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Conquista muçulmana da Pérsia

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Conquista muçulmana da Pérsia
Parte da Expansão islâmica
Data 633-644
Local Mesopotâmia, Cáucaso, Pérsia e Báctria
Desfecho Vitória do Califado Ortodoxo
Mudanças territoriais A Mesopotâmia e o Império Sassânida foram anexados pelos muçulmanos.
Beligerantes
Império Sassânida
Cristãos árabes
Império Bizantino
Goturcos
Califado Ortodoxo
Comandantes
Isdigerdes III
Canara
Rustã Farruquezade
Mabuzanes
Huzail ibne Imrane
Hormuz †
Anoses Gusdanaspes
Andarzagar
Bamanes
Perozes Cosroes
Jabanes †
Mirranes †
Hormuzanes
Merdasas
Vararanes
Içandir
Carinz ibne Carianz
Bamanes de Mardam
Jalino †
Beerzan
Abacar
Calide ibne Ualide
Mutana ibne Haris
Omar
Abu Ubaide
Sade ibne Abi Uacas
Zura ibne Aláuia
Haxim ibne Utba
Caca ibne Anre
Abu Muça Axaari
Amar ibne Iacir
Numane ibne Mucarrim
Hudeifa ibne Iamane
Mugera ibne Xuba
Osmã ibne Abi Alas
Acim ibne Anre
Anafe ibne Cais
Abedalá ibne Amir

A conquista muçulmana da Pérsia (em persa: حمله‌ی اعراب; romaniz.: hamle-ye a'râb; lit."o ataque dos árabes", ou ظهور اسلام, zohur-e eslâm, "a alvorada do islã") levou ao fim do Império Sassânida, em 644, à queda da dinastia sassânida, em 651, e ao posterior declínio da religião zoroástrica na região. Os árabes entraram no território sassânida pela primeira vez em 633, quando o general Calide ibne Ualide invadiu o que atualmente é o Iraque. Após a transferência de Calide ibne Ualide para a frente romana no Levante, os muçulmanos posteriormente perderam os seus territórios conquistados para os contra-ataques persas.

A segunda invasão começou em 636 sob Sade ibne Abi Uacas, quando uma vitória-chave na Batalha de Cadésia conduziu ao fim permanente do controle sassânida do oeste da Pérsia. As montanhas Zagros, em seguida, tornaram-se uma barreira natural e de fronteira entre o Califado Ortodoxo e o Império Sassânida. Devido aos contínuos ataques de persas na área, o califa Omar ordenou uma invasão ao Império Sassânida em 642, que foi concluída com a conquista completa em meados de 644. Após a rápida conquista da Pérsia em uma série de ataques bem coordenados em diversas frentes, conduzidos pelo califa Omar de Medina vários milhares de quilômetros dos campos de batalha na Pérsia tornaram-se o seu maior triunfo, contribuindo para a sua reputação de grande estrategista militar e político.[1]

Os historiadores iranianos utilizaram-se de fontes árabes para ilustrar sua teoria de que, "ao contrário do que alegam alguns historiadores, os iranianos lutaram, na realidade, contra os invasores árabes", indicando assim o desdém dos persas pela influência e cultura árabe.[2] Esta visão também sustenta que, uma vez conquistados, politicamente, os persas passaram a resistir aos árabes culturalmente, mantendo por exemplo o idioma e a cultura persa. Apesar disso, o islã foi adotado pela maioria da população, seja por motivos políticos ou socioculturais, e se tornou a religião dominante.[3][4]

Referências

  1. A.I. Akram, The Muslim Conquest of Persia, cap. 1. ISBN 978-0-19-597713-4, 9780195977134
  2. Milani Abbas. Lost Wisdom: Rethinking Modernity in Iran, Mage Publishers, p.15. 2004. ISBN 978-0-934211-90-1
  3. Mohammad Mohammadi Malayeri, Tarikh-i Farhang-i Iran ("História Cultural do Irã"). 4 volumes. Teerã, 1982.
  4. ʻAbd al-Ḥusayn Zarrīnʹkūb (2000). Dū qarn-i sukūt : sarguz̲asht-i ḥavādis̲ va awz̤āʻ-i tārīkhī dar dū qarn-i avval-i Islām ("Dois Séculos de Silêncio"). Teerã: Sukhan. OCLC 46632917, ISBN 964-5983-33-6 Erro de parâmetro em {{ISBN}}: soma de verificação 

Ligações externas

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