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Luis Manuel Fernández de Portocarrero

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Luis Manuel Fernandez de Portocarrero-Bocanegra y Moscoso-Osorio
Cardeal da Santa Igreja Romana
Arcebispo de Toledo
Luis Manuel Fernández de Portocarrero
Atividade eclesiástica
Diocese Toledo
Nomeação 20 de dezembro de 1677
Predecessor Pascual de Aragón-Córdoba-Cardona e Fernández de Córdoba
Sucessor Antonio Ibáñez de la Riva Herrera
Mandato 1677 - 1709
Ordenação e nomeação
Nomeação episcopal 20 de dezembro de 1677
Ordenação episcopal 16 de janeiro de 1678
por Dom Giacomo Palafox y Cardona
Nomeado arcebispo 20 de dezembro de 1677
Cardinalato
Criação 5 de agosto de 1669 (in pectore)
29 de novembro de 1669 (Publicado)

por Papa Clemente IX
Ordem Cardeal-presbítero (1670-1698)
Cardeal-bispo (1698-1709)
Título Santa Sabina (1670-1698)
Palestrina (1698-1709)
Brasão
Dados pessoais
Nascimento Palma del Río
8 de janeiro de 1635
Morte Toledo
14 de setembro de 1709 (74 anos)
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Luis Manuel Fernandez de Portocarrero-Bocanegra y Moscoso-Osorio (Palma del Río, 8 de janeiro de 1635 - Toledo, 14 de setembro de 1709), foi um eclesiástico, nobre e político espanhol.[1]

Segundo filho do marquês de Almenara, foi nomeado cardeal em 1669, vice-rei da Sicília em 1677, arcebispo de Toledo e conselheiro de Estado durante o reinado de Carlos II. Foi um personagem com uma grande influência na política da Coroa espanhola, dada sua posição privilegiada dentro da corte da época.

Nomeado vice-rei da Sicília, posteriormente voltou à Espanha para ocupar-se dos assuntos de governo em Madri. Exerceu uma importante influência na época do rei Carlos II. Enfrentou nos últimos anos daquele rei o problema sucessório, já que o rei após ter contraído matrimônio por duas vezes não havia podido escolher um herdeiro que continuaria a dinastia dos Habsburgo espanhóis. Portocarrero, ao dar-se conta da impossibilidade de que chegara ao mundo o tão esperado herdeiro a causa dos problemas de saúde do monarca se posicionou a favor do testamento que dava a José Fernando da Baviera o trono espanhol, devido o precipitado falecimento deste quando era um menino cambiar de opinião e decantar-se por um neto de Luís XIV, Filipe, o duque de Anjou, que seria conhecido mais tarde como Filipe V e que reinaria na Espanha durante 46 anos sendo o primeiro monarca na Espanha da casa real da Dinastia de Bourbon, oriunda da França.

Portocarrero tomou esta decisão de apoiar o candidato francês já que acreditava que este era o único modo de salvaguardar a integridade territorial espanhola, aliando-se com o homem mais poderoso na Europa do século XVII, Luís XIV, o Rei Sol.

Ao morrer Carlos II em novembro de 1700, se desatou um grave conflito bélico em todo o continente entre Filipe e o candidato austríaco, o arquiduque Carlos de Habsburgo que defendia seus direitos à Coroa espanhola alegando seu parentesco com a Família Real.

Esta guerra, conhecida como a Guerra de Sucessão Espanhola, acabou com o Tratado de Utrecht, reconhecendo a Filipe como legítimo rei, renunciando este a sua vez a Milão, Nápoles, Sardenha e aos Países Baixos Espanhóis que passariam às mãos do arquiduque Carlos, convertido em imperador do Sacro Império Romano-Germânico (como Carlos VI) após a morte de seu pai, o imperador Leopoldo I, e de seu irmão mais velho, José I.

Nesse momento e antes de produzir-se a introdução do duque de Anjou, este decidiu enviar o arcebispo à Toledo para mantê-lo informado das intrigas políticas da corte. Portocarrero, irritado, se sentiu pouco valorizado e recompensado pela ajuda que havia prestado ao novo monarca e se rebelou contra ele, e começou a apoiar as tropas austríacas. Filipe V, já no poder, o expulsou da corte para Toledo, onde morreu em 1709.

Referências

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