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Elaeocarpaceae

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaElaeocarpaceae
Ocorrência: Santonianorecente[1]
Erro de expressão: Operador < inesperadoErro de expressão: Operador < inesperado
Classificação científica
Reino: Plantae
(sem classif.) eudicotiledóneas nucleares
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
(sem classif.) fabídeas
Ordem: Oxalidales
Família: Elaeocarpaceae
Juss. ex DC.[2]
Géneros
Sinónimos
Tetratheca pilosa (um arbusto ericoide).

Elaeocarpaceae é uma família de plantas com flor, pertencente à ordem Oxalidales, que agrupa cerca de 615 espécies de árvores e arbustos, maioritariamente plantas perenifólias, repartidos por 12 géneros.[3][4] Os maiores géneros são Elaeocarpus, com cerca de 350 espécies, e Sloanea, com cerca de 150 espécies. A maior parte das espécies ocorre nas regiões de clima tropical e subtropical, com algumas espécies nas regiões de clima temperado, ocorrendo em Madagáscar, no Sueste Asiático, na Austrália, na Nova Zelândia, Caraíbas e América do Sul.

Os membros desta família são maioritariamente árvores ou arbustos, nalguns casos arbustos ericoides com folhas escamiformes. São espécies hermafroditas (dióicas) que geralmente apresentam flores agrupadas em inflorescências.

A maioria das espécies desta família são plantas hermafroditas, perenifólias e lenhosas, maioritariamente árvores a arbustos, raramente caméfitos ou plantas herbáceas. Algumas espécies são arbustos ericoides. As folhas são simples, de filotaxia alterna ou oposta, de inserção espiralada (como em Tetratheca), estipuladas, com tricomas simples. Em algumas espécies, o pecíolo é engrossado. As lâminas foliares ficam com coloração vermelho intenso ou laranja, raramente amarelas, quando envelhecem. Em algumas espécies, as folhas são reduzidas a escamas. As margens das folhas são frequentemente serrilhadas ou serradas, raramente quase lisas. As estípulas são pequenas.

Inflorescências cimosas ou racemosas, flores actinomorfas; sépalas valvadas, livres ou apenas unidas; pétalas 1–5 ou ausentes, imbricadas ou valvadas; estames numerosos, livres, inseridos na superfície ou margem de um receptáculo largo, anteras basifixas, ditecas, com deiscência por um poro apical comum ou por 2 poros apicais ou por fendas laterais longitudinais; ovário súpero, composto, 3–5-locular, placentação axial, óvulos anátropos, o estilete inteiro ou apicalmente dividido, raras vezes em igual número que os lóculos.

Os frutos são geralmente cápsulas lenhosas, com ou sem espinhos, drupas, raramente bagas. Em espécies cujo fruto é uma cápsulas, as sementes são hirsutas. As sementess são de uma a várias por lóculo ou uma por fruto, com arilo por vezes presente.[5] São plantas ricas em alcaloides.[6]

Distribuição

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São plantas arbóreas ou arbustivas das regiões subtropicais e tropicais, com algumas espécies em regiões de clima temperado. A área de distribuição compreende o sudeste da Ásia, a Península Malaia e as ilhas próximas, o leste da Austrália, a Nova Zelândia, Madagáscar, as Caraíbas e o Chile.

Alguns frutos são localmente consumidos crus ou secos. Existem também aplicações médicas na medicina tradicional de alguns povos que habitam as regiões com maior presença desta família.[7]

Filogenia e sistemática

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Frutos de Aristotelia chilensis.
Frutos deiscentes de Crinodendron hookerianum.
Drupa azulada de Elaeocarpus grandis.
Drupas de Aristotelia peduncularis.
Ramo com frutos de Sloanea grandiflora.

Uma filogenia da família, baseada em sequências de DNAs foi publicada em 2006.[8]

A posição da família Elaeocarpaceae no contexto da filogenia da ordem Oxalidales, conforme determinada pelo Angiosperm Phylogeny Group, é a seguinte:

Malpighiales (grupo externo)

 Oxalidales 

Huaceae

Connaraceae

Oxalidaceae

Cunoniaceae

Brunelliaceae

Cephalotaceae

Elaeocarpaceae

Elaeocarpaceae é o grupo irmão do clado formado pelas famílias monogenéricas Brunelliaceae e Cephalotaceae.

