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Jaçanã (Rio Grande do Norte)

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Jaçanã
  Município do Brasil  
Hino
Gentílico jaçanãense
Localização
Localização de Jaçanã no Rio Grande do Norte
Localização de Jaçanã no Rio Grande do Norte
Localização de Jaçanã no Rio Grande do Norte
Jaçanã está localizado em: Brasil
Jaçanã
Localização de Jaçanã no Brasil
Mapa
Mapa de Jaçanã
Coordenadas 6° 25′ 33″ S, 36° 12′ 18″ O
País Brasil
Unidade federativa Rio Grande do Norte
Municípios limítrofes Coronel Ezequiel (N); São Bento do Trairí (L); Picuí PB, Nova Floresta PB e Cuité PB (S)
Distância até a capital 160 km
História
Fundação 26 de março de 1963 (61 anos)
Administração
Prefeito(a) Uady Antônio de Farias (PSDB, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 54,561 km²
População total (IBGE/2010[2]) 7 925 hab.
Densidade 145,3 hab./km²
Clima Quente e semiúmido
Altitude 724 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,604 médio
PIB (IBGE/2019[4]) R$ 69 031,04 mil
PIB per capita (IBGE/2019[4]) R$ 7 558,42
Sítio jacana.rn.gov.br (Prefeitura)
jacana.rn.leg.br (Câmara)

Jaçanã é um município brasileiro no estado do Rio Grande do Norte, distante 150 quilômetros de capital do estado. Destaca-se como a 4ª cidade mais alta do estado do Rio Grande do Norte, estando exatos 100 metros mais alta que o município vizinho de Coronel Ezequiel. Jaçanã é também a cidade de maior altitude das cidades que compõem a serra de Cuité.

Tudo começou no final do século XIX, já adentrando ao século XX. No interior do Rio Grande do Norte, fazendo fronteira com a Paraíba, uma belíssima serra fulgurava o que brevemente se transformaria numa agradável e encantadora cidade. Fugindo da seca que assolava o sertão, nativos e retirantes encantados com o verde exuberante da serra, começaram a habitar o local. Um ponto estratégico daquela serra, denominado de Sítio Flores, havia sido herdado por colonos paraibanos e despertava o interesse de tropeiros que acabaram comprando terras ali. Entre os quais estavam: Fortunato de Medeiros, Manoel Fernandes, Vicente Ferreira e Francisco de Paula. Entre 1946 e 1951, o Sítio Flores já era um pequeno povoado, e passou ser chamado de “Povoado Flores”.

Na época, a localidade contava com o respaldo de políticos influentes da região, principalmente os deputados Theodorico Bezerra e Jácio Fiúza ambos contribuíram significativamente para o progresso local. Oficialmente em novembro de 1953, o povoado tornou-se Vila do Distrito de Santa Cruz. Nos anos seguintes a localidade só progrediu e em 26 de março de 1963 o lugarejo foi emancipado, tornando-se de fato um município, recebendo o nome oficial de "Jaçanã". Os antigos moradores explicam que o nome “Jaçanã” provem da grande quantidade de pássaros de mesmo nome que habitavam as lagoas da região. Acredita-se que o político Theodorico Bezerra, que viabilizou o processo da emancipação, adorava colocar nome de aves nas cidades que emancipava.[5]

Com uma área de apenas 54,561 km², dos quais 1,014 km² de área urbana,[6] o território de Jaçanã corresponde a 0,1033% da superfície estadual. Na atual divisão territorial vigente desde 2017,[7] Jaçanã pertence à região imediata de Santa Cruz, dentro região intermediária de Natal;[8] até então, quando vigoravam em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião da Borborema Potiguar, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Agreste Potiguar.[9] Está a 160 km da capital do estado, Natal.[10] Limita-se a sul com Nova Floresta, Cuité e Picuí, este último também a oeste, todos na Paraíba, e a norte e leste com Coronel Ezequiel.

Jaçanã se situa no platô da Serra de Cuité,[11] um contraforte do Planalto da Borborema nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, que apresenta em sua constituição sedimentos da Formação Serra do Martins assentados sob as rochas do embasamento cristalino, datadas do período Pré-Cambriano, entre um bilhão e 2,5 bilhões de anos atrás.[12] Predomina o latossolo do tipo vermelho-amarelo, poroso, de fertilidade média e bastante drenado, apresentando textura formada tanto por areia quanto por argila,[12] ocorrendo também áreas de solos litólicos,[13] denominação antiga dos neossolos.[14] A vegetação desses solos é de pequeno porte, típica do bioma da Caatinga, cujas folhas desaparecem na estação seca.[12]

Inserido no clima semiárido, Jaçanã possui todo o seu território nos domínios da bacia hidrográfica do rio Trairi, sendo cortado pelos riachos da Areia, da Cachoeira, do Camelo, da Conceição, da Gruta, do Rangel e da União, todos intermitentes ou temporários, isto é, correm somente na estação das chuvas,[15] que ocorre no período de março a julho.[11] Desde julho de 2004, quando teve início o monitoramento pluviométrico da cidade, o maior acumulado em 24 horas foi registrado no dia 5 de fevereiro de 2019, com 171 mm, seguido por 157,8 mm em 1° de março de 2020 e 120 mm em 31 de março de 2016.[16]

Dados climatológicos para Jaçanã (2004-2020)[16]
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Precipitação (mm) 69,3 88,2 148,1 129,8 92 61,2 48 20,6 8,1 2,5 5,5 16,3 689,6

Educação e ciência

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A Escola Estadual Professora Terezinha Carolino de Souza de fato destaca-se como o mais importante centro de educação do município sendo está importante desde o final dos anos 90, quando foi uma das últimas escolas a oferecer o já extinto curso de magistério, tendo sua última turma sido formada em 2003 e desta forma formado muito educadores da educação básica que hoje estão em exercício pela região. A escola ganhou destaque nacional quando no ano de 2013 sobre direção do professor Oton Mario figurou entre as 5 melhores escolas públicas do país[17].

