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Avaaz.org

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Avaaz)
Avaaz.org
Avaaz.org
Lema "O Mundo em Ação"
Tipo Organização não governamental
Fundação 2007[1]
Propósito ativismo virtual onde a comunidade de campanhas leva a voz da sociedade civil para a política global.
Sede Nova Iorque, EUA
Membros 45.000.000+[2]
Línguas oficiais 16 línguas
Diretor Executivo Ricken Patel
Fundador(a) Res Publica e MoveOn.org
Empregados 52 empregados[3] e vários voluntários
Sítio oficial avaaz.org

Avaaz.org (ou simplesmente Avaaz) é uma rede para mobilização social global através da Internet. Sua principal missão é mobilizar pessoas de todos os países para construir uma ponte entre o mundo em que vivemos e o ''mundo que a maioria das pessoas quer''. Fundada em 2007, conjuntamente pela Res Publica, um grupo de advocacia global da sociedade civil, e pelo MoveOn.org, um grupo de ativismo online dos Estados Unidos, que uniram suas experiências no campo jurídico e de ativismo online para formar o Avaaz.org. O site da avaaz.org é operado pela Fundação Avaaz, uma associação sem fins lucrativos.[4] Em 2012 foi criado um novo site de abaixo-assinados da Comunidade da Avaaz, que encoraja as pessoas a criarem suas próprias campanhas usando as ferramentas de abaixo-assinados online da Avaaz—o site permite que pessoas ao redor do mundo iniciem campanhas com âmbito local, nacional e internacional.[5]

Hoje, a Avaaz está presente em 16 línguas, possui mais de 45 milhões de membros espalhados por 194 países e coordena mobilizações em todo o mundo.[2] Os países com maiores números de membros são o Brasil, com mais de 10 milhões de membros e a França, com mais de 4 milhões de membros.[6]

Co-fundadores

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Grupos

Avaaz.org foi co-fundada pela Res Publica, uma "comunidade de profissionais do setor público dedicada a promover a boa governança, virtudes cívicas e a democracia deliberativa",[7] e pela MoveOn.org, um grupo de advocacia progressista sem fins lucrativos dos Estados Unidos.[8][9] Avaaz também teve o apoio da Service Employees International Union, parceiro na fundação, e da GetUp!, uma organização de campanhas sem fins lucrativos com base na Austrália.

Indivíduos

Os indivíduos que co-fundaram a Avaaz incluem Ricken Patel, Tom Pravda, ex-parlamentar do Estado americano da Virginia, Tom Perriello, Eli Pariser, diretor-executivo da MoveOn, David Madden, empreendedor progressista australiano, Jeremy Heimans (co-fundador da Purpose.com), e Andrea Woodhouse[8] O conselho da Avaaz é formado por Ricken Patel (presidente), Tom Pravda (secretário), Eli Pariser (presidente do conselho), e Ben Brandzel (tesoureiro).[10]

Liderança

O fundador-presidente da Avaaz, e diretor-executivo, é Ricken Patel, de origem canadense e britânica..[9] Ele é formado em PPE (Politics, Philosophy, Economics) na Balliol College, Oxford University, e possui um mestrado em Políticas Públicas pela Universidade de Harvard. Ele trabalhou para o International Crisis Group em vários lugares do planeta, incluindo Serra Leoa, Libéria, Sudão e Afeganistão, onde diz ter "aprendido a colocar forças rebeldes em uma roda de negociação, monitorar eleições, restaurar a fé da opinião pública em sistemas políticos corruptos e a identificar quando potências estrangeiras estão sendo manipuladas." Ele voltou para os EUA e se tornou voluntário da MoveOn.org, onde aprendeu a utilizar ferramentas digitais para o ativismo.[11]

Lista de assuntos abordados

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A Avaaz atua em assuntos como:

No âmbito destes temas gerais a Avaaz iniciou abaixo-assinados como: Brasil: uma solução para as drogas, Avaaz foi Atacada - Guerra Cibernética vs Poder Popular, entre outros.[2]

Campanhas realizadas

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As primeiras campanhas da Avaaz, no ano de 2007, incluíram esforços para apoiar ativistas pró-democracia em Mianmar, impedir a escalada militar no Iraque, e uma solução para o conflito em Israel-Palestina.

