Jaja
Jaja ou Gaga (Kaka)[1] foi a primeira capital do Império de Bornu logo após o estabelecimento do Estado pelos sefauas no século XIV com sua expulsão de Canem.
História
[editar | editar código-fonte]Nos anos 1380, a corte sefaua de Anjimi, então capital do Império de Canem, migrou à Jaja devido a guerra com os bulalas,[2] e ela tornar-se-ia o novo centro político. É incerta sua localização exata, mas se sabe que estava na região de Bornu. Os maís (reis), entretanto, por estarem em contante atrito com a população local, logo tiveram que abandonar Jaja e mudaram de capital constantemente até que, em 1472, estabeleceram-se permanentemente em Birni Gazargamo.[3]
De acordo com Ibne Saíde Almagribi, antes de tornar-se capital, foi sede de um reino ao qual cidades e vilas estavam subordinadas. Ele descreveu-a como fértil e rica em coisas boas à vida e afirmou que havia pavões, papagaios, girafas, galinhas salpicadas e ovelhas malhadas do tamanho de pequenos burros, mas diferentes daquelas do mundo árabe.[4] É possível que ela estivesse nas imediações do rio Iobe[5] e desde a década de 1960 propôs-se que que possa estar no sítio de Garumelé, no Níger.[6][7]
Referências
- ↑ Hamani 2007, p. 57.
- ↑ Loimeier 2013, p. 85.
- ↑ DeCorse 2016, p. 103.
- ↑ DeCorse 2016, p. 104.
- ↑ DeCorse 2016, p. 110.
- ↑ DeCorse 2016, p. 106.
- ↑ Gronenborn 2013, p. 848.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- DeCorse, Christopher (2016). West Africa During the Atlantic Slave Trade: Archaeological Perspectives. Londres: Bloomsbury Publishing
- Gronenborn, Detlef (2013). «States and trade in the central Sahel». In: Mitchell, Peter; Lane, Paul. The Oxford Handbook of African Archaeology. Oxford: Oxford University Press
- Hamani, Djibo (2007). L'Islam au Soudan Central: Histoire de l'Islam au Niger du VIIe au XIXe siècle. Paris: L'Harmattan
- Loimeier, Roman (2013). Muslim Societies in Africa: A Historical Anthropology. Bloomington e Indianópolis: Indiana University Press