Internacional Socialista
Logo da Internacional Socialista | |
Países com membros da Internacional Socialista
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Tipo | Organização internacional política |
Fundação | 3 de junho de 1951 (73 anos) |
Estado legal | Ativo |
Sede | Londres, Inglaterra, Reino Unido |
Presidente | Pedro Sánchez |
Organização de origem | Internacional Operária e Socialista |
Sítio oficial | www |
Parte da série sobre política |
Partido político |
---|
Espectro político |
extrema-esquerda/esquerda radical · esquerda · centro-esquerda · centro · centro-direita · direita · extrema-direita/direita radical |
Plataforma eleitoral |
extremismo · reformismo · sincretismo · conservadorismo · reacionarismo · fundamentalismo |
Sistema partidário |
partido dominante · multipartidário · antipartidário · unipartidário · bipartidário · coligação |
Correntes |
Partido comunista · Partido Humanista · Partido Pirata · Partido Trabalhista · Partidos Verdes |
Listas |
Partidos por país · Geoesquema da ONU |
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A Internacional Socialista (IS) é uma organização internacional que busca a divulgação e implementação do socialismo democrático através da união de partidos políticos social-democratas, socialistas e trabalhistas. Foi fundada em 1951 com a denominação Internacional Operária e Socialista e atualmente possui 160 partidos de mais de 100 países do globo, sendo uma das maiores organizações partidárias em atividade.
O chileno Luis Ayala é o secretário-geral, e o ex-primeiro-ministro grego George Papandreou é o presidente da organização. Entre os vice-presidentes estão o português Carlos César e o brasileiro Carlos Lupi.[1][2]
História
[editar | editar código-fonte]A Segunda Internacional, que foi formada em 1889 e dissolvida em vésperas da Primeira Guerra Mundial em 1914 e a Internacional Trabalhista e Socialista, que se dissolveu em 1940, com a ascensão do nazismo e fascismo, do início da Segunda Guerra Mundial, foram constituídas por alguns dos mesmos partidos que mais tarde iriam formar a Internacional Socialista, diferente da Comunista. Entre as ações mais famosas da Segunda Internacional foi a sua declaração em 1889 de 1 de maio como Dia Internacional dos Trabalhadores e sua declaração em 1910 de 8 de Março como Dia Internacional da Mulher.Trotsky, durante a Primeira Guerra Mundial, achava que aquele momento era revolucionário, pois mesmo naquele país com poucos operários havia a possibilidade de engatar uma revolução mundial mediante a universalização do capitalismo.[3] Esta linha de raciocínio ao se posicionar contra a guerra por esta razão levaria a uma divisão da Internacional Socialista[4] levando segundo o Gorender o fracasso das revoluções socialistas nos países em que os partidos de esquerda dominantes apoiaram o esforço bélico.[5]
Enquanto a Segunda Internacional foi dividida pela eclosão da Primeira Guerra Mundial em forma de esqueleto, sobrevivendo através da Comissão Internacional Socialista. A Internacional foi reformada em 1923 (como a Internacional Trabalhista e Socialista), e foi novamente reconstituída, na sua forma atual, após a Segunda Guerra Mundial (durante a qual muitos partidos social-democratas e socialistas tinham sido suprimidos na Europa ocupada pelos nazistas).
Durante o período pós-Segunda Guerra Mundial, a SI ajudou partidos social-democratas a restabelecer-se quando a ditadura deu lugar a democracia em Portugal (1974) e Espanha (1975). Até o seu Congresso de Genebra em 1976, a Internacional Socialista tinha poucos membros fora da Europa e um envolvimento informal com a América Latina.[6] Em 1980, a maioria dos partidos da IS deu seu apoio aos sandinistas da Nicarágua (FSLN), cujo governo de esquerda havia incitado inimizade com os Estados Unidos, devido ao comunismo e a chamada "Guerra Fria".
Desde então, a IS tem admitido como partidos-membros não somente a FSLN, mas também o Partido da Independência de Porto Rico de centro-esquerda, bem como ex-partidos comunistas, como o italiano Democratas de Esquerda (Democratici di Sinistra (DS)) e a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO). Após a Revolução de Jasmim em 2011 na Tunísia, a Assembléia Constitucional Democrática foi expulso da IS.[7] Mais tarde naquele mês, o Partido Nacional Democrático egípcio, também foi expulso.[8] Como resultado da Crise na Costa do Marfim de 2010–2011, a Frente Popular Marfinense foi expulsa, em março.[9] No entanto, de acordo com o ponto 5.1.3 dos estatutos da Internacional Socialista, uma expulsão exige uma decisão do Congresso por uma maioria de dois terços.[10]
O Partido Socialista Europeu, um partido político europeu ativo no Parlamento Europeu, é uma organização associada da Internacional Socialista.
Uma dissidência da Internacional Socialista, formou a atual Aliança Progressista (em inglês: Progressive Alliance), fundada em 22 de Maio de 2013.
O atual secretário-geral da Internacional Socialista é Luis Ayala (Chile), que ocupa o cargo desde 1989.
