Ataque químico de Ghouta
| Ataque químico de Ghouta | |
|---|---|
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| Local | Ghouta,  Síria
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| Data | 21 de agosto de 2013 |
| Tipo de ataque | Ataque militar químico |
| Alvo(s) | Oposição Síria |
| Mortes | 281 (segundo França) 350 (segundo Reino Unido) 355 (segundo MSF)[1] 1 429 (segundo Estados Unidos)[2] |
| Feridos | 3 600 |
| Responsável(is) | Forças armadas sírias (negado pelo governo Assad)[3][4][5] |
| Motivo | Guerra Civil Síria |
O ataque químico de Ghouta ocorreu em 21 de agosto de 2013 durante a Guerra Civil Síria, quando diversas áreas controladas ou disputadas pela oposição nos subúrbios de Ghouta em torno de Damasco, na Síria, foram atingidas por foguetes contendo o agente químico sarin. Centenas de pessoas foram mortas no ataque, que ocorreu durante um curto espaço de tempo no início da manhã. As estimativas do número de mortos variam de "pelo menos 281"[6] até 1 729 vítimas mortais,[7] não menos do que 51 dos quais eram combatentes rebeldes.[8] Muitas testemunhas relataram que nenhuma das vítimas que viram apresentavam feridas físicas,[9] e vídeos que pretendiam mostrar as vítimas do ataque químico foram amplamente divulgados no YouTube e outros sites.[10] O episódio pode ser o uso mais letal de armas químicas desde a Guerra Irã-Iraque.[11][12]
O governo sírio e a oposição culpavam-se mutuamente pelo ataque.[13] Muitos governos, principalmente no mundo ocidental e árabe,[14] afirmaram que o ataque foi realizado por forças do presidente sírio Bashar al-Assad,[15][16] uma conclusão ecoada pela Liga Árabe e pela União Europeia.[17][18] O governo russo classificou o ataque como uma operação de falsa bandeira da oposição para arrastar as potências estrangeiras para a guerra civil do lado dos rebeldes.[19] Em abril de 2014, o jornalista Seymour Hersh alegou que os EUA e o Reino Unido teriam conhecimento que o ataque teria sido organizado pela Turquia.[20]
O ataque acendeu o debate na França, Reino Unido, Estados Unidos e outros países sobre a possibilidade de intervir militarmente contra as forças do governo.[21][22][23][24][25] Em setembro de 2013, a governo sírio, apesar de não admitir a autoria do ataque,[26] declarou a sua intenção de aderir à Convenção de Armas Químicas[27] e destruir suas armas químicas.
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Síria e as armas de destruição em massa
- Massacre de Halabja - um ataque com armas químicas em 1988 sobre os curdos iraquianos que resultou entre 3 000 e 5 000 mortes
- Ataque com gás sarin ao Metrô de Tóquio - um incidente terrorista de 1995
Referências
- ↑ «Syria: Thousands suffering neurotoxic symptoms treated in hospitals supported by MSF». Médicos Sem Fronteiras. 21 de agosto de 2013
- ↑ «Government Assessment of the Syrian Government's Use of Chemical Weapons on August 21, 2013». Casa Branca. 30 de agosto de 2013
- ↑ «Attacks on Ghouta: Analysis of Alleged Use of Chemical Weapons in Syria» (em inglês). Human Rights Watch. 10 de setembro de 2013. Consultado em 12 de março de 2022
- ↑ Eastern And Western Ghouta Sarin Attack (PDF) (Relatório). Civil Rights Defenders et al. Abril de 2021
- ↑ «Victims of Syrian gov't chemical attacks file case in Sweden». Al Jazeera (em inglês). 20 de abril de 2021. Consultado em 12 de março de 2022
- ↑ «France says 'at least 281' killed in Syria chemical attack». The Daily Star. Lebanon. Agence France-Presse
- ↑ «Bodies still being found after alleged Syria chemical attack: opposition». The Daily Star. Lebanon. 22 de agosto de 2013
- ↑ «Violations Documentation Center in Syria»
- ↑ Solomon, Erika; Kalin, Stephen (21 de agosto de 2013). «Syria's Allegedly Worst Chemical Weapons Attack Described By Witnesses». Huffington Post. Reuters.
But unlike previous attacks that left only a few dozen hurt or killed, [Abu Omar, a doctor in Mouadamiya] was taken aback by the numbers. Like many doctors, he said he treated hundreds on Wednesday. Of 120 he reported dead from the shelling, he said 50 were killed by gas.
- ↑ Stack, Liam (21 de agosto de 2013). «Video Shows Victims of Suspected Syrian Chemical Attack». The New York Times
- ↑ Pomegranate The Middle East (21 de agosto de 2013). «Syria's war: If this isn't a red line, what is?». The Economist
- ↑ «Syria gas attack: death toll at 1,400 worst since Halabja». The Week. 22 de agosto de 2013
- ↑ «Syria crisis: Russia and China step up warning over strike». BBC News. 27 de agosto de 2013
- ↑ Blake, Aaron (6 de setembro de 2013). «White House lists 10 countries supporting action on Syria». The Washington Post
- ↑ «S: Assad responsible even if didn't order gas attack». France 24. 28 de agosto de 2013
- ↑ «S: Syrian forces may have used gas without Assad's permission». Reuters. 8 de setembro de 2013
- ↑ Elizabeth Dickinson. «Arab League says Assad crossed 'global red line' with chemical attack». The National. Abu Dhabi
- ↑ «Arab League blames Syria's Assad for chemical attack». Reuters. 27 de agosto de 2013
- ↑ New York Times, 12 September 2013,saying
- ↑ Hersh, Seymour M. (4 de abril de 2014). «The Red Line and the Rat Line». London Review of Books (em inglês). Consultado em 7 de abril de 2014
- ↑ «Obama makes case for launching punitive strike on Syria». The Globe and Mail. Toronto. 29 de agosto de 2013
- ↑ «British Parliament votes against possible military action in Syria». NBC News. 29 de agosto de 2013
- ↑ «Réforme pénale, Syrie, pression fiscale... Hollande s'explique dans "Le Monde"». Le Monde (em francês). 30 de agosto de 2013
- ↑ «Stephen Harper: Canada has no plans to join Syria military mission». Toronto Sun. 29 de agosto de 2013
- ↑ «Turkey's Military on Alert Over Possible Syria Strike». Huffington Post. 28 de agosto de 2013
- ↑ The Guardian, 27 December 2013, [1]
- ↑ Gordts, Eline (10 de setembro de 2013). «Syria Will Sign Chemical Weapons Convention, Declare Arsenal, Foreign Ministry Says». Huffington Post