Exército do Chile
Exército do Chile | |
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Ejército de Chile | |
Brasão do Exército do Chile. | |
País | Chile |
Fidelidade | Governo do Chile |
Corporação | Forças Armadas do Chile |
Missão | Guerra terrestre |
Ramo | Exército |
Aniversários | Dia das Glórias do Exército Chileno, 19 de setembro |
Patrono | Nossa Senhora do Carmo |
Marcha | Los viejos estandartes |
Lema | Siempre vencedor, jamás vencido (Sempre vencedor, jamais vencido) |
Cores | Feldgrau Azul da Prússia Branco |
História | |
Guerras/batalhas | Independência do Chile Guerra do Pacífico |
Méritos em batalha | Batalha de Arica |
Logística | |
Efetivo | 45.000 |
Comando | |
Comandante | Gal. Javier Iturriaga del Campo |
Comandantes notáveis |
Bernardo O'Higgins José de San Martín Augusto Pinochet |
Página oficial | Ejército de Chile |
O Exército do Chile (em castelhano: Ejército de Chile) é o ramo terrestre das Forças Armadas do Chile, o qual contribui mantendo a integridade territorial e a soberania nacional. Seu lema é Sempre vencedor, jamais vencido e seu comandante-em-chefe é o general-de-exército Javier Iturriaga del Campo.
Nos últimos anos e após vários programas de modernização, o exército chileno tornou-se um dos mais e avançados tecnologicamente e profissionais da América[1].
Missão
[editar | editar código-fonte]Ao exército do Chile cabe a defesa do território nacional diante de qualquer ameaça proveniente do exterior. Participa também, segundo a constituição da República do Chile, na manutenção da ordem pública em estados de exceções constitucionais e em eleições.
No âmbito internacional, participa ativamente sob as determinações das Nações Unidas, de acordo com a política externa e de defesa do Chile. É membro da Junta Interamericana de Defesa[2], está representado no Colégio Interamericano de Defesa e cumpre um papel ativo na Conferência dos Exércitos Americanos.
Os militares do quadro permanente são formado na Escola de Suboficiais e seus oficiais na Escola Militar do Libertador Bernardo O'Higgins.
Guerras
[editar | editar código-fonte]- Guerra do Arauco (1536-1883), sem uma vitória ou derrota absoluta do grupo mapuche ou espanhol.
- Guerra de Independência do Chile (1813-1818), vitória patriota e independência do Chile.
- Expedição Libertadora do Peru (1820), vitória do exército dos Andes.
- Revolução de 1829, concluída com a Batalha de Lircay e a derrota dos liberais.
- Guerra contra a Confederação Peru-Boliviana (1836-1839), vitória do exército chileno e dissolução da confederação.
- Ocupação da Araucanía (1861-1883), ocupação e anexação de territórios mapuches ao Estado do Chile.
- Guerra do Pacífico (1879-1883), vitória das Forças Armadas do Chile, anexação de territórios peruanos e bolivianos.
- Guerra Civil de 1891, culmina com a derrota das forças leais ao presidente.
Das seis guerras ou conflitos bélicos em que participou, sem jamais ser derrotado provém o lema "sempre vencedor, jamais vencido". Fato questionado por alguns historiadores, já que na Guerra Civil de 1891, o exército se manteve leal ao presidente José Manuel Balmaceda, e sua formação principal foi derrotada pela armada chilena sob as ordens do congresso contra o poder executivo.
História
[editar | editar código-fonte]Período pré-hispânico
[editar | editar código-fonte]O período pré-hispânico do Chile está marcado pela presença do povo Mapuche no centro e no centro-sul do país. Este povo de caráter guerreiro foi um dos poucos que se mantiveram firmes diante do Império Inca e posteriormente dos conquistadores espanhóis. Entre seus líderes e chefes militares destacou-se Lautaro, estrategista militar que projetou várias táticas guerrilha, fortificações e armas, que acabaram por impedir o avanço dos conquistadores espanhóis no sul do rio Biobío. Posteriormente esta fronteira tática foi o limite reconhecido pelo reino espanhol, admitindo os direitos do povo mapuche sobre aquela área.