A família Elaeocarpaceae foi proposta em 1816 por Antoine Laurent de Jussieu na obra de Augustin-Pyrame de Candolle intitulada Essai sur les Propriétés Médicales des Plantes, p. 87. O género tipo é Elaeocarpus L.[9] São sinónimos taxonómicos para Elaeocarpaceae Juss. ex DC. os seguintes: Aristoteliaceae Dum., Tetrathecaceae R.Br. e Tremandraceae R.Br. ex DC.[5][10]

Na sua presente circunscrição taxonómica, a família Elaeocarpaceae inclui 12 géneros[10] com cerca de 605 espécies:

  1. Stevens, Peter F. «Elaeocarpaceae». APWeb. Consultado em 4 de dezembro de 2013 
  2. Angiosperm Phylogeny Group (2009). «An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG III». Botanical Journal of the Linnean Society. 161 (2): 105–121. doi:10.1111/j.1095-8339.2009.00996.x. Consultado em 6 de julho de 2013 
  3. "Elaeocarpaceae" In: Klaus Kubitzki (ed.). The Families and Genera of Vascular Plants vol. VI. Springer-Verlag: Berlin;Heidelberg, Germany. (2004). ISBN 978-3-540-06512-8
  4. Christenhusz, M. J. M.; Byng, J. W. (2016). «The number of known plants species in the world and its annual increase». Phytotaxa. 261 (3): 201–217. doi:10.11646/phytotaxa.261.3.1 
  5. a b «Elaeocarpaceae». Tropicos.org. Missouri Botanical Garden: Flora de Nicaragua. Consultado em 17 de fevereiro de 2010 
  6. Katavic 2005: Alcaloides.
  7. Arten bei Plants of A Future.
  8. Darren M. Crayn, Maurizio Rossetto, and David J. Maynard. 2006. "Molecular phylogeny and dating reveals an Oligo-Miocene radiation of dry-adapted shrubs (former Tremandraceae) from rainforest tree progenitors (Elaeocarpaceae) in Australia". American Journal of Botany 93(9):1328-1342.
  9. [«Elaeocarpaceae». Tropicos. Missouri Botanical Garden. 42000100  Eintrag bei Tropicos.]
  10. a b «Elaeocarpaceae». Agricultural Research Service (ARS), United States Department of Agriculture (USDA). Germplasm Resources Information Network (GRIN) 
  • Fl. Guat. 24(6): 316–320. 1949; Fl. Pan. 52: 487–495. 1965.
  • Berendsohn, W.G., A. K. Gruber & J. A. Monterrosa Salomón. 2009. Nova Silva Cuscatlanica. Árboles nativos e introducidos de El Salvador. Parte 1: Angiospermae - Familias A a L. Englera 29(1): 1–438.
  • Idárraga-Piedrahita, A., R. D. C. Ortiz, R. Callejas Posada & M. Merello. (eds.) 2011. Fl. Antioquia: Cat. 2: 9–939. Universidad de Antioquia, Medellín.
  • Stevens, W. D., C. Ulloa Ulloa, A. Pool & O. M. Montiel Jarquín. 2001. Flora de Nicaragua. Monogr. Syst. Bot. Missouri Bot. Gard. 85: i–xlii,.
  • Die Familie der Elaeocarpaceae bei der APWebsite. (Abschnitt Beschreibung und Systematik)
  • Die Familie der Elaeocarpaceae bei DELTA – Families of flowering Plants von L. Watson & M. J. Dallwitz. (Abschnitt Beschreibung)
  • Ya Tang & Chamlong Phengklai: Elaeocarpaceae in der Flora of China, Volume 12, 2007, S. 223: Online. (Abschnitt Beschreibung und Systematik)
  • G. J. Harden: Elaeocarpaceae in der Flora of New South Wales: Online. (Abschnitt Beschreibung und Systematik)

Ligações externas

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