  • Em janeiro, a primeira campanha da Avaaz trouxe 87 mil "manifestantes virtuais" contra a escalada militar no Iraque em um protesto pacífico, em Washington, DC. O protesto foi paralelo ao lançamento de um novo plano para acabar com a guerra e preservar depósitos de petróleo do Iraque para o povo iraquiano.
  • Em março, membros se uniram em prol de uma solução justa e pacífica para o conflito entre Israel e Palestina. Em apoio a essa causa, a Avaaz fez um vídeo, Stop The Clash, que teve mais de 2,5 milhões de acessos, com nove diferentes versões linguísticas e foi eleito o vídeo do YouTube Político do Ano de 2007.
  • Em outubro, mais de 800 mil membros assinaram uma petição em apoio a monges e ativistas pró-democracia na Birmânia. A petição, entregue ao primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, pediu à China, ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e a outros parceiros importantes para se oporem à violenta repressão da junta birmanesa

Durante esse ano a comunidade da Avaaz fez campanhas para banir as bombas de fragmentação, trazer a democracia real para o Zimbabwe, fez campanhas inovadoras sobre o Tibete, entre outras.

  • Em março, depois que o presidente Robert Mugabe foi reeleito em eleições fraudulentas, 150.000 membros da Avaaz apelaram ao aliado-chave de Mugabe, o presidente Sul Africano, Thabo Mbeki, para pressionar Mugabe por uma reforma democrática real.
  • Em abril, depois de uma violenta repressão aos protestos e tumultos no Tibete, 1,5 milhão de membros da Avaaz pediram um diálogo significativo entre a China e o Dalai Lama. No mês seguinte, cerca de 2.000 membros usando camisteas com a frase "uma China" formaram uma corrente humana desde o Dalai Lama até a embaixada chinesa em Londres - um gesto concreto de boa vontade culminando em um protesto com um momento de silêncio pelas vítimas do terremoto em Sichuan.
  • Em maio, o sobrevivente de uma bomba de fragmentação, Branislav Kapetanovic, enviou um vídeo de apelo aos membros da Avaaz, que enviou 164.272 e-mails para os líderes do governo pedindo a proibição global dessas armas. Mais de 100 países assinaram um sólido tratado.

Durante 2009, membros da Avaaz divulgaram um enorme alerta sobre as questões climáticas, lutaram para proteger a Amazônia brasileira, ajudaram as vítimas do ciclone que atingiu Mianmar, proporcionaram segurança alimentar para o mundo em desenvolvimento e lançaram uma campanha publicitária em Washigton para fechar o centro de detenção de Guantanamo.

  • Com os preços dos alimentos subindo, o ministro das Relações Exteriores de Serra Leoa, Zainab Bangura, gravou um vídeo pedindo ajuda aos membros da Avaaz. Mais de 360.000 membros responderam e no encontro de emergência alimentar, em Roma, governos doadores prometeram bilhões em ajuda alimentar de emergência.
  • Quando o governo de Mianmar impediu os trabalhadores humanitários de fornecerem suprimentos de necessidade após o ciclone Nargis, 25.000 membros da Avaaz de 125 países doaram US$ 2 milhões para apoiar os esforços dos monges e socorrer as vítimas.
  • Em resposta a um projeto que significaria entregar uma grande parte da Amazônia brasileira ao agronegócio, os membros da Avaaz no Brasil fizeram 14.000 telefonemas e enviaram 30.000 mensagens on-line para o escritório do presidente Lula. O projeto foi derrotado.
  • Com milhares de doações de membros, a Avaaz lançou uma campanha publicitária em Washington para protestar contra a tortura e os maus-tratos contra os presos no centro de detenção de Guantanamo.
  • Em 21 de setembro de 2009, a Avaaz encenou uma "chamada de atenção global" para pressionar os líderes mundiais a tomar medidas sobre o clima.[12]
  • Em 12 de dezembro de 2009, a Avaaz organizou 3.241 vigílias à luz de velas em 139 países, mais uma vez para pressionar os participantes da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2009 para chegar a um acordo real, United Nations Climate Change Conference 2009 to reach a "Real Deal",[13] e publicou anúncios no jornal Financial Times para chamar os líderes mundiais para "financiar a luta para salvar o mundo".[14]

Em 2010, a Avaaz fez campanhas para defender os oceanos, proteger a liberdade de expressão na Itália, entregar ajuda para as vítimas do terremoto no Haiti e das enchentes no Paquistão, combater a legislação antigay em Uganda, lutar contra a corrupção no Brasil e parar com o "estupro corretivo" na África do Sul.

