sourcebook, pp. 40-1
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Gardner, J.F.; Wiedemann, T. (2013). The Roman Household: A Sourcebook (em inglês). [S.l.]: Routledge
- Pettinger, A. (2012). The Republic in Danger: Drusus Libo and the Succession of Tiberius (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press
- Skidmore, C. (1996). Practical Ethics for Roman Gentlemen: The Works of Valerius Maximus (em inglês). [S.l.]: University of Exeter Press
- Veleio Patérculo (2011). Yardley, J.C.; Barrett, A.A., eds. The Roman History (em inglês). [S.l.]: Hackett Publishing