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Desastre do Douglas DC-7C prefixo PP-PDO do Voo da Amizade

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Desastre do Voo da Amizade
Desastre do Douglas DC-7C prefixo PP-PDO do Voo da Amizade
PP-PDO, a aeronave envolvida em 1956
Sumário
Data 1 de novembro de 1961 (63 anos)
Causa Colisão com o solo em voo controlado (CFIT)
Origem Portugal Aeroporto da Portela, Lisboa
Escala Aeródromo Internacional da Ilha do Sal,
Destino Brasil Aeroporto Internacional dos Guararapes, Recife
Passageiros 79
Tripulantes 9
Mortos 45
Feridos 43
Sobreviventes 43
Aeronave
Modelo Estados Unidos Douglas DC-7C
Operador Brasil Panair do Brasil
Prefixo PP-PDO
Primeiro voo 1955

O Desastre do Voo da Amizade foi um acidente aéreo ocorrido no dia 1 de novembro de 1961[1]. Nesta data, um Douglas DC-7 operado pela Panair do Brasil caiu nas proximidades do Aeroporto do Recife, deixando um saldo de 45 mortos e 43 feridos.[2][3]

Voo da Amizade

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Ver artigo principal: Voo da amizade

O Voo da Amizade era um serviço aéreo criado em 1960 através de um acordo operacional entre a Panair do Brasil e Transportes Aéreos Portugueses. Após o fim da Panair, o acordo foi retomado pela Varig e duraria até 1967. Esse seria o único acidente ocorrido nesse serviço durante os seus 7 anos de funcionamento.

O Douglas DC-7 foi o último quadrimotor a pistão fabricado pela Douglas. Lançado em 1953, teve sua produção encerrada prematuramente em 1958 com o advento da era a jato. A aeronave acidentada era do modelo DC-7C e foi fabricada em 1955, tendo recebido o número de série 44872/643[4]. Seria adqurida pela Panair do Brasil algum tempo depois, que a recebeu em 7 de abril de 1957, num lote total de 4 aeronaves que receberiam os prefixos PP-PDL, PP-PDM,PP-PDN e PP-PDO (que seria a aeronave destruída neste desastre)[5].

Indicador de Ângulo de Aproximação Visual Padrão (VASIS) da pista 35 do aerporto regional de Pensacola(KPNS).

O Douglas DC-7C prefixo PP-PDO decolaria do aeroporto de Lisboa (Portela) em torno das 16h00min (hora local) do dia 31 de outubro com destino ao Recife, fazendo escala 6 horas depois da decolagem no Aeródromo Internacional da Ilha do Sal, localizada na então província de Cabo Verde. Após decolar do Aeródromo do Sal, faria mais 6 horas de voo até ao Aeroporto Internacional dos Guararapes em Recife. Por volta das 02h00min da manhã (hora local), o PP-PDO informava a Torre de Controle do Aeroporto dos Guararapes que estava aguardando instruções para a aterrissagem. A torre orientou o pouso para a pista 15/33, com cerca de 2300 m. Durante a aproximação, a aeronave voava abaixo do teto mínimo de segurança e às 2h12min colidiu com a copa de uma árvore, a cerca de 2 km da cabeceira da pista 15, incendiando-se logo em seguida. No impacto morreriam 45 dos 88 ocupantes da aeronave.[2] Um renomado Comandante da PanAir na época, Hugo Tenan, com vinte mil horas de voo estava entre os tripulantes mortos sendo que pilotou de Lisboa à Cabo Verde e após sentou-se e permaneceu somente como membro da tripulação não operante de Cabo Verde ao Recife. Após a queda do DC-7C, Hugo Tenan teria sobrevivido ao impacto e ajudado no salvamento de outros sobreviventes e quando retornara à aeronave para conferir se havia e ajudar mais vítimas o Douglas DC-7C que já estava partido em dois pedaços, explodiu.

Consequências

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Durante as investigações foi constatado que a única luz vermelha que sinalizava obstáculo na cabeceira da pista 15 estava inoperante. A comissão investigadora atribuiu a causa do acidente a um erro do piloto, cujo fator determinante foi a falta de indicações de obstruções na cabeceira da pista durante aproximações noturnas e ou em condições de baixa visibilidade. Atualmente, os aeroportos contam com o Indicador de Ângulo de Aproximação Visual (do inglês VASIS Visual Approach Slope Indicator System), sistema que diminuiu os acidentes desse tipo.[2]

  • SILVA, Carlos Ari Cesar Germano da; O rastro da bruxa: história da aviação comercial brasileira no século XX através dos seus acidentes; Porto Alegre Editora EDIPUCRS, 2008, pp 267–268.

Referências

  1. Folha de S.Paulo (2 de novembro de 1961). «Explode em Recife avião com 84 pessoas a bordo». Ano XL, número 11831, páginas 1 e contra capa. Consultado em 21 de abril de 2012 
  2. a b c SILVA, Carlos Ari Cesar Germano da (2008). O rastro da bruxa: história da aviação comercial brasileira no século XX através dos seus acidentes. [S.l.]: EDIPUCRS. pp. 197–203. ISBN 978-85-7430-760-2 
  3. Jornal do Brasil (2 de novembro de 1961). «Morte interrompe voo da amizade 2 minutos antes do pouso». Ano LXXI, número 257- páginas 1 e 4. Consultado em 21 de abril de 2012 
  4. Aviation Safety Network. «Accidente description». Consultado em 21 de abril de 2012 
  5. Aviação comercial. «Frota - Panair do Brasil». Consultado em 21 de abril de 2012 

Ligações externas

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