  • Em janeiro, um terremoto devastador atingiu o Haiti. Milhares de membros contribuíram com mais de US$ 1,3 milhão para o socorro e a recuperação do local, direcionando os recursos para grupos locais com alimentos e remédios. Meses depois, em agosto, quando as enchentes atingiram o Paquistão, membros arrecadaram quase US$ 1 milhão, que foi dado diretamente aos parceiros locais.
  • Em julho, 340 mil membros italianos ajudaram a parar a Legge Bavaglio, ou "lei da mordaça", destinada a silenciar editores e jornalistas.
  • Também em julho, os membros da Avaaz se uniram por um projeto de lei anticorrupção no Brasil, conhecida como Ficha Limpa. Foi a maior campanha online na história do Brasil até aquele momento, culminando com uma petição de 2 milhões de assinaturas.
  • Em dezembro, mais de um milhão de pessoas de todos os países da UE participaram na Iniciativa dos Cidadãos da Europa - um processo que permite que pessoas apresentem petições oficiais exigindo uma resposta. Membros da Avaaz pediram um congelamento imediato dos alimentos geneticamente modificados que entram na UE.
  • Em abril, 450 mil membros assinaram uma petição para o presidente do Parlamento de Uganda condenando um projeto de lei que poderia ter sentenciado ugandenses gays à morte.
  • À frente das negociações de paz, a Avaaz fez campanha contra a construção de assentamentos israelenses e pediu por uma solução justa de dois Estados.

Em 2011 a comunidade da Avaaz trabalhou para acabar com a corrupção na Índia, incentivar hotéis a proteger as mulheres da escravidão sexual, apoiar a revolução pró-democracia que varre o mundo árabe, desafiar o império da mídia de Rupert Murdoch, e muito mais.

  • Mais de 317.000 membros da Avaaz advertiram o CEO do Hilton que, a menos que ele parasse de fazer vistas grossas para o tráfico sexual em hotéis, a Avaaz publicaria contundentes anúncios em sua cidade natal. O Hilton então concordou em treinar todos os seus 180.000 funcionários internacionais a identificar e prevenir a escravidão sexual.
  • Solidariedade com o povo do Egito: uma petição online lançada em janeiro de 2011 para expressar solidariedade ao povo do Egito durante os protestos em 2011, em que o povo egípcio tentou remover pacificamente o regime ditatorial do presidente Hosni Mubarak, a fim de estabelecer a democracia [15].
  • Apelamos para os delegados do Conselho de Segurança das Nações Unidas, chanceleres europeus, e o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança a impor ações específicas para impedir e punir a violência contra civis na Guerra Civil da Líbia em 2011 [16] para criar uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia.[17]
  • Petição para o primeiro-ministro da Índia, em apoio a Anna Hazare, que começou um jejum para instar o governo a aprovar uma lei rigorosa contra a corrupção.[18]
  • Como parte de sua campanha contra o império de Rupert Murdoch, membros da Avaaz realizaram 1.000.000 ações online, fizeram milhares de telefonemas, enviaram 250.000 mensagens para consultas oficiais, patraocinaram três pesquisas nacionais sobre a necessidade de regras mais fortes de mídia. No Inquérito Leveson, o secretário de Cultura, Jeremy Hunt, confirmou que as intervenções da Avaaz retardaram significativamente a sua decisão sobre a aquisição da BSkyB no verão passado, quando 40 mil cartas de membros da Avaaz inundaram sua consulta em abril.

Em 2012, a Avaaz trabalhou para se proteger contra ataques à liberdade na Internet, proteger o poder de escolha para as mulheres hondurenhas, angariar apoio para o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis antes da Rio+20, e trabalhou para quebrar o blackout da mídia na Síria.