Período hispânico
[editar | editar código-fonte]Principalmente devido a Guerra do Arauco e por sugestão do governador Alonso de Ribera, capitão-general que havia lutado na Guerra dos Oitenta Anos, foi criado um exército permanente no Chile mediante uma ordem real em janeiro de 1603, fazendo dele o primeiro exército permanente da América Hispânica[3].
Durante seu governo, Alonso de Ribera aumentou a capacidade profissional e combativa das tropas além de fundar indústrias básicas para o abastecimento do pessoal militar.
Período independente
[editar | editar código-fonte]Foi criado por ordem da Primeira Junta Nacional de Governo do Chile o primeiro exército nacional em 2 de dezembro de 1810, tendo como base o exército do Reino do Chile, e participou de forma ativa na guerra de independência. Nesse período destacam-se José Miguel Carrera, seu primeiro comandante-em-chefe e Bernardo O'Higgins, primeiro governante do Chile independente.
Durante o período de organização da república foi reorganizada a Academia Militar, fundada por O'Higgins em 1817, e em 1839 o jovem exército enfrentaria um novo desafio, o conflito com a Confederação Peru-Boliviana, comandada pelo marechal boliviano Andrés de Santa Cruz, derrotado pelo general chileno Manuel Bulnes na Batalha de Yungay.
Prussianização
[editar | editar código-fonte]Por seu sucesso militar durante as Guerras Napoleônicas até 1812 ou por alguma outra razão, o exército do Chile, assim como muitos dos exércitos do ocidente, seguiu a organização, tradição e uniformes franceses do período de Napoleão III. Nota-se a semelhança dos uniformes dos exércitos chilenos, peruanos e bolivianos durante a Guerra do Pacífico. A derrota da França na Guerra franco-prussiana pôs fim a essa influência.
A derrota francesa (1870) fez mudar o padrão do exército chileno que passou a seguir o modelo prussiano, o que explica seus uniformes, disciplina, marcha e semelhanças com a cultura militar prussiana. A decisão de adotar tal modelo foi do presidente Domingo Santa Maria contratando Emilio Körner, dada a sua experiência como docente na Escola de engenharia e artilharia de Charlottenburg, deixando-o como responsável pelo treinamento do exército. Durante esse período de modernização, denominado prussianização, foi profissionalizada a formação de oficiais com a criação da Academia de Guerra e a modernização dos planos de estudos da escola militar. Nesse período também foi instaurado o serviço militar obrigatório. Em 1899 foi iniciada a utilização do Pickelhaube, o capacete prussiano com ponta, e desde 1905 foi adotado o uniforme baseado no modelo alemão.
Organização territorial
[editar | editar código-fonte]Divisões
[editar | editar código-fonte]- Iª Divisão. Regiões II e III com quartel-general em Antofagasta.
- Vª Divisão. Região XII com quartel-general em Punta Arenas.
- Brigada de Aviação. Seu quartel-general se encontra em Rancagua.
- Comando de Operações Terrestres. Seu quartel-general se encontra em Concepción.
- Brigada de Operações Especiais “Lautaro” (BOE) Seu quartel-general se encontra em Peldehue.
Processo de modernização
[editar | editar código-fonte]Em seu processo de modernização, o exército do Chile criou cinco grande unidades de blindados com uma força principal de tanques Leopard 2 A4[4].
- Cada unidade estará composta por[5]
- 6 helicópteros
- 2 NASAMS II
- 5 M1097 Avenger
- 15 M163 VADS
- 12 Gepard
- 47 Marder 1A3
- 50 Leopard 2 A4
- 40 HMMWV
- 12 M-109A5
- 28 YPR-765 AIFV
- 13 M548-A1
- 150 M113
Hino
[editar | editar código-fonte]A marcha Los viejos estandartes foi inspirada no retorno do general Manuel Baquedano à cidade de Valparaíso em 1881. A letra foi composta por Jorge Inostroza e a música por Willy Bascuñán. Junto com este hino, em cerimônias oficiais, foi utilizado durante décadas o Hino Yungay.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ The Library of US Congress
- ↑ Junta Interamericana de Defesa - História do Comando
- ↑ «Exército do Chile - História - Ejército del Reino de Chile». Consultado em 13 de outubro de 2007. Arquivado do original em 19 de dezembro de 2008
- ↑ EMOL
- ↑ EMOL