Relações com a América Latina
[editar | editar código-fonte]Durante muito tempo, a internacional socialista permaneceu distante da América Latina, considerando a região como zona de influência dos Estados Unidos. Por exemplo, não denuncia o golpe de Estado contra o presidente socialista Jacobo Arbenz, na Guatemala, em 1954, nem a invasão da República Dominicana pelos Estados Unidos, em 1964. Não foi antes do golpe de Estado no Chile, em 1973, que descobrimos "um mundo que não conhecíamos", explica Antoine Blanca, diplomata do PS francês. Segundo ele, a solidariedade com a esquerda chilena foi "o primeiro desafio digno do nome, em relação a Washington, de uma Internacional que, até então, tinha feito tudo para parecer sujeita à estratégia americana e à OTAN". Posteriormente, notadamente sob a liderança de François Mitterrand, a SI apoia os sandinistas na Nicarágua e os movimentos armados em El Salvador, Guatemala e Honduras em sua luta contra as ditaduras apoiadas pelos EUA.[11]
Nos anos 1990, juntaram-se-lhe partidos não socialistas que tomaram nota do poder económico dos países europeus governados ou a serem governados pelos seus parceiros transatlânticos e calcularam os benefícios que daí poderiam retirar. Durante este período, "a internacional socialista trabalha de forma clientelista; alguns partidos vêm aqui para esfregar ombros com os europeus como se estivessem na classe alta", diz Porfirio Muñoz Ledo, um dos representantes do Partido da Revolução Democrática Mexicano no SI. Segundo O Mundo Diplomático, é o lar da "muito centrista União Cívica Radical Argentina (UCR); do Partido Revolucionário Institucional Mexicano (PRI), que não esteve muito democraticamente no poder durante setenta anos; do Partido Liberal Colombiano - sob cujos governos foi exterminada a União Patriótica de esquerda (1986-1990) - introduziu o modelo neoliberal (1990-1994) e ao qual, até 2002, Alvaro Uribe pertencerá. Na década seguinte, muitos partidos de esquerda que chegaram ao poder (no Brasil, Venezuela, Bolívia, Equador e El Salvador) preferiram manter sua distância do IS.[11]
Membros da Internacional Socialista
[editar | editar código-fonte]Partidos-membros plenos
[editar | editar código-fonte]Os partidos que são membros oficiais da IS são os seguintes[12]:
Partidos consultivos
[editar | editar código-fonte]Os partidos que são membros consultivos da IS são os seguintes[12]:
Partidos observadores
[editar | editar código-fonte]Os partidos que são membros observadores da IS são os seguintes[12]:
País | Partido | Sigla | Ano de
adesão |
---|---|---|---|
Essuatíni | Partido Democrático da Suazilândia | SWADEPA | 2014 |
Irão | Partido Komala do Curdistão Iraniano | KPIK | 2014 |
Partido Komala do Curdistão | KPK | 2014 | |
Kosovo | Vetëvendosje | 2018 | |
Lesoto | Congresso pela Democracia no Lesoto | LCD | 2014 |
Quênia | Partido Trabalhista do Quénia | 2012 | |
Reino Unido | Partido Trabalhista | 1951 | |
Sérvia | Partido Social-Democrata da Sérvia | SDPS | 2018 |
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Socialist International - Presidium». Consultado em 4 de outubro de 2014
- ↑ «Internacional Socialista elege Carlos Lupi como vice-presidente». Época. 14 de março de 2017. Consultado em 19 de setembro de 2021
- ↑ Leon Trotsky. The Third International after Lenin. Londres: New Park, 1974, p. 3
- ↑ LENIN, V. I.. Collected Works. Moscou: Foreign Languages/Progress, 1963-1966. v. 21, p. 213-214
- ↑ GORENDER, Jacob. Marxismo sem utopia. São Paulo, Ática, 1999. p.41
- ↑ The Dictionary of Contemporary Politics of South America, Routledge, 1989
- ↑ «SI decision on Tunisia». Socialist International. doi:17 January 2011 Verifique
|doi=
(ajuda). Consultado em 19 de janeiro de 2011.A decisão foi tomada pelo presidente em conjunto com o Secretário-Geral, em conformidade com os estatutos da Internacional Socialista, para que cesse a adesão da Assembléia Constitucional Democrática (ACD) da Tunísia. Esta decisão, em circunstâncias extraordinárias, reflete os valores e princípios que definem o nosso movimento e da posição da Internacional sobre a evolução naquele país.
- ↑ Ayala, Luis (31 de janeiro de 2011). «Letter sent to the National Democratic Party of Egypt regarding the situation in that country and their membership in the Socialist International.» (PDF). Socialist International. Consultado em 6 de fevereiro de 2011.
... consideramos que um partido no governo que não ouve, que não se move e que não inicia imediatamente um processo de mudanças significativas em tais circunstâncias, não pode ser um membro da Internacional Socialista. Estamos, a partir de hoje, deixando os membros do PND, no entanto, permanecem determinados a cooperar com todos os democratas no Egito se esforçando para conseguir um Estado aberto, inclusivo, democrático e laico.
- ↑ SI Presidium addresses situation in Côte d'Ivoire
- ↑ «SI Statutes». Socialist International. doi:5 February 2011 Verifique
|doi=
(ajuda). Consultado em 5 de fevereiro de 2011.Decisões de expulsão de partidos e organizações da sociedade só pode ser tomada pelo Congresso por uma maioria de dois terços dos partidos votantes.
- ↑ a b «Internationale socialiste ou les Pieds Nickelés en Amérique latine». O Mundo Diplomático. 1 de janeiro de 2012. Consultado em 21 de maio de 2019
- ↑ a b c «Internacional Socialista - Políticas Progresistas Para un Mundo Más Justo». www.internacionalsocialista.org. Consultado em 11 de setembro de 2017
- ↑ «Full list of member parties and organisations». Socialist International (em inglês). Consultado em 19 de setembro de 2021