  • Trabalhando com outras organizações, como DemandProgress, 3 milhões de membros em todo o mundo assinaram uma petição se opondo ao SOPA, um projeto de lei que poderia ter dado ao governo dos EUA o direito de tirar sites como o YouTube e o WikiLeaks do ar. Os esforços de colaboração destes grupos eliminaram a proposta.
  • Em fevereiro, quase três milhões de membros em todo o mundo assinaram uma petição para impedir outra ameaça global à liberdade na Internet, conhecida como ACTA.
  • À frente da cúpula Rio+20 a Avaaz lançou uma campanha para acabar com o US$ 1 trilhão de subsídios anuais dos governos em combustíveis fósseis.
  • Em maio, 690 mil membros assinaram uma petição contra uma lei hondurenha que poderia ter colocado adolescentes e vítimas de estupro na cadeia por usar a pílula do dia seguinte.
  • A Avaaz arrecadou dinheiro para apoiar os cidadãos guatemaltecos a processar uma empresa de mineração canadense por abusos contra os direitos humanos.[19]

Feliciano

  • Em março, mais de 450 mil pessoas disseram não ao deputado Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, por causa de suas declarações preconceituosas. A mobilização envolveu outras organizações de defesa dos direitos das minorias e resultou em protestos em Brasília e manifestações de apoio de artistas reconhecidos.[20]

Renan

  • Em fevereiro, foram reunidas mais de 1,6 milhão de assinaturas contra Renan Calheiros na presidência do Senado, se tornando a campanha da Avaaz com mais assinaturas no mundo todo. Mais de 150 mil cidadãos em todo o Brasil enviaram emails e ligaram para os senadores pedindo que eles bloqueassem as atividades do Senado até que Calheiros deixasse o cargo.[21]

Dilma Rousseff

  • Em junho, foi criada uma petição para o impeachment da Presidente Dilma Rousseff [22]. Em 2015 a petição ganhou força com as investigações da operação Lava-Jato e havia colhido 1,5 milhão de assinaturas até início de fevereiro.
  • Em Maio, foi criada uma petição para a criação de um polo industrial no Vale do Jequitinhonha.[23]
  • Em Junho, foi criada uma petição para a pavimentação completa da BR 367.[24][carece de fontes?]

Em 2008, o político conservador canadense John Baird referiu-se à Avaaz como uma "obscura organização estrangeira" amarrada ao bilionário George Soros.[25]

Em maio de 2012, o site removeu um abaixo-assinado que pedia o retorno do colunista francês Eric Zemmour à rádio RTL, que havia sido mandado embora da emissora por causa de uma crítica feita contra a ministra da justiça Christiane Taubira[26].

Em janeiro de 2013, após a controvérsia sobre o número de manifestantes nas ruas de Paris, um abaixo-assinado é colocado online para pedir ao presidente francês François Hollande e os parlamentares uma comissão de inquérito sobre a contagem. Em poucos dias, o abaixo-assinado recebeu mais de 10 mil assinaturas. A Avaaz manteve o abaixo-assinado, porém a quantidade de signatários e os nomes destes foram bloqueados, sem quaisquer explicações[27].

Em maio de 2013, foi criada uma petição para o impeachment da presidente do Brasil Dilma Rousseff[28] Após a posse do segundo mandato de Rousseff, em janeiro de 2015, partidários de seu impeachment enviaram centenas de milhares de e-mails, buscando apoio para o abaixo-assinado.[29] Acusações de parcialidade pelo fato do contador estar congelado levaram o Avaaz a publicar uma nota oficial.[30] Em 10 de fevereiro de 2015, o contador estava funcionando regularmente e contabilizava 1.835.356 assinaturas.[31]

A organização é acusada de realizar propaganda antissionista exigindo que este negocie com o Hamas (grupo que não reconhece o país).[32] Também se mobiliza pela extinção do partido Conservador do Canadá.[32]

Denúncias e críticas reportadas pelo blogueiro e jornalista Luís Nassif mostram que a organização teria tomado o crédito para si da criação e da implantação da lei da Ficha Limpa.[33] (pela lei 9709/1998, um abaixo-assinado criado pela Internet, como os da Avaaz, não tem validade para a criação de um projeto de lei de iniciativa popular) e de ter se apossado de outras conquistas e vitórias, além de acusar a entidade de não ter interesse em transmitir a informação, priorizar algumas campanhas em detrimento de outras pela quantidade de assinaturas e não pela importância, causa ou urgência e acusando a entidade de arrogância e egocentrismo e de ser "potencialmente danosa ao ativismo digital"[34]. A ativista da EFF, Jillian York, também acusa a organização de arrogância e egocentrismo, além da acusação de agir com falta de transparência[35]