Jaçanã também chama atenção por ser o berço de muitos jovens que começam a se dedicar a ciências como pesquisadores e professores universitários principalmente na área das ciências exatas e tecnológicas dentre os quais.

O professor do Instituto Federal do Ceará no Campus Tianguá, José Adeilson Medeiros do Nascimento o mesmo é Doutor em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba e atua no ensino e na pesquisa nos seguintes tópicos: Agronomia, Ciências dos Solos[18]. Tendo um currículo extenso com muitas publicações científicas figura com o mais importante pesquisador de Jaçanã.

A Química e Mestre em Ciência e Engenharia do Petróleo e atualmente estudante/pesquisadora de doutorado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte Maria do Socorro Bezerra da Silva atua com pesquisa nas área da Engenharia Química, atuado também como coordenadora voluntária na área de Química no Programa Vestibular Solidário - PVS na UFCG - CES[19].

O matemático e professor universitário José de Brito Silva atualmente professor na Faculdade Maurício de Nassau - Campina Grande, Brito é mestre em Matemática pela Universidade Federal de Campina Grande e atua no ensino e pesquisa na área do Cálculo Diferencial e Integral[20].

O irmão do professor José de Brito, o físico José Luciano de Brito Silva é estudante/pesquisador de mestrado na Universidade Federal de Campina Grande onde desenvolve pesquisa na área de nanotecnologia[21].

A química Gerlanea Silva de Oliveira é atualmente estudante/pesquisadora no mestrado em Ciências e Engenharia dos Materiais na Universidade Federal do Rio Grande do Norte[22].

Referências

  1. IBGE. «Brasil | Rio Grande do Norte | Jaçanã». Consultado em 4 de março de 2022 
  2. IBGE (29 de novembro de 2010). «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2010). «IDHM Municípios 2010». Atlas do Desenvolvimento Humano. Consultado em 4 de setembro de 2013. Cópia arquivada em 28 de dezembro de 2016 
  4. a b IBGE (2019). «Brasil | Rio Grande do Norte | Jaçanã | Produto Interno Bruto dos Municípios». Consultado em 4 de março de 2022 
  5. Setor de TI da prefeitura de Jaçanã (14 de fevereiro de 2012). «Conheça Jaçanã». Prefeitura de Jaçanã. Consultado em 24 de abril de 2015 
  6. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) (2015). «Áreas Urbanas no Brasil em 2015». Consultado em 4 de março de 2022 
  7. IBGE (2017). «Divisão Regional do Brasil». Consultado em 29 de março de 2019. Cópia arquivada em 19 de setembro de 2017 
  8. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 29 de março de 2019 
  9. IBGE (2016). «Divisão Territorial Brasileira 2016». Consultado em 29 de março de 2019 
  10. IDEMA - Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (2020). «Anuário estatístico do Rio Grande do Norte». Consultado em 3 de março de 2022 
  11. a b NASCIMENTO, 2011, p. 730.[1]
  12. a b c IDEMA (2008). «Perfil do seu município: Jaçanã» (PDF). Consultado em 4 de março de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 5 de março de 2022 
  13. EMBRAPA. «Mapa Exploratório-Reconhecimento de solos do município de Jaçanã, RN» (PDF). Consultado em 4 de março de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 5 de março de 2022 
  14. JACOMINE, 2008, p. 178.[2]
  15. BELTRÃO et al, 2005, p. 178.[3]
  16. a b Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN). «Relatório pluviométrico». Consultado em 4 de março de 2022 
  17. InterTV Cabugi (31 de outubro de 2013). «Destaque na Educação». G1.com. Consultado em 29 de abril de 2015 
  18. CNPq (3 de abril de 2015). «Curriculo de Adeilson». Consultado em 29 de abril de 2015 
  19. CNPq (3 de dezembro de 2014). «Curriculo Socorro». Consultado em 29 de abril de 2015 
  20. CNPq (13 de dezembro de 2014). «Curriculo Brito». Consultado em 29 de abril de 2015 
  21. CNPq (2 de março de 2015). «Curriculo Luciano». Consultado em 29 de abril de 2015 
  22. CNPq (14 de novembro de 2012). «Curriculo de Gerlanea». Consultado em 29 de abril de 2015 
BELTRÃO, B. A. et al. Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea, estado do Rio Grande do Norte: diagnóstico do município de Jaçanã. Recife: CPRM/PRODEEM, 2005.
JACOMINE, P. K. T. A nova classificação brasileira de solos. Anais da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, v. 5, p. 161-179. Recife: 2008.
NASCIMENTO, J. A. M. et al. Estado nutricional de maracujazeiro-amarelo irrigado com água salina e adubação organomineral. Revista Brasileira de Fruticultura: Jaboticabal (SP) v. 33, p. 729-735, 2011.


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