Legalidade das assinaturas

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No Brasil para que alguma iniciativa popular tenha efeito legal, deve-se coletar as assinaturas conforme artigo 61, parágrafo segundo da Constituição Federal e o site Avaaz não permite baixar as assinaturas das petições. Como exemplo, a petição "Impeachment do Presidente do Senado: Renan Calheiros", foram entregues caixas vazias simbolizando as assinaturas e mostrando a quantidade de assinaturas através de um IPAD[36].

Lobby em favor do monitoramento de usuários de aplicativos de mensagens

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A Avaaz faz lobby e atua como consultora no Brasil para a aprovação de projetos de Lei que visam quebrar a privacidade do usuário para supostamente controlar a desinformação. Um exemplo disso é o projeto de lei que estabelece regras para o uso e a operação de redes sociais e serviços de mensagem privada via internet (PL 2.630/2020[37]). A Internet Society, assim como a Coalizão Direitos na Rede, demonstram preocupação com o projeto de lei 2.630/2020, que permite a rastreabilidade das comunicações privadas em aplicativos de mensagens instantâneas como WhatsApp e Telegram. Segundo nota[38] da Internet Society, o PL gerará o armazenamento de metadados diretamente associados ao teor de mensagens privadas, ameaçando a privacidade e confidencialidade das comunicações privadas. Além disso, alerta que esse projeto defendido pela Avaaz resultará numa retenção de dados indiscriminada, para todos os usuários de determinado serviço ou aplicação, violando assim o princípio da presunção de inocência garantido pela Constituição Federal e afrontando o princípio da "minimização da preservação de dados pessoais", previstos no Marco Civil da Internet e na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.

Acusação sem provas contra ativistas de direitos humanos do Brasil

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Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o fundador e diretor-executivo da Avaaz, Ricken Patel, acusa, sem apresentar provas, ativistas de direitos humanos, plataformas e extrema direita de atuarem juntos contra projetos de lei que regulam a Internet. "No Brasil, emergiu uma 'coalizão do não faça nada', que une alguns defensores de liberdade de expressão, plataformas e extrema direita. E eles conseguiram tirar de projetos de lei algumas das soluções eficientes.[39]"

Ativismo preguiçoso

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Alguns criticam que o foco do Avaaz em abaixo-assinados online e campanhas por e-mail pode encorajar a preguiça, transformando um potencial ativismo em "clicativismo", um ativismo preguiçoso de "sentir-se bem", mas sem um engajamento real.[34][40]

As doações para o Avaaz.org têm sido alvo de escrutínio e suspeitas de fraude.[33][41] Sites como o Discover the Networks[42] (do David Horowitz Freedom Center criado por David Horowitz) divulgam ao grande público as agendas fontes de recursos de organizações como o Avaaz.org.

Referências

  1. «Declaração Privacidade aos utilizadores» (em inglês). avaaz.org. Consultado em 11 de Julho de 2012 
  2. a b c «O mundo em ação». avaaz.org. Consultado em 5 de Abril de 2013 
  3. Patrick Kingsley (20 de julho de 2011). «Avaaz: activism or 'slacktivism'?» (em inglês). The Guardian. Consultado em 22 de março de 2012 
  4. «Dados sobre a avaaz». avaaz.org. Consultado em 11 de Julho de 2012 
  5. «Crie sua petição». avaaz.org. Consultado em 11 de Julho de 2012 
  6. «Quem somos: nossa comnunidade». avaaz.org. Consultado em 2 de dezembro de 2013 
  7. «Res Publica: Bürger machen Politik» 
  8. a b «About Us». 20080110084550 
  9. a b «Wakey-wakey». The Economist. 15 de fevereiro de 2007 
  10. «Return of Organization Exempt From Income Tax» (PDF). fdncenter.org. 8 de novembro de 2010 
  11. Sarah Bentley (9 de fevereiro de 2011). «The Times profile of Avaaz and Ricken Patel». The Times 
  12. «September 21st Global Wake-Up Call». Avaaz.org 
  13. «The World Wants a Real Deal». Avaaz.org 
  14. «The CliMatrix: COP15 ad in the Financial Times». cedc.org. 11 de dezembro de 2009 
  15. «Stand With The People Of Egypt». Avaaz.org 
  16. «Libya: Stop the Crackdown». Avaaz.org 
  17. «UNSC: Libya No-Fly Zone». Avaaz.org 
  18. «Stand with Anna Hazare». Avaaz.org 
  19. «Avaaz - Stop rape and murder for profit». 17 de abril de 2012 
  20. http://oglobo.globo.com/pais/ong-entrega-peticao-com-455-mil-assinaturas-contra-permanencia-de-feliciano-7959633
  21. http://oglobo.globo.com/pais/pesquisa-mostra-que-74-dos-brasileiros-querem-renuncia-de-renan-calheiros-7772452
  22. «Impeachment da Presidente Dilma». 17 de junho de 2013 
  23. «Dilma Roussef: Crie um polo Industrial no Vale do Jequitinhonha.». Avaaz. Consultado em 18 de julho de 2015 
  24. «Governo Federal: Pavimentação completa de toda a rodovia BR 367.». Avaaz. Consultado em 18 de julho de 2015 
  25. Kevin Libin (20 de setembro de 2010). «Kevin Libin: The third party no one talks about». National Post 
  26. «Eric Zemmour débarqué de la matinale de RTL (MAJ : une pétition de soutien à Eric Zemmour censurée par le site)» (em francês). Consultado em 2 de fevereiro de 2013 
  27. «La démocratie en danger pétition censurée par Avaaz qui cache le nombre de signataires». www.avaaz.org (em francês). Consultado em 2 de fevereiro de 2013 
  28. «Impeachment da Presidente Dilma». Avaaz.org. Consultado em 14 de abril de 2019 
  29. «Petição que pede impeachment de Dilma provoca polêmica na internet». Valor Econômico. 26 de janeiro de 2015. Consultado em 14 de abril de 2019 
  30. «Declaração da Avaaz Sobre Petição que pede o Impeachment da Presidente Dilma Rousseff». Avaaz.org. Consultado em 14 de abril de 2019 
  31. «Impeachment da Presidente Dilma». Avaaz.org. Consultado em 10 de fevereiro de 2015 
  32. a b «Discoverthenetworks»  - AVAAZ.ORG Página visitada em 28 de Junho de 2013. (em inglês)
  33. a b Nassif, Luis. «Avaaz, golpe ou verdade?». Consultado em 2 de fevereiro de 2013 
  34. a b Nassif, Luis. «O risco Avaaz». Consultado em 9 de fevereiro de 2013 
  35. York, Jillian. «On Avaaz» (em inglês). Consultado em 9 de fevereiro de 2013 
  36. «1,6 milhão de assinaturas pelo afastamento de Renan». Consultado em 21 de fevereiro de 2013 
  37. «Projeto de Lei n° 2630, de 2020 - Pesquisas - Senado Federal». www25.senado.leg.br. Consultado em 25 de junho de 2020 
  38. Internet Society - Capítulo Brasil (9 de junho de 2020). «Declaração sobre riscos das propostas para conter a desinformação em discussão no congresso nacional». Internet Society. Consultado em 25 de junho de 2020 
  39. «Brasil pode ser exemplo de como defender democracia da desinformação, diz diretor do Avaaz». Folha de S.Paulo. 16 de junho de 2020. Consultado em 25 de junho de 2020 
  40. Morozov, Evgeny (19 de maio de 2009). «Foreign Policy: Brave New World Of Slacktivism» (em inglês). NPR. Consultado em 22 de março de 2012 
  41. «Declaração Imposto de Renda da Avaaz ao Governo Americano - 01jan2009 a 31dez2009 (U$ 4,767 Milhões)» (PDF) (em inglês). Avaaz.org. Consultado em 2 de fevereiro de 2013 
  42. «Discover the Networks»  - Welcome to Discover the Networks. Página visitada em 28 de Junho de 2013. (em inglês)

Ligações externas

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